A DINÂMICA DA REENCARNAÇÃO NO ESPIRITISMO E NO BUDISMO E SUAS IMPORTANTES DIFERENÇAS

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Reencarnação 

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Reencarnação é o processo pelo qual o espírito, estruturando um corpo físico, retorna, periodicamente, ao polissistema material. Esse processo tem como objetivo, ao propiciar vivência de conhecimentos, auxiliar o espírito reencarnante a evoluir.
O reencarne obedece a um princípio de identidade de freqüências, ou seja, o espírito reencarna em um determinado continente, em um determinado país, em uma determinada região desse país, em uma determinada localidade dessa região, com determinadas características culturais (idioma, usos, costumes, valores, tradições, história etc.), bem como em uma determinada família, de acordo com a sintonia que a freqüência do seu pensamento consiga estabelecer em relação a cada um desses elementos.
O espírito realiza a reencarnação conscientemente, inclusive traçando o seu próprio plano geral para a existência material que está se iniciando. O espírito reencarnante, de acordo com suas limitações, será mais ou menos auxiliado por espíritos com mais conhecimento e com os quais tenha afinidade. No entanto, se não estiver suficientemente equilibrado ou consciente, será orientado no planejamento de sua passagem pelo polissistema material.
Todavia, reencarnado o espírito, inicia-se o processo de existência corporal no polissistema material. É um processo aberto, pois a trajetória pessoal do encarnado segue o exercício do seu livre-arbítrio. Portanto, não há que se falar em destino, em caminhos previamente traçados.
O espírito encarnado, fundamentando-se em seu existente (a bagagem de conhecimentos e experiências adquiridos ao longo de toda a sua história, seja encarnado, seja desencarnado), passa a exercitar sua capacidade, a constatar e desenvolver suas potencialidades, enfim, passa a construir seu momento presente e seu momento futuro. Vai enfrentando contradições, dificuldades, obstáculos, facilidades, administrando encontros e desencontros, permanecendo no seu plano geral ou se desviando em função de algumas variáveis do processo, mas sempre de acordo com sua vontade.
No exercício do livre-arbítrio, o espírito encarnado vai construindo seu equilíbrio ou seu desequilíbrio, de acordo com a maneira pela qual enfrenta as situações e a vida. Vai, por assim dizer, determinando-se, segundo a natureza de seus pensamentos e atos. Por menos que faça, ou por mais que se desequilibre, o espírito sempre alcança progressos em um ou outro aspecto do seu ser.
A evolução não está necessariamente vinculada ao tempo de vida material, mas à intensidade com que ela é vivida. A quantidade de experiências e o aproveitamento que é feito delas é fundamental para o crescimento do espírito, não importando se as experiências estão sendo vivenciadas no polissistema material ou espiritual.
É de se ressaltar que, entre uma encarnação e outra, o espírito continua trabalhando, continua aprendendo, continua evoluindo, de modo que ele não reencarna no mesmo estágio em que desencarnou.
A Doutrina Espírita trabalha, atualmente, com a hipótese de que o processo reencarnatório envolve os conceitos de missão, provação, expiação e carma.
Vale ressaltar que no entendimento atual da Doutrina, os processos reeencarnatórios apresentam facetas desses quatro conceitos, mas que algumas reencarnações podem apresentar o predomínio de algumas dessas características. Eles não são conseqüência de uma interferência ou controle externo ao espírito reencarnante, descartando-se portanto qualquer idéia de castigo, punição ou recompensa. Eles são decorrentes da lei de causa e efeito e das condições de equilíbrio e harmonia do espírito.
Missão é a situação na qual o espírito reencarnante aplica conhecimentos internalizados a favor de uma pessoa ou do grupo de sua convivência.
Provação é a situação na qual o conhecimento em processo de acomodação e internalização deve ser vivenciado; é a situação na qual o espírito é desafiado ao limite de seu conhecimento.
Expiação não se refere à aplicação de conhecimento, mas, sim, a uma conseqüência de um conhecimento aplicado, que provocou conseqüências difíceis, desagradáveis, muitas vezes dolorosas, que o seu responsável deverá enfrentar.
Carma ainda é um conceito útil dentro da concepção da Doutrina, desde que se esteja atento para o seu significado, diverso do de outras Doutrinas. Para o Espiritismo, carma caracteriza a situação na qual o espírito está enfrentando as conseqüências de atos seus que lhe provocaram um desequilíbrio muito intenso, tanto em qualidade como em quantidade, e que, pela sua intensidade, o espírito poderá levar toda uma encarnação, ou mais de uma, para recuperar seu equilíbrio.
