A MÁFIA E A MAÇONARIA

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O ESCRITOR ANDREW VARNA, EM SUA OBRA “WORLD UNDERWORLD” (“O SUBMUNDO DO MUNDO”), APRESENTA OS MAIS “FAMOSOS” CRIMINOSOS QUE JÁ EXISTIRAM. ESTE LIVRO, QUE ENCONTRA-SE PRESERVADO NO MUSEU DE LONDRES, TEM UM CAPÍTULO DEDICADO EXCLUSIVAMENTE AO SR. GUISEPPI MAZZINI, ONDE REVELA QUE O MESMO FOI O FUNDADOR DA SOCIEDADE SECRETA POLÍTICA CONHECIDA COMO MAFIA. EM SEU MANUSCRITO, O SR. VARNA REVELOU QUE MAZZINI ASSINAVA TODAS AS SUAS CARTAS COM A SIGLA M.A.F.I.A., QUE, NO IDIOMA ITALIANO, SÃO AS INICIAIS DAS PALAVRAS “MAZZINI AUTORIZZA FURTI, INCENDI, AVVELENAMENTI”, EM INGLÊS: “MAZZINI AUTHORIZES THEFTS, ARSON, POISONING”! (“WORLD UNDERWORLD”, ANDREW VARNA, MUSEUM PRESS LONDON, 1957, PÁG. 58), GUISEPPI MAZZINI, O FUNDADOR DA FAMOSA ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA “MÁFIA”, TAMBÉM FOI UM MAÇOM, NA VERDADE, UM GRÃO MESTRE DA MAÇONARIA, QUE POSSUIA O GRAU 33 DO RITO ESCOCÊS.
CONSIDERADO COMO UM IMPORTANTE E “ILUSTRE” MAÇOM, MAZZINI FOI O FUNDADOR DA MAÇONARIA ITALIANA. CONTUDO, CONFORME REVELA O LIVRO “WORLD UNDERWORLD”, MAZZINI, NA VERDADE, FOI, TAMBÉM, UM FAMOSO ASSASSINO, E FUNDADOR DE UMA OUTRA SOCIEDADE SECRETA, MUNDIALMENTE CONHECIDA COMO A MAIOR ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA DO PLANETA, CUJA SIGLA, DE FATO, É UMA ABREVIAÇÃO, NA QUAL A PRIMEIRA LETRA, É NADA MENOS QUE A INICIAL DO SEU NOME:
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HOJE A MÁFIA CONTROLA AS PRINCIPAIS ORGANIZAÇÕES TERRORISTAS, INCLUSIVE AS INTEGRADAS PELOS RADICAIS ISLÂMICOS. ASSIM COMO OCORRIA COM OS REVOLUCIONÁRIOS COMUNISTAS, OS TERRORISTAS MUÇULMANOS ACABARAM SE TORNANDO
“FANTOCHES” NAS MÃOS DESSAS SOCIEDADES SECRETAS
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DA MESMA FORMA QUE O MARXISMO FOI UMA FORMA ENCONTRADA PELA MAÇONARIA1PARA CONTROLAR O CRESCENTE NÚMERO DE DESCONTESTES QUE SE COLOCAVAM EM OPOSIÇÃO AO SEU PODERIO CAPITALISTA, QUE PODE AGLUTINAR TODOS OS REVOLTOSOS EM UM MOVIMENTO REVOLUCIONÁRIO ÚNICO, FÁCILMENTE DIRIGIDO POR ELA...
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...COM O FIM DA GUERRA FRIA, E O ENCERRAMENTO DESTE DUALISMO COMUNISMO x CAPITALISMO, EM QUE AS DUAS FACÇOES SE ENCONTRAVAM, DESDE O INÍCIO, SOB SEU PODER, A MAÇONARIA HOJE, VEM CONTROLANDO TANTO A NOVA ORDEM MUNDIAL SOB O PODER DOS ESTADOS UNIDOS, COMO, TAMBÉM A REAÇÃO MUNDIAL DE OPOSIÇÃO A ELA E À AMÉRICA DO NORTE, COMANDADA PELOS TERRORISTAS MUÇULMANOS, A QUAL SE FAZ POR MEIO DE ATENTADOS, OS QUAIS SÃO ENGENDRADOS E COMANDADOS PELA SOCIEDADE SECRETA POLÍTICA, QUE A SOCIEDADE SECRETA INICIÁTICA TEM SOB SEU COMANDO, A MAFIA. COMO FAZIA O GRÃO MESTRE MAZZINI, HOJE, TAMBÉM É ELA QUE AUTORIZA O TERRORISMO, ALÉM, É CLARO, DO “ASSASSINATO, FURTO, INCENDIO E ENVENENAMENTO”.
1 KARL MARX, que tinha descendência judaica, e fazia parte do JUDAÍSMO TALMÚDICO CABALISTA, também era um maçom, e foi escalado, numa das reuniões de sua loja , para criar um movimento ideológico revolucionário de esquerda para este fim.
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O ATAQUE TERRORISTA DE 11 DE SETEMBRO REPRESENTOU UM MARCO, EXPOSTO PARA TODAS AS SOCIEDADES SECRETAS DO MUNDO FICAREM CIENTES DE QUE ESTAVA DECRETADO, POR SUAS LIDERANÇAS, O FIM DESTE ANTIGO DUALISMO, SIMBOLIZADO PELAS DUAS TORRES E PELO NÚMERO 11, QUE É O DIA ESCOLHIDO PARA ISSO E, PELO NUMERO DO MÊS DE SETEMBRO, O 9, QUE, NA NUMEROLOGIA DA CABALA REPRESENTA O FIM DE UM CICLO E O INÍCIO DE OUTRO.
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ATRAVÉS DA MORTE DE 4000 PESSOAS QUE, COMO UMA ESPÉCIE DE “HOLOCAUSTO”, FORAM SACRIFICADAS A SATANÁS, AS SOCIEDADES SECRETAS SINALIZAVAM AO MUNDO E AOS SEUS ADEPTOS O FIM DE UMA DUALIDADE E O INÍCIO DE OUTRA, QUE É O CONFRONTO QUE SE INICIAVA ENTRE O ISLAMISMO ÁRABE E O SIONISMO AMERICANO.
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O ATENTADO JÁ ERA ESPERADO PELO GOVERNO AMERICANO, E, SENDO ESTE CONTROLADO PELA FAMIGERADA SOCIEDADE SECRETA “CAVEIRA E OSSOS”, APESAR DE TER TIDO MUITOS MEIOS PARA IMPEDI-LO, NÃO O FEZ, PARA QUE O POVO AMERICANO PASSASSE A TER VERDADEIRO ÓDIO PELOS MUCÚLMANOS, ESTABELECENDO A NOVA DUALIDADE, COM A QUAL DEVEM COMPLETAR A “OBRA”:
  • O PRIMEIRO AVIÃO QUE SE CHOCOU CONTRA AS TORRES GÊMEAS HAVIA SAÍDO 200 KM DE SUA ROTA E, APESAR DE SE DIRIGIR PARA O CENTRO ECONÔMICO DA AMÉRICA, DURANTE UM LONGO PERIÍODO DE TEMPO, NÃO FOI INTERCEPTADO PELA FORÇA AÉREA NORTEAMERICANA.
  • SOMENTE DEZOITO MINUTOS DO MOMENTO DO PRIMEIRO IMPACTO, O SEGUNDO AVIÃO CONSEGUIU ATINGIR A OUTRA TORRE, TEMPO MAIS QUE SUFICIENTE PARA QUE A FORÇA AÉREA MAIS AVANÇADA DO MUNDO O INTECEPTASSE, AINDA QUE FOSSE ATRAVÉS DE MISSEIS. MAS NÃO O FEZ
  • AS TORRES FORAM CONSTRUÍDAS PARA RESISTIR, ATÉ MESMO, AOS MAIORES TERREMOTOS, O QUE SIGNIFICA QUE, NEM O CHOQUE DOS AVIÕES, NEM A EXPLOSÃO DE TODO O COMBUSTÍVEL QUE PUDESSE ESTAR NOS TANQUES DAS AERONAVES, SERIA SUFICIENTE PARA DEMOLIR AQUELES MODERNOS EDIFÍCIOS.
  • NA OCASIÃO, VÁRIAS FOTOS MOSTRARAM QUE OCORRERAM DUAS EXPLOSÕES MUITO ABAIXO DO LOCAL DE IMPACTO DAS AERONAVES, AO NÍVEL DA METADE DOS DOIS PRÉDIOS, QUE INEXPLICÁVELMENTE, DESABARAM, PRECISAMENTE, SOBRE SI MESMOS, O QUE INDICA QUE HAVIA GRANDE QUANTIDADE DE EXPLOSIVO DENTRO DAS TORRES, CIENTÍFICAMENTE COLOCADO PARA REALIZAR UMA IMPLOSÃO PRECISA DAS DUAS TORRES.
  • TANTO O FBI COMO O BUSH SABIAM ANTECIPADAMENTE QUE HAVERIA ESTE ATENTADO, DA MESMA FORMA QUE O SERVIÇO SECRETO AMERICANO E O PRESIDENTE ROOSEVELT SABIAM QUE HAVERIA O ATAQUE JAPONES À PEAR HARBOUR E OCULTARAM O FATO PARA QUE OS ESTADOS UNIDOS PUDESSEM ENTRAR NA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
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  • DUAS HORAS ANTES DA TRAGÉDIA, TODOS OS PRATICANTES DE JUDAÍSMO QUE TRABALHAVAM NO WTC FORAM AVISADOS POR UMA AGÊNCIA INTERNACIONAL DE INFORMAÇÕES, DENOMINADA ODIGO, E PUDERAM SAIR DAS TORRES ANTES DO ATENTADO. APESAR DE CENTENAS DE JUDEUS TRABALHAREM NO WTC, SOMENTE SE CONSTATOU A MORTE DE UM DELES, QUE ESTAVA APENAS VISITANDO O LOCAL E NÃO RECEBEU AVISO ALGUM.
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ATRAVÉS DE DIRETRIZES E ORIENTAÇÕES COMO AS QUE VAMOS EXPOR A SEGUIR, A MAÇONARIA ESOTÉRICA PODE, NÃO SOMENTE CONTROLAR, MAS TAMBÉM PROTEGER E INOCENTAR OS MEMBROS DAS SOCIEDADES SECRETAS COMO A MÁFIA E A CAVEIRA E OSSOS, E, ASSIM, MANTER O MUNDO SEMPRE DIVIDIDO PARA QUE, O POSSAM CONTINUAR GOVERNANDO OCULTAMENTE, ATÉ QUE, NOS TEMPOS DO ANTICRISTO E SEU GOVERNO MUNDIAL E MESSIÂNICO, O POSSAM GOVERNAR ABERTAMENTE, QUANDO SE MANIFESTAR O FALSO MESSSIAS JUDAICO, E SE COMPLETAR A RECONSTRUÇÃO DO TEMPLO DE SALOMÃO...
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O ANTIGO SONHO DOS TEMPLÁRIOS, OS CAVALEIROS DESTE TEMPLO E O ATUAL OBJETIVO DOS MAÇONS, “OS PEDREIROS CONSTRUTORES” DESTE MESMO TEMPLO, SIMBÓLICO E LITERAL.
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ELES POSSUEM MUITOS “LIVROS SAGRADOS”, SEMELHANTES AO QUE CITAREMOS A SEGUIR, QUE SÃO OS SEUS “GUIAS SUPREMOS”, OS SEUS “MANUAIS”, PELOS QUAIS OS MAÇONS ESOTÉRICOS SÁO INSTRUÍDOS SOBRE QUAIS MEIOS DEVEM, NECESSÁRIAMENTE SER USADOS, PARA QUE SE OBTENHA ESTE FIM. NO TRECHO CITADO A SEGUIR, PODE-SE CONSTATAR A MANEIRA PELA QUAL UM MAFIOSO MAÇOM PODE PRATICAR OS MAIS TERRÍVEIS CRIMES E, MESMO ASSIM, SER ACOBERTADO PELOS SEUS IRMÃOS DE LOJA, QUE, SE NÃO O FIZEREM, ESTARÃO QUEBRANDO OS JURAMENTOS SOLENES QUE FIZERAM EM SUAS CERIMÔNIAS DE INICIAÇÃO E FICANDO SUJEITOS ÀS PUNIÇÕES QUE ELES MESMOS PROPUSERAM NOS RITUAIS DOS QUAIS PARTICIPARAM PROCLAMANDO-AS COM SEUS PRÓPRIOS LABIOS:
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Fonte:http://www.previnasedamarca.com/arquivo.php?recebe=materia/maconaria/01/01.html