A pessoa em desequilíbrio estará sempre em recuperação tanto pela sua reação própria como pela ajuda de outras pessoas ( curar, aliviar, consolar; conhecimento técnico, moral e afetivo). O que varia é apenas o tempo necessário para que o equilíbrio seja novamente retomado. É importante frisar que as dificuldades que o espírito encarnado encontra em seu cotidiano muitas vezes não são explicadas pela reencarnação. Reencarnação não explica tudo. Há muitas situações de desequilíbrio causadas em sua encarnação atual.
Em resumo, rencarnação não serve para explicar tragédias e desgraças; não serve para esconder a ignorância, não serve como desculpa ao imobilismo; não serve como consolo para aquelas situações que deveriam ser modificadas e não o são; não serve para destacar o passado e paralisar o presente. Reencarnação é oportunidade de aprendizado, é oportunidade de se aplicar o que se sabe e superar as limitações através de vivências sucessivas no polissistema material. Reencarnação é afirmação da unidade e da continuidade da vida.
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Fonte:http://www.sbee.org.br/reencarnacao/doutrina-dos-espiritos/principios/reencarnacao
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Reencarnação: a opinião dos Espíritos
Os espíritos esclarecidos, ao se manifestarem sobre a reencarnação, nos respondem algumas perguntas:
1. Quem reencarna ?
Toda a alma que não alcançou a plenitude do conhecimento e do amor necessita reencarnar.
2. Qual o número de vezes que já reencarnamos?
Todos nós já contamos inúmeras existências e deveremos ter um número incontável pela frente.
3. Qual a finalidade básica da reencarnação?
A evolução. O conhecimento e o amor plenos.
Em resumo, a felicidade.
4. É possível diminuir-se o número das reencarnações?
Depende do esforço próprio, do progresso e evolução alcançados.
5. Qual o fundamento filosófico básico da reencarnação?
Justiça divina e amor, dando oportunidades a todas as criaturas.
6. Há reencarnação apenas na Terra?
Há inúmeros astros habitados no universo onde se pode reencarnar.
7. Quando se reencarna em outro astro?
a) Espíritos que superam o conhecimento em um planeta podem reencarnar em outro astro mais de acordo com o seu nível. É lhes dada esta opção.
b) Espíritos superiores podem também reencarnar em astros mais atrasados em missões de auxílio.
c) Espíritos que não acompanham a evolução geral de um planeta podem reencarnar em astros mais atrasados que se adequem à sua situação evolutiva.
8. Em termos de reencarnação, qual a posição da Terra no palco do Universo?
A Terra é um planeta relativamente atrasado onde reencarnam espíritos que ainda não superaram suas limitações em todos os sentidos.
9. Resumidamente, quais os tipos de reencarnações existentes aqui na Terra?
Podemos classificá-las em:
a - reencarnações de provas (verificação de aprendizado anterior),
b - reencarnação de expiação (ressarcimento de dívidas anteriores)
c - e reencarnação de missões (auxílio a terceiros).
10. Qual o intervalo entre as reencarnações?
Depende da situação específica de cada espírito, do seu merecimento ou evolução e da necessidade dos seus vínculos espirituais e materiais. Há quem reencarne meses após a morte física, outros só séculos depois.
11. Todos os espíritos desejam reencarnar?
Alguns não têm condições de escolha e são conduzidos ao retorno sob a orientação dos mentores espirituais.
12. Há um programa básico de reencarnação?
Sim, as linhas gerais da vida são relativamente determinadas, para a melhor lição educativa ao espírito.
13. Os espíritos podem participar da programação básica da sua reencarnação?
Sim, se têm nível de elevação espiritual.
14. O que ocorre quando um espírito reluta ou impede pelo livre arbítrio sua reencarnação?
Pela ignorância, se prejudica. Retarda seu crescimento, que no entanto cedo ou tarde se fará.
15. Quando é o momento inicial da reencarnação?
Desde o momento da fecundação o espírito já está ligado ao germem, molécula a molécula, pelo seu corpo espiritual.
16. Qual o papel do corpo espiritual na reencarnação?
Serve como um computador, que armazenou os registros passados e transmite ao novo corpo físico, dando um molde energético que servirá de orientador do material genético disponível, formando o corpo adequado às necessidades cármicas evolutivas.
17. Como o espírito reencarnado se expressa pelo corpo fisico?
Pelos órgãos. Conforme ocorre o desenvolvimento dos órgãos, vão se abrindo os canais de expressão para o espírito. Órgãos, ou sistema nervoso deficientes são limitações de expressão necessárias como provas ou expiações do espírito.