Mafia e Maçonaria





g e bússola




Mazzini

Grande Mestre Guiseppi Mazzini 33 ° 
Fundador da Maçonaria Italiana 
Líder revolucionário do terrorista Líder da 
Sicília 
Mafia Fundador


Mazzini autoriza furtos, incêndios criminosos, envenenamento. 
Mazzini Autorizza Furti, Incendi, Avvelenamenti. 
MAFIA


Andrew Varna 
World Underworld , Page 58 
Museum Press 
London, 1957



"Uma Web de Favoritismo e Corrupção"

Five Points of FellowshipIrmão, de pé a pé, ensina que você deve, sempre que solicitado, seguir a missão de um irmão, se dentro do comprimento do seu cabo-reboque, mesmo que você deva andar descalço e cabeça nua. Joelho de joelho, que você sempre deve se lembrar de um Mestre Mason em suas devoções ao Deus Todo-Poderoso. Peito ao peito, que você deve manter os segredos do Mestre Mason, quando lhe são entregues como responsáveis, tão seguros e invioláveis ​​em seu peito como estavam no seu antes de se comunicarem com você. Mão para trás, que você deve apoiar um Mestre Mason atrás de suas costas como antes de seu rosto. Boca a orelha, que você deve apoiar seu bom nome também atrás de suas costas como antes de seu rosto. 

'The Five Points of Fellowship' 
Ritual do Master Master Initiation



Você deve esconder todos os crimes de seu irmão Maçons ... e você deve ser convocado como testemunha contra um irmão, Mason, tenha sempre a certeza de protegê-lo ... Pode ser perjúrio fazer isso, é verdade, mas você está mantendo suas obrigações. Manual

Ronayne 
de Maçonaria , página 183




Ordem Fraterna de Polícia


O comitê sente que o vínculo entre Cosa Nostra e instituições é principalmente através da "Massoneria" (maçonaria): 

O terreno fundamental em que o vínculo entre Cosa Nostra com funcionários públicos e profissões privadas foi criado e reforçado é a Massoneria. O vínculo de Massoneria serve para manter o relacionamento contínuo e orgânico. A admissão de membros da Cosa Nostra, mesmo em níveis elevados, em Massoneria não é ocasional ou episódica, mas uma escolha estratégica. O juramento de alegria a Cosa Nostra continua a ser o ponto de pivô em torno do qual "uomini d'onore" (homens de honra) são proeminentes. Mas as associações de Massoneria oferecem à máfia um instrumento formidável para ampliar seu próprio poder, obter favores e privilégios em todos os campos: tanto para a conclusão de grandes negócios quanto para "julgamentos fixos", como muitos colaboradores da justiça revelaram. 


Commissione Parlamentare d'inchiesta sul fenomeno della mafia e sulle altre associazioni criminali similari 
(CPA: Commissione Parlamentare Antimafia) 
Relazione sui Rapporti tra Mafia e Politica , Page 59 
Roma, 1993


CSD - Centro Siciliano de Documentação "Giuseppe Impastato"
Aplicação da lei na Itália e na Europa contra a máfia eo crime organizado
Umberto Santino
Premissa: A máfia siciliana como criminalidade local e transnacional e a proliferação de criminosos do tipo mafioso
1. As leis relativas ao crime organizado na Itália
1.1. 114 leis em dez anos 
1.2. Do maxi-julgamento de Palermo à prisão dos chefes da máfia 
1.3. Relatório do Comitê Antimafia sobre mafia e política 
1.4. A máfia como sujeito político. Mafia dupla em um Estado duplo

2. Unidade européia: primeiras tentativas na política anticrime
2.1. Um continente de legalidade variável 
2.2. O plano da droga na União Européia 
2.3. Medidas contra o branqueamento de capitais 
2.4. Fraude da CEE e crime organizado

3. As contradições da sociedade de hoje: tendências básicas e medidas compensatórias
The Author 
Endnotes 
Referências 


Premissa: A máfia siciliana como uma criminalidade local e transnacional e a proliferação de criminosos do tipo mafioso

A máfia siciliana é provavelmente a forma mais conhecida do crime organizado, tanto assim, que a mídia de massa a representa como uma espécie de mal universal. O "polvo" que controla, direta ou indiretamente, todas as atividades criminosas: do tráfico de drogas ao tráfico de armas e até mesmo substâncias radioativas. Na realidade, a máfia siciliana pode ser considerada um "modelo vencedor" do crime organizado (pelo menos até agora) devido à sua complexidade e papel de longa data na sociedade, mas é preciso tomar cuidado contra estereótipos que sempre vêem os tentáculos do polvo em todos os lugares .
A força da máfia está em sua capacidade de ser local e internacional, no sentido de que cresceu a nível mundial sem perder suas raízes na sociedade siciliana. O ponto forte tem historicamente sido a capacidade de combinar a continuidade com a inovação: nunca aboundoned suas atividades tradicionais (extorsão, por exemplo), mas sabia como escolher as atividades mais rentáveis ​​e se tornar parte deles.
A imigração para os Estados Unidos, no final do século XIX, também teve um papel na formação desta "elasticidade e adaptabilidade cultural", embora, em primeiro lugar, as relações entre mafiosos sicilianos e sicilianos fossem raras. Somente após a segunda guerra mundial, a conexão entre eles se aproximou e o tráfico de drogas "soldou" a Sicília para os Estados Unidos, mas ambos os grupos permanecem autônomos. Nas últimas décadas, a máfia siciliana cresceu a nível nacional, europeu e internacional. Tem heroína traficada com o Corso-Marsigliesi (Conexão Francesa), com clãs turcos, do Oriente Médio e Ásia e agora lidera cocaína com os Cartéis latino-americanos. Os canais internacionais são utilizados para lavagem de dinheiro da Suíça para os paraísos fiscais em todo o mundo. No início, a organização da máfia só estava presente na parte ocidental da Sicília, agora é encontrada em toda a Sicília e em muitas regiões italianas, países da Europa e no mundo. Além desta propagação da máfia, o desenvolvimento de atividades ilegais, a formação e o fortalecimento de outros grupos criminosos similares à máfia são motivo de preocupação. Muitas organizações criminosas estão presentes na Itália: o 'Ndrangheta na Calábria, a Camorra na Campania, a Sacra Corona Unita na Puglia e outros grupos. A nível internacional, além de grupos históricos como o Yakusa japonês e as tríades chinesas, novas organizações como os Cartéis da América do Sul e a Mafia russa se formaram. Além desta propagação da máfia, o desenvolvimento de atividades ilegais, a formação e o fortalecimento de outros grupos criminosos similares à máfia são motivo de preocupação. Muitas organizações criminosas estão presentes na Itália: o 'Ndrangheta na Calábria, a Camorra na Campania, a Sacra Corona Unita na Puglia e outros grupos. A nível internacional, além de grupos históricos como o Yakusa japonês e as tríades chinesas, novas organizações como os Cartéis da América do Sul e a Mafia russa se formaram. Além desta propagação da máfia, o desenvolvimento de atividades ilegais, a formação e o fortalecimento de outros grupos criminosos similares à máfia são motivo de preocupação. Muitas organizações criminosas estão presentes na Itália: o 'Ndrangheta na Calábria, a Camorra na Campania, a Sacra Corona Unita na Puglia e outros grupos. A nível internacional, além de grupos históricos como o Yakusa japonês e as tríades chinesas, novas organizações como os Cartéis da América do Sul e a Mafia russa se formaram.
O mercado criminal de hoje é complexo porque as atividades criminosas são mais articuladas e os grupos criminosos cresceram em número. Portanto, é enganoso sustentar que a máfia ou qualquer outra organização criminosa tem o monopólio do crime mundial. Não há uma monarquia, uma Número Um, no mundo do crime organizado, mas há muitas repúblicas que interagem diversas vezes e são protagonistas da divisão internacional do trabalho criminal.
A sociedade de hoje produz criminalidade por causa de algumas de suas principais características (as contradições serão tratadas no final do capítulo) e o entrelaçamento de economias legais e ilegais, que se tornaram mais próximos, assim como criminosos no contexto social e institucional. As drogas e o branqueamento de capitais são os aspectos mais conhecidos das atividades criminosas de hoje, mas a mais devastitadora é provavelmente a conexão entre a política e o crime. Esta mistura entre ilegal e legal, criminal e institucional, é o coração do modelo histórico da máfia, mas cresceu e se espalhou pela presença de mafiosos sicilianos ou sicilianos. Não é a máfia que invadiu o mundo, é o mundo que produziu mais e mais grupos e organizações do tipo mafioso.
À luz de tudo isso, o sistema judicial atual, nacional e internacional, é bastante inadequado. Não só eles estão atrás dos tempos, mas as medidas repressivas são muitas vezes contraacções que não podem debilitar fenômenos que proliferam devido às contradições do sistema.
1. As leis relativas ao crime organizado na Itália
1.1. 114 leis em dez anos
Somente nos últimos anos, a legislação italiana se preparou para lidar com o grande aumento das atividades da máfia e com outras formas de crime organizado. Em dez anos, de 1982 a 1992, foram introduzidas 114 leis relativas ao crime organizado, direta ou indiretamente. Todas essas leis estão relacionadas com crimes terríveis que chocaram a opinião pública local e internacional, e são considerados filhos da situação de emergência, ou seja, são respostas para o desafio criminal e não fazem parte de um programa coerente de aplicação da lei.
A primeira lei geral italiana, a chamada Lei Rognoni-La Torre (que recebeu o nome dos patrocinadores de duas propostas mais tarde unificadas, o ministro cristão-democrata Virginio Rognoni e o líder comunista Pio La Torre, assassinado em 30 de abril de 1982) ou " Lei de Antimafia ", foi aprovada em 13 de setembro de 1982, após o assassinato do general-prefeito Dalla Chiesa, e pela primeira vez definiu a máfia como um tipo específico de crime organizado. De acordo com o artigo 416 bis, introduzido pela nova lei,
A organização é do tipo mafioso quando seus componentes usam intimidação, sujeição e, conseqüentemente, silêncio (omertà), cometer crimes, direta ou indiretamente, adquirir a gestão ou o controle de negócios, concessões, autorizações, contratos públicos e serviços públicos para obter quer lucro ou vantagens injustas para si ou para outros.
O artigo 416 do Código Penal italiano que tem suas origens no período fascista (1930) define o crime organizado simples com base na presença de três elementos: o vínculo associativo, a estrutura organizada, o programa criminal. O crime organizado do tipo mafioso apresenta características específicas adicionais: o vínculo associativo tem uma capacidade intimidante de causar sujeição e omertà. Está em tal nível que pode ser considerado um sistema, uma regra absoluta de obediência e uma lei de silêncio, que antes de tudo exige, de toda a população, a recusa de colaboração com a aplicação da lei. Uma submissão real ao poder da máfia.
Além da criação deste tipo de crime, os pontos mais importantes e originais da nova lei antimafia são as medidas tomadas para controlar as origens dos patrimônios, que permitem o confisco de bens de origem illecit e a autorização explícita para subcontratar obras públicas.
O papel de Alto Commissario (Alto Comissário) também foi criado em setembro de 1982 para combater a máfia, dando ao oficial do governo o poder de coordenar a luta, que o Prefeito Dalla Chiesa tão procurado em vão. A primeira sede do Alto Comissário era Palermo, e mais tarde Roma, e foi substancialmente inútil e cancelada em 1992.
Durante os últimos anos, outras disposições intervieram. Os mais significativos são: as medidas tomadas contra o branqueamento de capitais, as disposições para os mafiosos que colaboram com os policiais, os chamados "pentiti" (arrependimentos), a revisão do código de procedimento para o tratamento dos mafiosos, a criação de a DIA (Direzione Investigativa Antimafia: Antimafia Investigative Administration) e o DNA (Direzione Nazionale Antimafia ou Superprocura: Administração Nacional Antimafia) e a integração da associação criminosa do tipo mafioso, que inclui aqueles que interferem com o direito de voto.
O crime de lavagem de dinheiro de origem illecit foi introduzido no sistema jurídico italiano em 1978 com o artigo 648 bis do Código Penal, limitado aos lucros obtidos por roubo agravado, extorsão agravada e seqüestro por extorsão. O artigo 23 da lei n. ° 55 de 19 de março de 1990 ampliou o crime ao capital obtido com a produção e venda de drogas. Mais tarde, a lei, por decreto de 3 de maio de 1991 n ° 143, convertida em lei n. ° 197 de 5 de julho de 1991, introduziu "ações de emergência para limitar o uso de caixa e títulos ao portador em transações e impedir a utilização do sistema financeiro em lavagem de dinheiro ". Essas medidas decretam que somas acima de 20.000.000 de liras devem ser transferidas em dinheiro ou através de mediadores aprovados ou por meios explicitamente indicados,
A Lei nº 328, publicada em 28 de agosto de 1993 na "Gazzetta Ufficiale", revogou em parte a convenção européia sobre lavagem de dinheiro. Com este novo regulamento, o crime de lavagem de dinheiro diz respeito a qualquer caso de reinvestimento de lucros obtidos de qualquer tipo de crime e, portanto, não apenas os quatro crimes abrangidos pelas leis anteriores (isto é, tráfico de drogas, seqüestro, roubo agravado e extorsão). Ainda há alguns problemas a serem resolvidos. Um banco de dados central para acompanhar todas as operações financeiras está faltando, então as somas podem ser mantidas abaixo de 20.000.000 de liras e, portanto, evitar controles. O registro das empresas está faltando, embora seja estabelecido por lei em 1942, por isso é impossível seguir as transações entre empresas.
Em 1990, outras medidas foram aprovadas em relação à exclusão dos condenados de crimes graves (tráfico de drogas, seqüestros, massacres e membros da mafia) dos benefícios concedidos aos prisioneiros pela "Lei Gozzini" (os benefícios são prisão em casa e liberdade limitada), detenção na prisão enquanto aguardam julgamento para os suspeitos de serem culpados de crimes graves, regulamentos relativos ao corte por fio, redução da punição para aqueles que colaboram com a justiça, o prolongamento de investigações preliminares de um período de seis meses a um ano, a modificação de os termos da prescrição de crimes.
A lei, por decreto n. ° 345, de 29 de outubro de 1991, foi convertida em Lei n. ° 410, de 30 de dezembro de 1991, e estabeleceu a DIA, para coordenar as forças policiais e conformar a organização de serviços de investigação com o objetivo de prevenir e reprimir o crime organizado .