18. Os conhecimentos adquiridos em reencarnações se perdem, então?
Não. Permanecem arquivados no espírito. Apenas temporariamente precisam ficar adormecidos (no inconsciente) para a grande lição da vida.
19. Sempre é útil o esquecimento do passado para a nossa atual encarnação?
Inconscientemente sabemos do nosso passado. Há situações, que as lembranças pretéritas podem ser trazidas à tona do consciente com finalidade terapêutica (Terapia das Vidas Passadas). No entanto, o esquecimento das reencarnações anteriores se faz necessário em muitas circustâncias para o equilíbrio psíquico. Por exemplo: para que seja possível numa mesma família conviverem sob o mesmo teto inimigos do passado, só através da anestesia das lembranças perturbadoras se viabiliza esta convivência.
20. Segundo os conhecimentos espirituais e considerando a reencarnação, qual o conceito que se daria de família?
A reencarnação amplia o conceito da famíla e torna-o mais verdadeiro. A verdadeira família é aquela considerada a famíla espiritual constituída de espíritos afins que se compreendem e se auxiliam. No entanto, isto não nos exime da responsabilidade que assumimos junto daqueles que, quando encarnam, convivem sob o mesmo teto e conosco possuem laços consanguíneos.
21. Os espíritos reencarnam sempre com o mesmo sexo?
O espírito como essência não tem sexo. Conforme a necessidade de sua missão, prova ou expiação, pode reencarnar como homem ou mulher, sem que isto determine qualquer alteração na manifestação da sexualidade. Quando existe desequilíbrio (homossexualismo, etc.), ocorre por múltiplas causas, mas não pela simples reencarnação em sexo diferente do anterior.
22. O espírito reencarna com uma determinada vocação?
As percepções e conhecimentos adquiridos e vivenciados anteriormente nos dão tendências inatas que podem ser chamadas de vocação.
23. O espírito reencarnado está indelevelmente fixo ao corpo?
Não. Durante o sono ou outras situações como exercícios de meditação, treinamento etc .. pode projetar-se ou desdobrar-se para fora do corpo, permanecendo ligado à distância por um cordão energético. Nestas circustâncias pode contactar no plano extra físico, com outros espíritos encarnados projetados (desdobrados) ou com espíritos desencarnados e deles receber orientações ou influências outra, conforme a sua frequência vibratória.
24. Qual o espírito encarnado na Terra que foi o mais evoluído?
Jesus Cristo.
Evidentemente cada ítem deste daria uma obra, e a literatura espírita está aí para quem deseja pesquisar e aprofundar-se nas questões citadas.
Dr.Ricardo Di Bernardi

Fonte:http://acasadoespiritismo.com.br/
Reencarnacao/

Reencarnação

Reencarnação
A Controvérsia da Reencarnação
Por Satyaraja Dasa
Introdução
“Que podemos saber da morte, nós que não podemos entender a vida?” - 
Portões da Prece
O que é a vida? Quando nasce uma criança, podemos ouvi-la e sentir seu calor, sintomas da vida. Às vezes o recém-nascido está acordado; às vezes não. A criança crescerá, depois morrerá. Para onde foi sua força vital? Que significou sua curta permanência aqui? Todos os seres vivos nascem e depois morrem. A maioria de nós não sabe mais do que isso. Porque muitas respostas para as questões da vida estão envoltas em mistério religioso e filosófico, poucas pessoas tomam tempo para considerá-las a fundo. Nascemos em ignorância, criados por pais que, com raras exceções, também estão confusos sobre a natureza da vida., e a maioria deixa esta vida da mesma maneira: em ignorância. Existe alguma escolha? Através dos séculos, um número surpreendente de pensadores inteligentes e não fanáticos acreditaram que há. 
“Tenho confiança”, disse Sócrates, “que realmente existe uma coisa como viver de novo, que os vivos surgem dos mortos e que as almas dos mortos estão em existência.” Ralph Waldo Emerson concordava: “A alma vem de fora para o corpo humano, como para uma morada temporária e torna a sair dela... passa para outras habitações, pois a alma é imortal.” Passando para o início do século XX, o industrial Henry Ford disse: “Adotei a teoria da reencarnação quando tinha vinte e seis anos”. Essa surpreendente declaração, coloca-o num grupo seleto de americanos dos séculos XVIII, XIX e XX — Thomas Edson, Benjamin Franklin, Tom Paine, Henry David Thoreau e Walt Whitman entre outros — que acreditavam que a alma, a energia que anima o corpo, passa para um novo corpo quando o atual morre.
A Lógica da Reencarnação

Aqueles que crêem na reencarnação têm em comum um sentido de direção, justiça e lógica a respeito de voltar a viver. Sem ela, nosso universo seria cruel, aleatório e ilógico, no qual uma criança nasce rica, outra pobre, uma com saúde e a outra com uma doença terminal. Quer creiamos ou não em Deus, a reencarnação permite que vejamos a condição humana a partir de uma perspectiva mais ampla.
Em suas várias tradições históricas, a reencarnação sugere coerentemente que esta vida é só um quadro num filme de vidas e o corpo que temos agora não é o primeiro, apenas o mais recente. Os que propõem a reencarnação dizem que “o tipo e modelo” de nosso veículo corporal são o resultado de atividades que realizamos na estrada de nossas vidas anteriores e as atividades executadas nesta vida contribuem para a espécie de veículo que habitaremos em nosso próximo nascimento. O princípio de que a ação atual influencia as vidas futuras chama-se karma, em sânscrito, e é esse princípio que molda a lógica da reencarnação: para cada ação, reza a lei do karma, há uma reação, muito semelhante à Terceira Lei do Movimento de Newton. Pode-se ver a reencarnação como a colheita dos frutos da ação: agindo bem, ganha-se um corpo bom; agindo mal, ganha-se um corpo ruim. A natureza material, respondendo a nossos desejos e ações nesta vida, prepara nosso próximo corpo. Se temos bom crédito, podemos passar para um modelo melhor, com todas as características mais sofisticadas. Nosso veículo corporal refletirá nosso saldo bancário kármico. O equivalente bíblico seria: “Assim como semeardes, assim colhereis”. Em A República, Platão parafraseou o mesmo princípio: “Deus não tem culpa: o homem escolheu o próprio destino e fê-lo por suas ações”.
Numa primeira avaliação, há algo de frio e mecânico em tal lógica. Parece muito impessoal, muito arranjada para ser uma explicação válida de como as coisas funcionam. Contudo, estudos mais profundos sobre as várias tradições religiosas do mundo revelam sua beleza e simetria. A reencarnação não acontece como um evento isolado. Ela se liga de forma inseparável com o karma e outras leis universais para formar uma visão tranquilizadora do universo como uma universidade da vida que oferece ensino e formatura final — muito diferente da visão popular, mas deprimente do universo como um deserto caótico. Esta última visão nos deixa impotentes enquanto a primeira nos possibilita arquitetar nosso futuro.
Por que uma alma está enjaulada no corpo de um animal, enquanto outra goza as vantagens da vida humana? A lógica da reencarnação ordena que, se nos comportarmos como animais nesta vida, poderemos ter um corpo de animal da próxima vez. Alguém poderá dizer: “Quem há de querer ser um animal?” Mas nossas atividades traem nossos verdadeiros desejos, e certas atividades — apetites incontidos de várias espécies — podem ser satisfeitos melhor nas espécies animais mais robustas. Cada corpo é equipado com um determinado ponto forte sensorial. O corpo humano não é tão rápido como o da gazela, não tem tanta capacidade reprodutora como o do coelho, nem digere tão bem como o do tigre. A reencarnação sugere que obtemos o que realmente desejamos, o que mostramos querer através de nossas ações. E às vezes o corpo humano simplesmente não nos dará o conjunto de sentidos de que precisamos para satisfazer nossos desejos.
Poderíamos duvidar se uma “alma humana” algum dia habitaria um corpo animal. Será que os animais têm mesmo uma alma? Qualquer um que tenha olhado nos olhos de um animal de estimação — um cachorro ou um gato — tem a resposta a essa pergunta. Uma pessoa sensível poderá olhar dentro dos olhos de qualquer criatura viva e perceber o vínculo genético que une tudo o que vive. Seja o que for aquilo que anima o ser humano está claramente presente nos corpos de todas as criaturas que respiram. Isto foi declarado eloqüentemente pelo biólogo Edward Sykes: “Pode-se argumentar que os animais não podem buscar a divindade, mas isso é muito diferente de dizer que eles não têm alma... É por esta razão que a maioria das tradições místicas aceitam a doutrina da transmigração, proclamando que a força vital dos humanos pode um dia aparecer em espécies inferiores e vice-versa... (1)
Como veremos, as religiões do mundo abraçaram historicamente a reencarnação, porque ela explica que um comportamento ético, moral leva ao renascimento em forma humana. — a única espécie dotada de inteligência para procurar Deus. Além disso, a reencarnação corresponde exatamente à lógica da compaixão de Deus, já que ela fornece oportunidades repetidas para que as almas condicionadas (corporificadas) se corrijam. As referências das escrituras indicam uma visão partilhada pelos adeptos das grandes religiões do mundo: Deus é visto como o Facilitador, um benigno e beneficente Ser Supremo que envia sugestões úteis através de santos e de escrituras. Com a ajuda delas, o que busca iluminação pode escapar completamente do ciclo de renascimentos.