Ao mesmo tempo, a lei pelo decreto n ° 367 de 20 de novembro de 1991, convertida em lei n. ° 8 de 20 de janeiro de 1992, estabeleceu as administrações antimafia distrital e o DNA. Um dos candidatos para o cargo de Superprocuratore (procurador geral) foi Giovanni Falcone, assassinado com sua esposa e três guarda-costas, 23 de maio de 1992, enquanto dirigia na rodovia que liga o aeroporto de Palermo, Punta Raisi, a Palermo (o massacre de Capaci).
Após o massacre de Capaci e o massacre da Via D'Amelio, onde o juiz Paolo Borsellino e cinco dos seus guarda-costas foram assassinados em 19 de julho de 1992, novas medidas de emergência, intituladas "Modificações urgentes do novo Código de Processos Penais e ações contra o crime organizado da máfia tipo "foram tomadas. O decreto n. ° 306, de 8 de junho de 1992, convertido na Lei n. ° 356, de 7 de agosto de 1992, introduz modificações significativas no Código de Processo Penal aprovado em 1988, que substituiu o rito de investigação por um rito judicial. As modificações consideram a forma como a prova é adquirida e constituída: para os criminosos comuns, a prova é constituída durante o debate, enquanto que para mafiosos, devido à sua capacidade de intimidar, a prova pode ser extraída de outros procedimentos.
A nova lei introduz novas medidas preventivas para "pentiti", organiza prisões severas para mafiosos, exaspera medidas preventivas em relação a patrimônios e tem duas cláusulas sobre eleições. O primeiro, artigo 11 bis, que integra o artigo 416 bis, afirma que é crime organizado do tipo mafioso quando se usa intimidação: impedir ou negar o direito de votar ou obter votos. O segundo regulamento é o artigo 11 ter, que pune o "intercâmbio político-mafioso": quando um membro da mafia promete obter votos para um político em troca de dinheiro. A forma original da lei incluiu a promessa de obter concessões, autorizações, contratos, financiamento público ou qualquer meio de obtenção de lucros ilegais. Lei nº 16, de 18 de janeiro de 1992, que também trata de eleições e limita o eleitorado passivo,
O quadro regulatório que começou a tomar forma durante a última década foi bastante caótico, no entanto, alguns princípios fundamentais foram criados.
O primeiro foi o regime de trilha dupla. O Procedimento do Código Penal foi aplicado aos criminosos comuns e não aos mafiosos, para os quais se esperava um tratamento penitenciário diferente.
O segundo princípio considera a legislação que recompensa os mafiosos que colaboram com a justiça. Foi introduzido para terroristas, mas foi amplamente expandido nos últimos anos.
O terceiro princípio foi a reversão das acusações contra a pessoa investigada como mafioso, que deve provar a legítima origem dos bens e do dinheiro em sua posse. Mas o Tribunal Constitucional, com uma sentença de fevereiro de 1994, declarou este último inconstitucional.
A legislação antimafia italiana, julgada no todo, está atrasada, foi criada como uma resposta de emergência, é inadequada na compreensão do fenômeno da máfia e é caracterizada pela prevalência de medidas simbólicas.
O crime organizado do tipo mafioso existe desde o século XIX (1), mas apenas com a lei de 1982 foi introduzido o crime da associação mafiosa. Desde a segunda metade da década de 1950, os mafiosos, diretamente ou através de seus cúmplices, se tornaram empresários legítimos, especialmente em construção, mas somente com a lei de 1982 podem ser tocadas essas "empresas mafiosas" (2). Desde a década de 1970, o tamanho financeiro desses grupos da máfia, tanto em termos de capacidade de acumulação de capital quanto de utilização do sistema financeiro para o branqueamento de capitais, é significativo, mas apenas com medidas recentes podem começar a ser combatidas (3).
As medidas responsivas são quase sempre tomadas depois que a máfia cometeu um crime terrível (assassinato de uma pessoa importante, massacres) através de leis por decreto, ou seja, a devida resposta legal a situações urgentes, mesmo que tenham sido muito utilizados nos últimos anos para escapar da burocracia do curso parlamentar. Isto deve-se principalmente à idéia de que a máfia deve ser tratada como uma emergência. De acordo com os estereótipos oficiais do governo, a máfia só existe quando eles matam alguém, é um problema apenas quando eles atiraram em alguém influente, é uma emergência nacional quando eles assassinam um importante funcionário do governo e / ou uma pessoa famosa como Dalla Chiesa, Falcone e Borsellino . Em vez disso, a máfia tem sido uma parte contínua da nossa sociedade há mais de um século, uma instituição, e se, por certo período,
Pode-se dizer que, até agora, o sistema jurídico italiano trata o fenômeno da máfia de forma inadequada e não possui um plano concreto para contrastar a máfia em todos os seus aspectos complexos. Um exemplo é o já mencionado artigo 416 bis que afirma: se o membro da máfia está armado, a punição é maior; mas a máfia está sempre armada e sua característica é o uso da violência privada, isto é, o não reconhecimento do monopólio do Estado sobre a violência.
As medidas tomadas para contrastar a máfia são, acima de tudo, leis exclusivamente simbólicas, ou seja, reações aos crimes mais destacados. Eles querem demonstrar o poder da instituição porque são decretos quase imediatamente após um crime, sem levar em consideração seu valor e utilidade reais. Após os massacres de 1992, em que Judges Falcone e Borsellino perderam a vida, o exército foi enviado para a Sicília. Mesmo isso é uma medida simbólica para contrastar o controle territorial da máfia. O reinado territorial da mafia da Sicília baseia-se no conhecimento secular e generalizado da realidade do território, enquanto muitos dos soldados recrutados para a Sicília estão lá pela primeira vez.
1.2. Do maxi-julgamento de Palermo à prisão dos chefes da máfia
Mesmo a repressão realizada contra o fenômeno da máfia é baseada em uma reação a uma situação de emergência. Os ensaios são conduzidos e concluídos com condenações somente depois de crimes importantes, enquanto a máfia goza de uma impunidade absoluta ou quase absoluta. Um exemplo é Luciano Liggio, um dos chefes mais sangrentos: ele recebeu uma série de absolvições por insuficiência de provas e foi condenado a prisão perpétua por apenas um assassinato (o assassinato de mafia chefe, médico e "Cavaliere al merito della Republica Italiana", Michele Navarra). Esta convicção veio quando a reputação de Liggio era bem conhecida e suas anteriores absolvições se tornaram um escândalo nacional.
O julgamento máximo de Palermo, o julgamento mafioso mais importante na história da Itália, foi oficiado após um enorme número de assassinatos no início dos anos 80 e após o assassinato de pessoas de renome como vice-questore Boris Giuliano, magistrados Cesare Terranova e Gaetano Costa, presidente da região da Sicília Piersanti Mattarella, Secretário Regional do Partido Comunista Italiano Pio La Torre e especialmente do Prefeito Dalla Chiesa (4).
A primeira rodada do maxi-trial terminou com muitas convicções, mas o Tribunal de Apelações reduziu muitas frases e os mafiosos esperavam novas reduções da Corte di Cassazione (Suprema Corte) (5).
A base para o maxi-trial já foi colocada durante a fase de investigação preliminar feita pelo Pool Antimafia de Pal ermo, criado pelo juiz Rocco Chinnici, no qual Judges Falcone e Borsellino trabalharam, e foi confirmado pela convicção do primeiro grau. Por conseguinte, a máfia é identificada com a organização Cosa Nostra, definiu uma organização única, piramidal e ápice, dirigida provincialmente por uma "comissão" ou "cúpula" (comissão ou cúpula) e regionalmente por um organismo interprovincial, no qual o chefe da A comissão de Palermo tem um papel hegemônico. Os líderes de Cosa Nostra são "Corleonesi", mafiosos de Corleone (uma cidade na província de Palermo, praça tradicional da mafia, mas também capital do movimento dos camponeses até a década de 1950), há muito tempo trabalhando em Palermo.
De acordo com esta visão da máfia, com base em declarações feitas por "pentiti", a mais famosa das quais é Buscetta, os crimes mais graves foram decididos pela cúpula, cujos membros são coletivamente responsáveis ​​e, portanto, os julgamentos por crimes mafiosos devem ser julgado como um e tratado pelo Tribunal de Palermo, considerado a capital da máfia.
Outros magistrados e Cassazione, em vez disso, sustentam que as associações da máfia são grupos autônomos, não conectados entre si, portanto, é sem sentido falar de responsabilidade coletiva para os membros da cúpula e, conseqüentemente, as provações da máfia devem lidar sozinhas com o crime e devem ser realizada onde os crimes foram cometidos. Somente em fevereiro de 1992, a Cassazione concordou com a teoria do Pool Antimafia de Palermo e os membros da cúpula foram considerados responsáveis ​​pela maioria dos crimes cometidos na década de 1980 dentro e ao redor da organização mafiosa. Enquanto isso, o Pool Antimafia de Palermo foi desmantelado, Chinnici foi assassinado em 1983, Falcone e Borsellino em 1992.
Somente depois que Falcone e Borsellino foram assassinados, os chefes das mafias mais renomados, fugitivos da justiça por anos, foram presos. O chamado chefe dos chefes, Totò Riina, foi fugitivo por 23 anos e finalmente foi preso no centro de Palermo.
Um importante contributo para a compreensão da estrutura administrativa de Cosa Nostra, seus crimes e a prisão de seus patrões é devido ao "pentiti". O fenômeno arrependido não é completamente novo (casos significativos são documentados no século XIX) (6). Mas, recentemente, tornou-se tão difundido, na verdade, existem cerca de 750 pentiti que colaboram com a justiça hoje.
Os primeiros pentiti, durante a década de 1980, eram principalmente narcotraficantes que trabalhavam com mafiosos, e isso pode ser explicado pela expansão das atividades da máfia e pelo envolvimento de criminosos estrangeiros à tradição mafiosa, que não tem respeito pelo omertà. As declarações de pentiti que se seguem, começando por Buscetta e Contorno, envolvem os mafiosos em declínio na guerra da máfia de 1981 a 3, e é explicada pela violência interna causada pela tentativa de assumir o controle total pelo Corleonesi. O efeito do boomerang envolveu o Corleonesi e seus aliados devido ao uso contínuo da violência e até mesmo dos massacres mais recentes, o que causou um efeito profundo na opinião pública e na reação do governo. Esta reação pode ser delineada da seguinte maneira: uma reação muito forte após os crimes mais graves (que durou cerca de dois anos ou um pouco mais) seguido de um período de enfraquecimento, prelúdio de uma tendência reversa real demonstrada pelo desmantelamento do Pool Antimafia de Palermo e pelo isolamento de Giovanni Falcone que fez seu trabalho no tribunal de Palermo quase impossível. Mesmo agora, dois anos após os massacres de 1992, após as últimas leis "urgentes" e a prisão dos chefes da máfia, a tendência reversa começou de novo, com duvidas sobre a legitimidade do uso dos depoimentos de Pentiti, particularmente o ataque contra alguns magistrados Ativo por aqueles próximos aos vencedores das últimas eleições que trouxeram para o governo as associadas ao "Polo delle libertà" (Liberty Pole) (7). prelúdio a uma tendência inversa real demonstrada pelo desmantelamento do Pool Antimafia de Palermo e pelo isolamento de Giovanni Falcone que tornou seu trabalho na Corte de Palermo quase impossível. Mesmo agora, dois anos após os massacres de 1992, após as últimas leis "urgentes" e a prisão dos chefes da máfia, a tendência reversa começou de novo, com duvidas sobre a legitimidade do uso dos depoimentos de Pentiti, particularmente o ataque contra alguns magistrados Ativo por aqueles próximos aos vencedores das últimas eleições que trouxeram para o governo as associadas ao "Polo delle libertà" (Liberty Pole) (7). prelúdio a uma tendência inversa real demonstrada pelo desmantelamento do Pool Antimafia de Palermo e pelo isolamento de Giovanni Falcone que tornou seu trabalho na Corte de Palermo quase impossível. Mesmo agora, dois anos após os massacres de 1992, após as últimas leis "urgentes" e a prisão dos chefes da máfia, a tendência reversa começou de novo, com duvidas sobre a legitimidade do uso dos depoimentos de Pentiti, particularmente o ataque contra alguns magistrados Ativo por aqueles próximos aos vencedores das últimas eleições que trouxeram para o governo as associadas ao "Polo delle libertà" (Liberty Pole) (7).
Outro aspecto importante da batalha contra o crime organizado que foi tratado com a lógica de uma situação de emergência: a apreensão (uma medida temporária) eo confisco (uma medida final) de todas as posses pertencentes a uma pessoa suspeita de ser membro de crime organizado do tipo mafioso. A principal diferença, e é uma grande diferença, entre apreensão e confisco é que as posses são muitas vezes aproveitadas com muita pressa, sempre do ponto de vista de uma medida responsiva contra os crimes mais graves da mafia e, portanto, a maioria das posses (imóveis, automóveis, etc.) apreendidos são devolvidos ao proprietário. De 1992 a 1993, pouco mais de 160 bilhões de liras (cerca de 100 milhões de dólares) em bens foram confiscados. Este montante é de apenas 12% do valor apreendido (1.334 bilhões de liras).
Os atrasos, as incertezas e os rostos na batalha contra o crime organizado na Itália têm uma explicação profundamente enraizada: a máfia, como outras formas italianas de crime organizado não são apenas organizações criminosas dedicadas a várias atividades criminosas, mas estão interligadas no contexto social, especialmente economia e instituições. Sem esses relacionamentos intrincados, seu crescimento e força são incompreensíveis.
1.3. Relatório do Comitê Antimafia sobre máfia e política
O comitê parlamentar de investigação da mafia em 1993 tentou lidar com essa questão crucial e relatou a relação entre máfia e política (8). O relatório é dedicado a um tipo de crime organizado chamado Cosa Nostra, que de acordo com a comissão, em comparação com outras associações da máfia
é predominantemente importante por sua tradição de longa data, sua organização tanto na Itália quanto no exterior, seu poder criminal e financeiro. É certamente um erro subestimar o poder do 'Ndrangheta e Camorra, que têm suas próprias relações específicas com políticas e instituições. O comitê sente que, enquanto uma eventual derrota de Cosa Nostra poderia determinar o enfraquecimento de outros tipos de crime organizado, a eventual derrota do Ndrangheta ou Camorra ou Sacra Corona Unita não teria o mesmo efeito sobre Cosa Nostra.
O último, de fato, em comparação com outras formas de crime organizado, tem a função de executar uma estratégia geral, impõe suas próprias formas de atuação, assume um papel importante no tráfico importante e constitui um modelo de organização. (9)
A estratégia política de Cosa Nostra é a seguinte:
A ocupação e decisão do território em concorrência com autoridades legítimas, possui imensos recursos financeiros, tem um exército secreto bem armado, tem um programa de expansão ilimitada, todas essas características fazem dela uma organização que opera de acordo com a lógica do poder e conveniência, sem regras, exceto aquelas que eles desenvolvem e sustentam. A estratégia política de Cosa Nostra não é modificada por outros, é imposta aos outros por meio da corrupção e da violência. (10)
De acordo com o relatório aprovado por grande maioria, a máfia e a política têm uma relação de "convivência" que favoreceu tentativas para infiltrar órgãos do governo, magistrados, policiais e autoridades locais. Algumas tentativas foram bem-sucedidas, com consequências desastrosas para a legitimidade e credibilidade das ações tomadas pelas autoridades públicas.
O resultado dessa "coabitação":
enfraquecer o sistema democrático ... tornar a Itália única pelo número de assassinatos e massacres políticos, no panorama das democracias ocidentais. (11)
Esta "coabitação" explica as medidas repressivas "flutuantes":
Ataque quando Cosa Nostra ataca; depois retornar à coabitação. O erro de confundir pax mafiosa, devido ao rígido controle da mafia de sua organização, com a ausência de atividades criminosas. O governo não atacou Cosa Nostra porque é crime organizado, mas apenas quando ordenou e cometeu homicídios particularmente graves (...). A relação duradoura entre máfia e autoridade legítima é quase assim entre dois soberanos distintos. (12)
O comitê sente que o vínculo entre Cosa Nostra e instituições é principalmente através da "Massoneria" (maçonaria):
O terreno fundamental em que o vínculo entre Cosa Nostra com funcionários públicos e profissões privadas foi criado e reforçado é o Massoneria. O vínculo de Massoneria serve para manter o relacionamento contínuo e orgânico. A admissão de membros da Cosa Nostra, mesmo em níveis elevados, em Massoneria não é ocasional ou episódica, mas uma escolha estratégica. O juramento de alegria a Cosa Nostra continua a ser o ponto de pivô em torno do qual "uomini d'onore" (homens de honra) são proeminentes. Mas as associações de Massoneria oferecem à máfia um instrumento formidável para ampliar seu próprio poder, obter favores e privilégios em todos os campos: tanto para a conclusão de grandes negócios quanto para "julgamentos fixos", como muitos colaboradores da justiça revelaram. (13)
O relatório sobre máfia e política da Comissão Parlamentar é, sem dúvida, original, de inegável importância, porque, pela primeira vez, o relacionamento entre máfia e instituições é o centro das atenções, uma questão apenas mencionada em relatórios anteriores (14). Isso é explicado pelo fato de que o comitê trabalhou em um período de transição, que ocorreu durante a passagem da chamada primeira república para a chamada segunda república. A queda do "socialismo real" na Itália significou o desmantelamento do Partido Comunista e a criação do Partido Democrata da esquerda. O mesmo ocorreu para o Partido Democrata Cristão (CD), que teve o poder incomparável desde o final da Segunda Guerra Mundial até o início da década de 1990 por causa de sua rampa contra o risco de ser conquistada pelos comunistas e, portanto, era um ponto forte da política atlântica. No entanto, o relatório, na tentativa de obter um consentimento generalizado, não passa. Por exemplo, menciona as responsabilidades de Lima (Lima era um membro poderoso do CD assassinado em 12 de março de 1992), mas não analiza o sistema de poder do CD que girava em torno de Lima e Andreotti, o último era o homem mais poderoso da primeira república, e não menciona as responsabilidades da ala esquerda, comprometida com elas (15).
1.4. A máfia como sujeito político. Mafia dupla em um Estado duplo
É certamente significativo dizer que a máfia "coabitam" com as instituições, especialmente depois de décadas de negar sua existência, mas a realidade da máfia e a relação entre máfia e instituições é muito mais complexa.
O seguinte é um resumo da minha pesquisa (16).
A máfia é uma associação criminosa que administra atividades ilegais e legais, para acumular capital e buscar poder, tem seu próprio código cultural baseado na legalidade do uso da violência e tem um consentimento notável. Atua dentro de uma coalizão social que inclui várias classes da população, com a supremacia dos assuntos jurídicos ilegais mais ricos e influentes (borghesia mafiosa: mafiosos da classe média alta).
Tem as características de um sujeito político em dois sentidos:
1) sendo uma associação, a máfia é um grupo político, tendo todas as características individuais desse tipo de grupo, conforme definido pela sociologia clássica: um código (um grupo de regras), extensão territorial, coerção física, uma força administrativa capaz de assegurar a observância das regras e aplicação de medidas coercivas (17);
2) contribui como uma associação e uma coalizão social para a produção da política em um sentido abrangente, isto é, determina ou contribui nas decisões e escolhas que visam a manipulação do poder e a distribuição dos recursos.
Na sua relação com o Estado e outras instituições, a máfia tem duas faces: é contemporaneamente fora e contra o Estado, porque não reconhece o monopólio do Estado sobre a violência e naturalmente recorre ao assassinato (tendo a pena de morte em seu código). Está dentro e com o Estado porque uma série de atividades estão ligadas ao uso das finanças públicas (por exemplo, contratos para obras públicas) e implicam sua participação ativa na vida pública (eleições, controle do funcionamento das instituições).
Mesmo o Estado ao lidar com a máfia caracterizou-se pelo uso de padrões fundamentalmente duplos. Se, até 1982, a máfia não fosse considerada uma organização criminosa, os assassinatos e outros crimes cometidos por mafiosos foram, mas a impunidade que eles desfrutam significa a renúncia ao Estado de seu monopólio sobre a violência. A impunidade pode ser considerada uma forma de legitimação, portanto, pode-se dizer que, na Itália, houve duas formas de lidar com a violência. Isso pode ser explicado pelo fato de que a violência da máfia, que teve como vítimas principalmente opositores políticos e sociais que simbolizam a renovação, tem sido útil para manter o poder pelas classes dominantes sempre que a intervenção direta do Estado era impossível, devido a ilegalidade evidente ou não teria sido tão rápido e brutal quanto a violência da máfia.
Desta forma, a máfia foi simbolizada como criminalidade institucionalizada (18), enquanto no interior do Estado havia uma divisão entre a constituição formal e a constituição material, isto é, entre os princípios escritos e o comportamento real, e as próprias instituições criminosas formadas. Foi dito que, desde o fim da segunda guerra mundial, a democracia italiana foi bloqueada, formalmente aberta, mas praticamente "fora de limites" para a oposição. Este é o produto da relação entre as políticas nacionais e internacionais que cresceram dentro da oposição Oriente-Oeste. A fidelidade à política atlântica em uma nação como decisiva para o controle mediterrâneo, como Itália, significou a criação de estruturas anticomunistas secretas como Gladio (Stay Behind), embora a criação de associações clandestinas seja constitucionalmente proibida. O serviço secreto teve um papel nos massacres italianos, destinado a bloquear os conflitos sociais e o avanço da ala esquerda (19), contribuindo para a organização ou dificultando as investigações e esse comportamento é outra consequência da fidelidade atlântica. A "Loggia Massonica P2" (maçonaria) atuou contra o comunismo e para estabelecer uma república presidencial; seus membros eram políticos, membros do serviço secreto, militares, magistrados, e tinha um papel nos massacres (20).