Definição
O que queremos exatamente dizer com reencarnação? Esta pergunta tem duas partes: primeira, uma definição dos termos, porque as palavras associadas com a reencarnação contam muito sobre o próprio fenômeno. A segunda parte é mais fundamental: o que é que reencarna de um corpo para outro? É a alma? A mente? A inteligência? Qual parte de nós é a mais essencial, a parte que continuamos sendo mesmo depois da morte?
A palavra reencarnação compõe-se de cinco elementos latinos: re-= “de novo”; en-= “para dentro”; carn-= “carne”; ação-= “causar ou tornar-se”. Reencarnação então significa literalmente “o processo de voltar à carne”.(2) Está implícita a idéia de que temos alguma coisa que é separada da carne, ou corpo, que volta depois da morte.
A palavra transmigração, que muitas vezes é usada alternadamente com reencarnação, também vem do latim: trans-= “através”; migr-= “ir ou mudar-se”; e -ação= “processo de causar ou de tornar-se”. (3) Transmigração é “o processo de se mudar de um para outro”. É usada com a mesma freqüência de “reencarnação” para significar a passagem da alma de um corpo para outro. Outras palavras usadas dessa maneira são renascimento e até mesmo preexistência, que tem um sentido levemente diferente (indicando nascimentos anteriores).
Não se deve confundir reencarnação com ressurreição, que tem definição muito diferente. Enquanto reencarnação se refere à força vital (alma) que passa para fora do corpo, ressurreição se refere à crença religiosa de que um dia seremos transladados de novo no mesmo corpo, com a mesma identidade e conexões familiares que tivemos durante nosso tempo na Terra. A maior parte das religiões ocidentais incorpora algum tipo de ressurreição em suas crenças. A reencarnação também faz parte da maioria das tradições religiosas ocidentais, embora relegada em grande parte aos ramos místicos ou esotéricos dessas tradições. No Oriente, tanto as religiões convencionais como as seitas místicas aderem à doutrina da reencarnação, embora poucas dêem crédito à idéia de ressurreição. A opinião predominante no Oriente é que depois da morte o corpo material se decompõe, e seus elementos são reabsorvidos pela terra. É a alma não material que continua.
O que é que reencarna? 
A maioria das pessoas se identifica com seus corpos grosseiro e sutil — a forma física e a mente/inteligência que a acompanha. Quando se pergunta a alguém quem ele é, a resposta mais comum é um nome, uma profissão, uma descrição de sua religião (isto é, de sua fé adquirida) ou de sua filiação política. Às vezes, ele se identifica com as relações familiares, sua herança ou suas “raízes”. Outros têm uma identificação mais psicológica e se consideram sensíveis, racionais e honestos.
A maior parte dos leitores seria capaz de se identificar com os traços de personalidade sugeridos acima ou com suas infinitas variações. E, à primeira vista, parece apropriado a pessoa se definir com tais palavras e conceitos, ao menos em sentido prático, cotidiano. Mas, deixamos de existir se mudamos de nome? Ou se perdemos o emprego? Ou se nos convertemos a outra religião? Se nosso sentido de moral e ética ficar comprometido? De fato, se todos os traços acima desaparecerem, nós nos transformaremos numa não- entidade? A pergunta continua: Quem somos além dessas mutáveis designações materiais?
Platão descreveu a existência neste mundo como metasy, um “estado intermediário”. Para ele, os seres vivos eram uma combinação de matéria e espírito, uma centelha do eterno presa na teia da temporalidade, uma pitada de conhecimento submersa num oceano de ignorância, uma entidade bem-aventurada, capturada num mundo de dor e loucura. A maioria das formas de pensamento oriental concorda com essa opinião. Segundo a antiga literatura védica da Índia, por exemplo, os seres vivos são essencialmente criaturas espirituais que nasceram no mundo da matéria devido a uma série de desejos complexos, mas sutis. Tais almas encarnadas chamam-se em sânscrito tatashta-shakti. A raiz tathasignifica a linha hipotética que separa a terra do mar. Algumas vezes a água cobre a terra, outras, ela se afasta. A verdadeira natureza dos seres vivos neste mundo, às vezes, está encoberta pelo esquecimento, outras, ela se revela.