Portanto, a relação entre máfia e política não pode ser vista como uma colaboração simples ou como uma série de episódios que dizem respeito a alguns patrões e alguns políticos e administradores, mas devem ser vistos como resultado do encontro entre crime institucionalizado e instituições criminosas que trabalham dentro do Estado.
No que diz respeito às instituições periféricas, a relação entre elas e a máfia é demonstrada pela dissolução de muitos municípios nos últimos anos. Ao implementar a Lei n ° 55 de 19 de março de 1990, até setembro de 1993, foram dissolvidos 72 municípios: 32 na Campânia, 12 na Calábria, 6 na Puglia, 22 na Sicília. As motivações para a dissolução falam claramente da presença de membros da máfia como conselheiros, prefeitos ou conselheiros, ou de conexões (amizades ou parentes) entre mafiosos e administradores nos negócios, fazendo com que o desrespeito dos direitos dos cidadãos (começando pela liberdade e segurança) e legalidade. Estas são situações de "criminocrazia" formal (criminosos no poder) (21), com a aquisição direta do poder local pelos mafiosos, ou de forma informal através de tratos com outros que trabalham para a máfia.
2. Unidade européia: primeiras tentativas na política anticrime
2.1. Um continente de legalidade variável
A Comunidade Económica Europeia (CEE) começou a lidar com o problema do crime organizado nos últimos anos, mas ainda está longe da unidade política. Os 12 países membros têm situações diversificadas, portanto, pode-se dizer que é um "sistema de legalidade variável". Alguns exemplos: o crime organizado do tipo mafioso existe apenas no código italiano; A ação penal só é obrigatória na Itália e na Alemanha, opcional em todas as outras nações; Somente na Alemanha, Itália e Portugal a fraude comunitária é considerada um crime; A passagem de informações para outros países é proibida na Holanda se causar a limitação da liberdade dos cidadãos holandeses e é restringida na Alemanha (22).
Em 1991, o Parlamento Europeu constituiu um comité de investigação sobre a difusão do crime organizado ligado ao tráfico de droga nos Estados membros da CEE. A constituição do comitê é explicada pelo medo derivado não apenas da devastação do uso de drogas em muitos setores da sociedade europeia, especialmente entre os jovens que vivem em grandes áreas urbanas caracterizadas por alto desemprego, mas também os riscos que os grupos de criminosos organizados que O narcotráfico constitui para instituições e democracias governamentais. (23)
Anteriormente, em setembro de 1986, o Parlamento Europeu elaborou um relatório sobre "O problema da droga nos Estados membros da CEE" e agora, com o relatório do Comitê de 1991, está disponível uma visão atualizada da difusão do crime organizado na Europa.
O relatório faz uma distinção entre "crime organizado" e "crime institucionalizado". O primeiro é um termo genérico que pode ser usado para todos os tipos de atividades criminosas organizadas, enquanto o último está associado a organizações criminosas principais. O crime institucionalizado pode infiltrar-se em sociedades industriais modernas de uma maneira que nem sequer procurou pelo primeiro tipo. (24)
Inicialmente, o crime organizado tinha uma sede regional, agora sua influência e atividades se estendem ao nível internacional:
Na CEE, o crime organizado ampliou suas atividades e, embora a Itália possa ser considerada o berço do crime estruturado (foi um modo de vida nas regiões do sul da Itália, Sicília, Calabria e Campania), organizações já estão chegando da Ásia, do Sul América e os Estados Unidos da América. Foram identificados grupos de criminosos da Europa Oriental e da União Soviética. (25)
O relatório fornece algumas informações sobre os principais grupos criminosos que trabalham na Europa. Além dos grupos italianos (Mafia, 'Ndrangheta e Camorra) estão os Yakusa japoneses, as tríades chinesas, os clãs turcos e outros clãs étnicos como os barões paquistaneses, grupos jugoslavos, organizações polonesas e gangues de motos como Hells Angels.
Os instrumentos jurídicos para combater o crime organizado na Europa estão divididos em três categorias no relatório: as convenções internacionais assinadas, ratificadas e em vigor; os regulamentos da comunidade através da directiva, os Estados da CEE são obrigados a aplicar leis que concordam com estas; as regulamentações nacionais.
A nível internacional, após a assinatura da Convenção de Viena de dezembro de 1988, as Nações Unidas em 1990 criaram o PNUFID (Programa das Nações Unidas de Controle de Drogas) que substitui o UNFDAC (Fundo das Nações Unidas para o Controle do Abuso de Drogas) e unificou todos os iniciativas da comunidade internacional no que diz respeito à luta contra o tráfico de drogas e programas de desenvolvimento para países que colimam drogas.
A nível europeu, o novo Tratado da União que contém disposições relativas à luta contra a droga no sector da saúde pública (Título II, artigo 129), em matéria de justiça penal e assuntos internos (Título VI) e política e segurança estrangeiras (Título V ).
Os Estados membros da CEE apresentam uma grande variedade nos seus códigos penais, mas concordam com os pontos fundamentais, como o respeito pelas convenções internacionais sobre drogas.
Um grande problema é a variedade de órgãos prepostos para a repressão. Nos 12 estados membros existem 28 órgãos entre a polícia e os costumes. Não existe apenas o problema da cooperação entre os órgãos de diferentes Estados, mas também o problema da cooperação dentro dos Estados. A justiça e os sistemas judiciais são diferentes, assim como seus processos de investigação penal.
Inevitável, a evolução para um sistema judicial e judicial comum será necessariamente lenta, o problema é como lidar com os obstáculos que a disparidade entre os diferentes sistemas dos Estados que combatem o crime organizado e o tráfico de drogas a nível europeu.
O primeiro passo em qualquer programa de luta contra o crime organizado é a aquisição e utilização de informações. O Comité sublinha a necessidade de uma tal organização a nível europeu.
Deve ser desenvolvida uma iniciativa europeia para a luta contra o tráfico de drogas e o branqueamento de capitais.
2.2. O plano de medicamentos na União Europeia
O primeiro organismo que lidou com o problema da droga a nível europeu foi o Grupo Pompidou. Fundada em 1971 por iniciativa do presidente francês, desde 1980 colaborou com o Conselho Europeu, patrocinando pesquisas sobre o uso e o tráfico de drogas e a coordenação da política européia em drogas.
Em 1985, o grupo TREVI (Terrorismo, Radicalismo, Extremismo e Violência Internacional), formado pelos ministros dos Estados membros da CEE, decidiu lidar com o problema da droga.
Em 1986, o Parlamento Europeu discutiu um relatório sobre o tráfico de drogas escrito por Stewart Clark. Em 1989, a presidência francesa propôs um plano de sete pontos, entre os quais, políticas antidrogas comuns e contra o branqueamento de capitais. Em Dezembro do mesmo ano, foi criado o CELAD (Comité Europeu para a Luta contra o Abuso de Drogas), que propôs um plano europeu para a luta contra o abuso de drogas, aprovado pelo Conselho Europeu de Roma em Dezembro de 1990 e revisto e actualizado pelo Conselho Europeu de Edimburgo em 1992.
Em Junho de 1994, a Comissão da CEE apresentou uma proposta de plano de acção, no Conselho Europeu e no Parlamento, para a luta contra a droga. O Plano tem três pontos principais: a redução da demanda, a luta contra o tráfico ilegal e as medidas internacionais.
O Plano prevê uma redução na demanda através da prevenção (informação, educação em saúde, formação profissional) e meios destinados a favorecer a reintegração social e profissional.
As medidas para restringir o tráfico ilegal consideram a aplicação de instrumentos legislativos já existentes e a cooperação com países não membros.
O programa internacional considera a participação no Programa das Nações Unidas, a cooperação bilateral com países limítrofes, acrescentando cláusulas para a luta contra a droga nos acordos celebrados com países não membros.
No que diz respeito às estruturas que devem dar um novo impulso à luta contra a droga, prevê-se a utilização de planos relativos à Europol e ao Observatório Europeu da Droga e do Vício.
A Europol está localizada em Aja e tem poucos empregados e poucos meios. Desde 1994, a unidade européia antidrogas (Ude) foi constituída e tem apenas quinze funcionários. O Observatório das drogas terá a sua sede em Lisboa, mas ainda não iniciou as suas actividades. Entretanto, as Organizações Não Governamentais (ONGs) criaram um comitê para coordenar as várias associações que atuam na aplicação da legislação antidrogas, cooperação internacional e auxiliar o Observatório (ENCOD: Comitê Europeu de ONGs em Drogas e Desenvolvimento).
2.3. Medidas contra o branqueamento de capitais
Em Junho de 1991, o Conselho da CEE aprovou uma directiva relativa à prevenção da utilização do sistema financeiro para o branqueamento de capitais provenientes de actividades ilegais.
Esta iniciativa está entre as iniciadas nos últimos anos para contrastar o branqueamento de capitais a nível internacional. As principais iniciativas são as seguintes:
A declaração Basilea assinada em dezembro de 1988 pelos países do G7, Bélgica, Luxemburgo, Holanda e Suíça. O documento atribui aos bancos centrais a tarefa de identificar clientes e a origem de seus fundos, recusar transações suspeitas e colaborar com a polícia.
A constituição do GAFI (Força-Tarefa de Ação Financeira), em julho de 1989, após a reunião do G7 de Paris. Além dos países do G7, outros países membros são a CEE, Áustria, Suécia, Suíça e Austrália. Suas tarefas são: análise do fenômeno do lavagem, verificação dos meios nacionais e internacionais, elaboração de propostas e recomendações.
A directiva do Conselho Europeu considera como crime de lavagem de dinheiro a conversão ou a transferência de capital sabendo que foram obtidos de "crimes graves", com o objetivo de esconder ou ocultar sua origem illecit. Os "crimes graves" são considerados os indicados pelo artigo n ° 3 da Convenção de Viena (produção e comércio de narcóticos e substâncias psicoativas) e também outros crimes, começando com os que são feitos pelos membros do crime organizado.
O campo de acção da directiva do Conselho Europeu compreende todo o sistema financeiro, portanto, não só os bancos, mas todas as instituições de crédito e financeiras, incluindo as companhias de seguros, e podem ser alargados a actividades profissionais ou empresas que utilizem fundos líquidos e podem ser um meio de lavar dinheiro.
Os Estados membros devem garantir que o branqueamento de capitais constitui um crime em seu país e que as instituições de crédito e financeiras estão certas quanto à identidade de seus clientes quando iniciam uma transação comercial ou bancária e examinam com particular atenção as transações incomuns que aparentemente não têm nenhum objetivo econômico aparente. Essas instituições devem colaborar plenamente com as autoridades judiciais ou com os que aplicam o código penal, devem providenciar um controle interno adequado para prevenir, descobrir e inibir seu envolvimento no branqueamento de capitais.
A convenção do Conselho Europeu sobre o branqueamento, apreensão e confisco de lucros por crime, assinada por cerca de vinte Estados, foi ratificada por apenas cinco Estados: três Estados membros (Itália, Holanda, Reino Unido) e outros dois países (Bulgária e Suíça) e está em vigor desde 01 de setembro de 1993.
O regime europeu real, no que diz respeito às medidas contra o branqueamento, é bastante confuso. No que diz respeito à extensão do lavagem a todos os crimes graves, tal disposição não foi aceita pelos Estados membros: todos excluíram a evasão fiscal, enquanto o Luxemburgh ligou o branqueamento apenas ao capital obtido com o narcotráfico. Além disso, em alguns países, esta legislação não é aplicada em certas áreas que funcionam como paraísos fiscais ou paraísos fiscais, por exemplo, as Ilhas de Jersey e Guernsey não estão sob leis inglesas contra o lavagem de roupa.
No que diz respeito à notificação de transacções suspeitas, existem muitos sistemas diferentes em uso. A Itália, a Alemanha e a Holanda adotaram o sistema americano de "relatório de transações cambiais", ou seja, a notificação automática de todas as transações acima de um determinado valor. Na Alemanha, as transações de mais de 15 mil marcas devem ser notificadas, cerca de 70 milhões de transações por ano. Outras nações apenas notificam transações suspeitas, com resultados muito diferentes. Em 1992, apenas 600 transações foram notificadas em França e quase 12 mil na Grã-Bretanha.
Como é evidente, a Europa é apenas no início neste campo decisivo na batalha contra o crime organizado, em grande atraso e com muitas incertezas. A preocupação com a utilização do sistema financeiro para o lavagem de dinheiro cresceu desde o escândalo do BCCI (Banco de Crédito e Comércio Internacional) de 1991 (26). Um dos expedientes utilizados pelo BCCI foi aproveitar as dificuldades encontradas na colaboração entre diferentes países, portanto, eles criaram sede em Londres e o banco social em Luxemburgh, onde os controles são menos restritivos, com subsidiárias bancárias em todo o país. mundo. A CEE tem o problema de como unificar os regulamentos de vigilância, especialmente aqueles que regulam as instituições financeiras que possuem subsidiárias em diferentes Estados membros. Em julho de 1993, a Comissão da CEE, ou seja,
Essas medidas tentam limitar os perigos da liberalização da circulação do capital com a abertura oficial do mercado europeu em 1993. Ainda não foi comprovado a eficácia dessas medidas, tendo em vista a tendência de mercados transnacionais para a abolição ou redução de controles que possam facilitar o encontro entre capital ilegal e legal. Este assunto será tratado mais tarde.
2.4. Fraude da CEE e crime organizado
O crime organizado colocou um grande interesse na fraude da CEE. Este termo inclui todas as infrações de natureza jurídica, cometidas por uma pessoa ou organizações privadas que tenham consequências financeiras no orçamento da CEE.
As fraudes podem considerar ambos os fundos retirados do orçamento da CEE, em particular os doados aos Estados como parte da política política da CEE, e os fundos devidos à CEE que, por diversas razões, não são cobrados.
De acordo com estimativas oficiais, menos de 0,2% dos subsídios são distribuídos indevidamente. Outras fontes informam que a CEE é defraudada de até 8 a 10% do seu orçamento. Em 1990, 525 casos de fraude foram notificados ao Fundo Europeu de Orientação e Garantia Agrícola (FEAOG), enquanto em 1992 foram notificados 1030 casos. A Itália lidera o grupo com 366 casos. A Itália também está no topo da lista no que diz respeito ao valor defraudado, 79,49 milhões de ecus e a Alemanha está atrasada em segundo lugar com 7,95 milhões de ecus (1 ECU = cerca de 1.900 liras italianas). Esta é apenas uma parte das fraudes da CEE.
Desde 1º de janeiro de 1990, os Estados membros devem notificar o número de irregularidades e fraudes a cada seis meses. Em dois anos, de 1990 a 1992, a Itália notificou 69 casos, Alemanha 306, Grã-Bretanha 285, França 242, Bélgica 96 e Dinamarca 93.
O maior número de fraudes de EEc foi cometido nas regiões do sul da Itália (Sicília, Calábria, Puglia), onde o crime organizado é predominante. 19% dos acusados ​​entre 1990-1992 têm precedentes para crime organizado, tráfico de narcóticos, extorsão e outros crimes típicos do crime organizado. Vários casos referem-se a membros famosos do crime organizado (27).
Com o mercado comum e a remoção das fronteiras, esses crimes aumentam significativamente, e especialmente o tráfico de cigarros (28).
3. As contradições da sociedade de hoje: tendências básicas e medidas compensatórias
A difusão de atividades ilegais, a partir do tráfico internacional de drogas e a proliferação de grupos de mafiosos criminais (que unem atividades legais e ilegais, têm um papel social e econômico, interagem com instituições) pode ser explicada por algumas contradições fundamentais na sociedade de hoje. Os mais relevantes são os seguintes (29):
Contradição entre legalidade e realidade. A proibição das drogas foi confirmada na Convenção das Nações Unidas de dezembro de 1988, mas independentemente das tentativas de reduzir a demanda e parar o tráfico de drogas, o uso aumentou e os traficantes de drogas se acumularam e continuam acumulando enormes quantidades de capital. A abolição da proibição não irá abolir a máfia, que tem outras atividades e dedicar mais tempo a elas ou encontrar novas, mas certamente impedirá sua capacidade de acumular capital e emancipar os toxicodependentes da escravidão dos traficantes sem escrúpulos . O debate atual sobre a proibição e a legislação coloca sua atenção principalmente em temas concretos, como a relação custo-benefício das medidas repressivas, prisões superligadas, paralisia do sistema judicial, a difusão da SIDA entre toxicodependentes. Os administradores de algumas grandes cidades europeias famosas por uso e tráfico de drogas tomaram um ponto de vista interessante. Em 1990, eles se encontraram em Frankfurt e aprovaram uma resolução que afirma o fracasso das políticas antidrogas reais e enfatizam a necessidade de aconselhamento de toxicodependentes e prevenção, com base na política de "redução de danos".
Contradições entre a opacidade do sistema financeiro e a luta contra o branqueamento de capitais. O sistema financeiro internacional é notoriamente opaco, devido ao segredo bancário, paraísos fiscais, inovações financeiras (ou seja, novas formas de coleta de capital e novos assuntos e circuitos financeiros, criados para escapar dos controles) e que favorece a simbiose entre capital legal e legal. A liberalização da circulação de capitais e a criação de grandes mercados transnacionais (NAFTA europeu, norte-americano, APEC nas áreas do Pacífico, área econômica chinesa) demolem fronteiras e abolem controles e, portanto, favorecem a circulação de todo o tipo de capital, inclusive ilegal . As medidas anti-agresivas, como consequência, correm o risco de serem muito pequenas e insignificantes ou frágeis quando comparadas à grande quantidade de transações. Cerca de 3, 000 bilhões de dólares são negociados todos os dias no mercado mundial e uma grande parte dessa soma é "capital quente" à procura de pontos de venda mais favoráveis. Entre este enorme fluxo de capital, o capital ilegal pode ser facilmente escondido e lavado (30).
Contradição entre reestruturação capitalista e política de desenvolvimento. Com a queda do "socialismo real", entramos na "fase global do capitalismo". As formas de produção capitalistas se estenderam ao mundo inteiro e a cena econômica mundial é dominada por figuras internacionais embora mantenham uma base nacional, nos Estados Unidos, Japão e Europa. O relatório do Banco Mundial sobre a situação econômica mundial e sobre os países em desenvolvimento, publicado em 1993, utilizando quatro níveis de renda pro-peruana, distingue quatro economias: economias de baixa renda (635 dólares ou menos), menor renda média (635-2,555 dólares), superior renda média (US $ 2.556-7.910), renda alta (mais de 7.911) (31). Nos últimos anos, o fosso entre as nações subdesenvolvidas e os países desenvolvidos cresceu. Durante a década de 1980 com a crise da dívida externa, em cerca de 40 países subdesenvolvidos houve uma redução na renda pro-peruana, enquanto que durante a década de 1970 essa redução envolveu somente 20 nações e, na década de 1960, apenas cerca de 10 nações. A quantidade de ajuda oficial para o desenvolvimento manteve-se estável, enquanto o número de países que devem obter ajuda aumentou.
Atualmente, há um processo de reestruturação do aparelho produtivo que causa conflitos entre os Estados Unidos, Japão e Europa e aumenta a diferença entre economias centrais e periféricas. Hoje, 23% da população mundial consome 80% dos recursos. Em vastas áreas, como África e Ásia, o número de pessoas pobres está crescendo. Ou seja, o número de pessoas que vivem com um rendimento inferior ao necessário para sobreviver está aumentando. Em áreas ricas, a diferença social também está crescendo com o grande aumento do desemprego (36 mil milhões nos países da OCSE, 20 mil milhões na Europa). Neste esquema de desequilíbrio territorial e lacunas sociais crescentes, as economias legais das áreas fronteiriças são desmanteladas e a acumulação ilegal se torna a única chance possível. Isto é válido para todos os países produtores de medicamentos, da América Latina para a Ásia, da África ao Oriente Médio. Se, nas áreas periféricas, o crime organizado representa uma resposta à crise, nas áreas centrais aproveita a acumulação descontrolada (em primeiro lugar, a disponibilidade de capital de baixo custo) e a conveniência oferecida pelo sistema (proibição, opacidade do sistema financeiro , etc.)
A situação é particularmente crítica nos ex-países socialistas. A Europa Oriental pode ser ou já é uma nova fronteira para o crime organizado. Imediatamente após a queda do Muro de Berlim, fontes oficiais e jornalistas informaram que a máfia e a camorra investiram cerca de 72 bilhões de marcas na ex República Democrática da Alemanha, um terço dos investimentos realizados nesse período. Os grupos criminosos estrangeiros não são os únicos presentes nesses países. Hoje, muitos falam da máfia russa que trafica (drogas, armas nucleares, armas tradicionais, petrolium, metais e alimentos) em colaboração com membros do serviço secreto e ex-órgãos governamentais superados pelo colapso do regime (32 ).