Pode alguém provar que somos essencialmente espirituais, que somos uma alma eterna que mora provisoriamente num corpo material? Algumas pessoas acham que a resposta pode estar na maneira como os cientistas lidam com as partículas subatômicas: sua existência é aceita devido aos efeitos que produzem a seu redor. Em outras palavras, embora as partículas subatômicas de fato não sejam vistas, sabe-se que elas existem devido ao efeito que produzem. De igual maneira, pode-se conhecer a existência da alma por uma análise detalhada dos elementos materiais. No Oriente, essa análise se chama filosofia Sankhya, e é uma ciência antiga, mas muito precisa. Outros acham que os métodos empíricos de percepção direta são ferramentas insuficientes para observar fenômenos sutis e devem ser suplementados por instrumentos mais intuitivos.
A prova por inferência não é exclusiva da ciência teológica; é uma ferramenta básica das ciências físicas e faz parte de nossas próprias vidas diárias. Nunca vimos o coração de nossos entes queridos, mas não duvidamos que eles existam. Jamais vimos nossos antepassados, mas nossa existência é prova suficiente de que eles também algum dia existiram. Talvez seja a importante significação de haver uma alma invisível animando nosso próprio corpo que torna sua existência tão mais difícil de aceitar do que a do próton. Que descobrimento mais chocante poderíamos fazer do que descobrir nossa própria imortalidade?
Em última análise, sejam quais forem nossas crenças, alguma coisa separa os seres vivos da matéria inorgânica. Algo está presente na vida que está ausente na morte. Os componentes físicos e químicos do corpo permanecem no lugar quando ele morre: o coração, o cérebro, a estrutura do esqueleto e cada elemento químico presente no corpo durante a vida; mas algo mais, algo não-físico, ficou perdido. Como quer que se escolha chamá-lo, essa força vital não-física distingue um corpo vivo de uma concha química inerte.
O que sabemos sobre esse elemento único que permeia o corpo? Sabemos que a ciência clássica rejeitou-o junto com o dogma religioso — ao menos enquanto se referiam a ele como “a alma” — e sabemos que ele foi aceito pelos religiosos em toda a historia, com poucas exceções. Com o interesse de encontrar um termo aceitável tanto pela ciência clássica como pela religião, falaremos de “consciência”, porque a ciência estuda a consciência como pelo menos uma força potencialmente não-material dentro do corpo, e as pessoas religiosas, muitas vezes, aceitam a consciência como sinônimo ou, pelo menos, como sintoma da alma.
O Sintoma da Alma
A consciência é a parte mais fundamental da experiência humana; nada é mais íntimo nem mais imediato. Toda impressão sensorial — tal como ver as palavras nesta página — significa alguma coisa para nós porque somos conscientes. Uma cadeira não registra impressões sensoriais; ela não é consciente; ela não tem alma. Mas eu sim, eu existo, tenho uma alma. Será que tenho alma ou tenho corpo? Quem sou eu — a alma ou o corpo?
Os antigos textos das escrituras, especialmente aqueles da Índia, simplificam questões ontológicas fundamentais. Por exemplo, em certas escolas clássicas que remontam à tradição do Vedanta, existe um exercício elementar que é mais ou menos assim: Posso ter consciência de meu corpo? Posso ter consciência da mão? Das pernas? Do rosto? Do coração? Da mente? Sim, posso estar consciente de qualquer parte de meu corpo, seus prazeres, suas dores.
Agora, pode o corpo ter consciência de si mesmo? A resposta imediata é não. Meu corpo não pode estar consciente de si mesmo; antes, eu tenho consciência de meu corpo. Essa simples reflexão sobre a natureza da consciência deixa claro que existe uma separação entre o corpo e o eu, o ser vivo interior que tem consciência do corpo.
Para ampliar essa idéia, admitamos que não sabemos se o corpo é realmente consciente de si mesmo. Não sabemos porque não somos o corpo. Em verdade, não posso dizer se meu dedo, peito ou cérebro estão conscientes de si mesmos. Nem eles me dizem algo de suas (prováveis) percepções porque nenhum deles é um ser, uma personalidade. Eles são, ao menos empiricamente, inconscientes. Portanto, concluem os textos do Vedanta, consciência é personalidade e personalidade é consciência.