Se a explicação para o crescimento da economia ilegal e a difusão de grupos criminosos do tipo mafioso deve ser buscada entre as características da sociedade contemporânea antes mencionadas, a política anticrime efetiva deve estar relacionada com mutações profundas e escolhas radicais que tenham um efeito sobre os objetivos culturais e as relações sociais. Para fazer alguns exemplos: a abolição da proibição de drogas, a eliminação de todas as formas de opacidade do sistema financeiro, uma luta contra as várias formas de "criminocrazia" e o intercâmbio entre grupos criminosos e instituições. Tudo isso deve ser parte de uma luta mais geral pela democracia, uma política de convivência e desenvolvimento que assegure a satisfação das necessidades básicas, em vez de uma competição incessante entre grandes potências financeiro-industrial e a procura de lucro máximo. Estes são os campos de batalha que decidirão o futuro da humanidade e não apenas o resultado da luta contra o crime organizado.
O autor
Umberto Santino, fundador e diretor do centro siciliano de documentação "Giuseppe Impastato", primeiro centro de estudo sobre máfia e crime organizado na Itália, escreveu vários ensaios, entre os quais: A máfia financeira, La violenza programmata (Violência Programada) ( com G. Chinnici), Mafia e Maxiprocesso (Mafia e Maxi-julgamento), L'impresa mafiosa e Dietro la droga (com G. La Fiura), La borghesia mafiosa (Máfia da classe média ). Ele também escreveu o romance Libro di Giona (Livro de Giona). Ele é o corinthense italiano da OGD (Observataire géopolitique des drogues) e é membro da ENCOD (Comité Europeu de ONGs em Drogas e Desenvolvimento). Ele coordenou o "Progetto Droga" realizado pelo Centro Impastato e CISS (Cooperazione Internazionale Sud-Sud) com o apoio da CEE, que produziu uma unidade multimedial para estudantes secundários e universitários, professores e trabalhadores do desenvolvimento. O livro sobre o qual esta unidade se baseia é Dietro la Droga, escrito em quatro línguas.
Notas finais
1 Ermanno Sangiorgi, Questore (chefe de polícia) de Palermo, de 1898-1900, escreveu uma série de relatórios sobre o crime organizado de Palermo e da província formado por vários grupos, coordenado por uma "conferência entre chefes" e encabeçada por um "chefe supremo". Veja S. Lupo, Storia della mafia dalle origini ai nostri giorni, Donzelli, Roma, 1993. Informações sobre a existência de algo semelhante ao crime organizado também podem ser derivadas dos relatórios dos oficiais do período Bourbon. Veja G. Fiume, Le bande armate na Sicília (1819-1849), Annali della Facoltà di Lettere e Filosofia dell'Università di Palermo, Palermo, 1984.
2 Para mais informações sobre as empresas mafiosas, veja U. Santino e G. La Fiura, L'impresa mafiosa. Dall'Italia agli Stati Uniti, F. Angeli, Milano, 1990.
3 Veja U. Santino, A máfia financeira: A acumulação ilegal de riqueza e o complexo industrial financeiro, em "Crises Contemporâneas", Vol. 12, n. 3, setembro de 1988, pp. 203-243.
4 Sobre homicídios em Palermo ver G. Chinnici e U. Santino, La violenza programmata. Omicidi e guerre di mafia a Palermo dagli anni '60 ad oggi. F. Angeli, Milano, 1989.
5 Para mais informações sobre o teste Maxi, veja G. Chinnici, U. Santino, G. La Fiura, U. Adragna, Gabbie vuote. Processo por omicidio a Palermo dal 1983 al Maxiprocesso. F. Angeli, Milano, 1992.
6 O julgamento contra Mafiosos de Monreale pertencente ao grupo chamado "Stoppagghieri", realizado em Palermo em maio de 1878, baseou-se em informações obtidas do "pentito" Salvatore D'Amico, assassinado um mês antes da data do julgamento. Também em 1878, Rosario La Mantia, um mafioso colaborou com a justiça fornecendo informações sobre a mafia de Palermo da Piazza Montalto. O julgamento terminou com 12 sentenças de morte.
7 O órgão neofascista "L'Italia settimanale", imediatamente após as eleições de março de 1994, publicou uma lista dos "chefes para cortar", entre os quais o atual Procurador-chefe de Palermo Giancarlo Caselli.
8 Commissione Parlamentare d'inchiesta sul fenomeno della mafia e sulle altre associazioni criminali similari (doravante chamado CPA: Commissione Parlamentare Antimafia), Relazione sui rapporti tra mafia e politica, Roma, 1993.
9 Ibidem, p. 24.
10 Ib., P. 40.
11 Ib., P. 50.
12 Ib., P. 54.
13 Ib., P. 59 s.
14 Desde o estabelecimento da República, houve 4 Comitês Parlamentares Antimafia. O primeiro em 1962 e terminou seu trabalho em 1976, reunindo uma grande quantidade de material sobre as atividades da máfia e enfatizando a necessidade de usar novas medidas contra eles, mas a lei antimafia só ocorreu em 1982. O segundo comitê foi constituído em setembro de 1982 para verificar o cumprimento da lei antimafia e encerrou o seu trabalho em 1987. O terceiro comitê, constituído em março de 1988 com poderes de investigação, terminou em 1992. O quarto comitê, constituído em 1992 com poderes de investigação, terminou em 1994, com o fim da XI legislatura.
15 Em dezembro de 1984, apresentei ao Parlamento Europeu o dossiê Un amico a Strasburgo. Documenti della Commissione Antimafia su Salvo Lima, com a qual documentei a relação entre Lima e a máfia. O dossiê é reproduzido no relatório minoritário do Comitê parlamentar da Antimafia publicado em 1985. Apenas alguns deputados parlamentares europeus votaram a favor de uma discussão sobre Salvo Lima, os deputados do Partido Comunista Italiano (ICP) votaram contra a moção, avançando formal motivações. Um mês antes, no Parlamento italiano, o ICP absteve-se de votar a relação entre Andreotti e o banqueiro Michele Sindona. A atitude do ICP pode ser explicada pelo fato de que Lima e Andreotti foram a favor do ICP se juntar à maioria no governo, durante o chamado período de "
16 U. Santino, La mafia vêm soggetto politico, em "Una città per l'uomo" nn. 1, 2, 3-4, fevereiro - agosto de 1993 e ensaios reunidos em La Borghesia mafiosa, Centro siciliano de documentação G. Impastato, Palermo, 1994.
17 Sobre os grupos políticos ver Max Weber, Economia e società, vol. I, Edizioni di Comunità, Milano, 1981.
18 Esta expressão foi citada no relatório da comissão de inquérito do Parlamento Europeu sobre a divulgação do crime organizado, Novembro de 1991.
19 Na Itália, de 1969 a 1984, os anos de lutas estudantis e trabalhadoras e o sucesso do Partido Comunista, houve oito massacres com 149 mortos e 688 feridos. O único em que foram feitas convicções foi o massacre do Natal de 1994 (trem rápido 904) em que mafiosos e neofascistas foram condenados. Na ordenança do adiamento à justiça pelo massacre de Peteano (maio de 1972): "Os massacres (...) destinam-se a espalhar o pânico e a insegurança coletiva com a intenção de produzir a necessidade e demanda de" ordem ", para justificar o governo pacificando a intervenção como um Estado "forte" (...) Este esquema foi pensado e gerido por centros de poder no coração do governo, que, por um lado, usava mediadores para lidar com as operações e, por outro lado, impediu as investigações judiciais. " Em C. Schaerf et al. (editores), Venti anni di violenza politica in Italia, Isodarco, Roma, 1992, p. 16.
20 Commissione Parlamentare d'inchiesta sulla Loggia Massonica P2, Relazioni di maggioranza e di minoranza, Roma, 1984.
21 O antropólogo britânico Anthony Henman usa o termo "narcocracia" para as situações em que os traficantes de drogas ocupam, direta ou indiretamente, cargos de poder. Veja A. Henman, R. Lewis, T. Malyon, Big Deal. A política do negócio da droga illecit, Pluto Press, Londres e Sydney, 1985.
22 Ver CPA, Prima relazione annuale, Roma, 1993, p. 52.
23 Parlamento Europeo, Commissione d'inchiesta sulla diffusione del crimine organizate collegato al traffico di sostanze stupefacenti negli Stati membri della Comunità Europea, Progetto di relazione, novembro de 1991.
24 Ibidem, p. 5.
25 Ib., P. 22.
26 Ver U. Santino e G. La Fiura, Dietro la droga, Edizioni Gruppo Abele, Torino, 1993. Tradução em francês: Derrière la drogue, Gruppo Abele 1993; em espanhol: Detrás de la droga, Homo Sapiens Ediciones, Rosario, 1993. A tradução em inglês está disponível.
27 Ver CPA, Relazione conclusiva, Roma, 1994, pp. 330 ss.
28 Ibidem, p. 310.
29 Resumir as considerações do meu ensaio, La mafia sicilienne et le nouveau marchés des drogues en Europe, em A. Labrousse et A. Wallon (editores), La planète des drogues, Éditions du Seul, Paris, 1993, pp. 123- 143.
30 Ver: JF Couvrat e N. Pless, La face cachée de l'économie mondiale, Hatier, Paris, 1988; RT Naylor, Hot Money, Simon e Schuster, Nova York, 1989.
31 Utilizei a tradução italiana do relatório. Ver: Banca Mondiale, Le prospettive dell'economia mondiale ei paesi in via di sviluppo / 1993, em "Politica Internazionale", n. 3, julho - setembro de 1993.
32 Ver D. De Kochko e A. Datskevitch, L'empire de la drogue. La Russie et ses marchs, Hachette, Paris, 1994, para mais informações sobre o desenvolvimento do tráfico de drogas e sobre grupos mafiosos na Rússia após a queda do regime socialista.
Referências
Banca Mondiale, Le prospettive dell'economia mondiale ei paesi in via di sviluppo / 1993, em "Politica Internazionale", n. 3, julho - setembro de 1993.
Chinnici, Giorgio - Santino, Umberto - La Fiura, Giovanni - Adragna, Ugo, Gabbie vuote. Processo por omicidio a Palermo dal 1983 al Maxiprocesso. F. Angeli, Milano, 1992.
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De Kochko, Dimitri - Datskevitch, Alexandre, L'empire de la drogue. La Russie et ses marchs, Hachette, Paris, 1994
DiFonzo, Luigi, banqueiro de São Pedro: Michele Sindona, Franklin Watts, Nova York, 1983.
Fiume, Giovanna, Le bande armate na Sicília (1819-1849), Annali della Facoltà di Lettere e Filosofia dell'Università di Palermo, Palermo, 1984.
Henman, Anthony - Lewis, Roger - Malyon, Tim, Big Deal. A política do negócio da droga illecit, Pluto Press, Londres e Sydney, 1985.
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Naylor, Robin T., Hot Money, Simon e Schuster, Nova York, 1989.
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Santino, Umberto (editor), Un amico a Strasburgo. Documenti della Commissione Antimafia su Salvo Lima, Centro siciliano de documentação "Giuseppe Impastato", Palermo, 1984.
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La Borghesia mafiosa, Centro siciliano de documentação "Giuseppe Impastato", Palermo, 1994.
Schaerf, Carlo et al. (editores), Venti anni di violenza politica em Italia, Isodarco, Roma, 1992.
Tosches, Nick, Power on Earth, Arbor House, Nova York, 1986.

Weber, Max, Economia e società, vol. I, Edizioni di Comunità, Milano, 1981. 

Recurso: Centro Siciliano di Documentazione 


Leitura adicional: 

Las Vegas, Mob, Tropicana, Sinais de Freemason, Freemasons, Maçonaria 

Condução da Strip de Las Vegas, Early AM - VIDEO 

Arquivo da conspiração: Operação Hiram - Maçonaria italiana e máfia



Fonte:http://freemasonrywatch.org/mafia.html

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