Os videntes védicos extraíram várias implicações dessas conclusões, e estas, por sua vez, levam a outros exercícios simples de compreensão. Meu dedo não é uma pessoa. Nem minha perna, nariz, orelha, cérebro, ou todo o meu corpo. Esses acessórios do eu não me podem dizer quem sou eu ou quem são eles, nem individual nem coletivamente, porque nenhum deles é um eu, uma personalidade. Nenhum deles possui experiência de si. Sou eu que experimento as coisas, através deles e neles. Conclui-se, portanto, que eles são diferentes da pessoa no corpo que experimenta — porque esta sou eu, o possuidor da consciência. Os mestres modernos do Vedanta, muitas vezes, assinalam que a distinção entre o corpo e o eu está refletida em nossa linguagem, pois o pronome possessivo sugere que eu sou diferente de meu corpo. A diferença entre o corpo e o eu é percebida na vivência cotidiana.
Para onde vai a energia que existe dentro do corpo na hora da morte? Segundo a concepção da Primeira Lei da Termodinâmica, ou a Lei da Conservação da Energia, basicamente a energia não pode ser criada ou destruída. Se ela existe, ela continua a existir. De igual forma, se a “alma” existe mesmo, como vimos que existe, então ela deve continuar existindo. Como disseram os sábios da Índia: “Para o existente não há cessação, e para o não-existente — como um sonho ou uma ilusão — não há permanência”.
A natureza fornece muitas insinuações que sugerem uma resposta sensata. Consideremos, por exemplo, as mudanças que sofremos em nosso corpo durante esta vida, da infância, para a juventude, para a velhice — mudanças que ocorrem enquanto a pessoa permanece num mesmo corpo. Fisiologicamente, as células de nosso corpo deterioram-se constantemente e morrem, de modo que, depois de cerca de sete anos, a estrutura celular do corpo foi substituída por completo. Em O Cérebro Humano, o Professor John Pfeiffer assinala que “seu corpo não contém nenhuma das moléculas que continha há sete anos”. Ele compara o corpo vivo a um turbilhão. A forma essencial parece ser a mesma, mas todos os ingredientes precipitam-se num ritmo vertiginoso.
Numa vida de setenta anos, uma pessoa fisiologicamente “morre” e “renasce” dez vezes, e, embora as “mortes” intermediárias não envolvam reencarnação como tal, elas nos permitem a notável experiência de olhar para trás, nesta vida, para vidas anteriores: como bebês, crianças, jovens, adultos. É obvio que, estritamente falando, elas não são vidas passadas: os indícios existentes sugerem que a reencarnação só raramente nos permite levar a lembrança de nossa vida anterior para nossa nova vida. Elas estão, mesmo assim, além de eus físicos que não existem mais. Corpos diferentes, a mesma pessoa — um simples exercício de ver a diferença entre o eu físico e o eu espiritual, em ver quem parecemos ser e quem realmente somos. (4)
E quanto à nossa perda de memória de uma vida para outra: um conjunto crescente de evidências científicas sugere existir forte razão para esse esquecimento. Parece que grandes quantidades de oxitocina, um dos hormônios da glândula pituitária posterior (que aumenta as contrações do útero durante o parto e impede hemorragia subseqüente), produz perda de memória em animais de laboratório e faz que mesmo animais bem treinados percam sua capacidade de realizar tarefas que, em outras circunstâncias, são fáceis. Como a oxitocina da mãe banha o sistema da criança durante as últimas fases da gravidez, não é absurdo supor que essa droga natural leve embora as memórias das encarnações anteriores junto com a lembrança consciente do nascimento. (5) Não que o apagamento do quadro da memória não aconteça na vida fora do ventre. A incapacidade que adultos inteligentes têm de lembrar seus primeiros anos e a freqüente perda de memória entre os idosos é, talvez, a maneira como a natureza ensina a relativa insignificância da memória consciente. Além disso, é sem dúvida um ato de misericórdia infundir o esquecimento em uma alma que está nascendo de novo: imaginem a dificuldade de tentar viver uma vida enquanto perturbado pelas lembranças da vida anterior. A pessoa mal conseguiria desenvolver relações com sua nova família e amigos e aprender as lições necessárias, se fosse forçada a lembrar suas encarnações anteriores. Os amores e as perdas anteriores poderiam fazer que as novas aventuras na vida parecessem fúteis.
A Reencarnação e a Cultura Ocidental
Embora as idéias sobre a reencarnação em geral estejam associadas a grandes pensadores do Oriente, esse conceito tem também uma longa e honrosa história na cultura ocidental.
As idéias reencarnacionistas no Ocidente podem ser encontradas no século VI antes de Cristo, mais ou menos na época de Orfeu e, pouco mais tarde de Pitágoras. Sócrates, que conhecemos através dos escritos de seu discípulo, Platão, (século III A C.), explicou o sentido da palavra “alma” fazendo referência aos poetas órficos, que viam o corpo como uma prisão para a alma que cumpria sua pena presa no mundo da matéria. O Orfismo se desenvolveu numa religião oculta e ficou bem conhecido por causa de sua relação com o deus popular Dioniso, outro nome comumente associado ao pensamento reencarnacionista.
Pitágoras também se liga intimamente à antiga doutrina da reencarnação. As Metamorfoses de Ovídio contêm um discurso em que Pitágoras dá pleno apoio à idéia da transmigração. Segundo Diógenes Laércio, do século I da era cristã, um dos mais importantes biógrafos de Pitágoras, este foi o primeiro a dizer que “a alma, presa ora nesta criatura, ora naquela, assim percorre uma ronda ordenada pela necessidade”.
Uma das mais conhecidas referências à crença de Pitágoras na reencarnação, encontra-se numa afirmação de Xenófanes: “E uma vez, dizem, passando quando batiam num cachorrinho, teve piedade dele, e falou o seguinte: ‘Pare! Pare de bater, porque ele é a alma de um homem que foi meu amigo. Eu reconheci quando o ouvi chorar alto’”. (6)
Diógenes também registra que Pitágoras alegava ser capaz de lembrar suas vidas passadas. Iâmblico, biógrafo do século IV da era cristã, acrescenta que Pitágoras fazia grandes esforços para ajudar também outras pessoas a descobrirem detalhes de suas vidas anteriores. (7)
Dois outros filósofos gregos antigos, embora não tão populares, também são relacionados com a reencarnação: Píndaro e Empédocles. Píndaro é famoso como um dos maiores poetas líricos gregos e, na primeira metade do século V A C., seus poemas eram uma fonte popular de material sobre a reencarnação. Gordon Kirkwood escreve que Píndaro foi o primeiro dos poetas gregos a falar sobre recompensa depois da morte para a justiça e a excelência moral. (8) Empédocles, que viveu mais ou menos na mesma época, enfatizava outro aspecto da transmigração. Ele ensinava que as almas deste mundo tinham sido originalmente deuses em um reino superior que caíram no mundo corporificado devido à realização de alguma ação inapropriada. Eles foram condenados, pensava o filósofo, a um ciclo de trinta mil nascimentos, numa variedade de espécies, inclusive plantas e peixes. No final, diz Empédocles, a pessoa é restaurada à sua condição natural no reino espiritual superior, para não renascer mais. (9).
Quando passamos para época de Platão (um ou dois séculos mais tarde), encontramos a culminação desses pensamentos sobre a reencarnação. O preeminente filósofo grego e seu mestre, Sócrates, eram, pode-se afirmar, os mais importantes defensores da doutrina da reencarnação. “O verdadeiro peso e importância da metempsicose no Ocidente”, diz a Enciclopédia Britânica (11a. Edição), “deve-se a ela ter sido adotada por Platão”. A primeira referência clara à reencarnação nas obras de Platão está noMênon, em que Sócrates articula e aceita a idéia. Mais tarde, no Fédon, a idéia se desenvolve mais completamente, e Sócrates se esforça muito para explicá-la, dizendo que a alma é invisível, não composta, sempre a mesma e eterna; que a alma é imortal e não deixa de existir após a morte. Sócrates diz que a pessoa não aprende coisa nova de fato nesta vida, antes, recorda verdades de vidas anteriores. (10)
O argumento mais famoso no Fédon é o argumento dos opostos, que era bem conhecido na antiga cultura grega. Sócrates argumentava que os opostos estão em toda a parte. Nós os vemos em todos os lugares — maior e menor, melhor e pior, mais forte e mais fraco, justo e injusto e assim por diante. E os opostos surgem um do outro: um homem se torna mais forte tornando-se menos fraco, por exemplo. Esse princípio, argumenta Sócrates, deve aplicar-se à vida e à morte: os mortos vêm dos vivos e os vivos vêm dos mortos. Essa conclusão está conforme a observação cotidiana, ao menos em parte, pois todos já observaram alguma forma de morte, que é o resultado natural da vida. Sócrates conclui que, “tornar-se vivo” é de fato “tornar-se o oposto de morto”. Portanto, a vida vem da morte. A doutrina da reencarnação, diz ele, facilita mais o percurso lógico da alma.
Muitos dos argumentos lógicos a favor da reencarnação encontrados no Fédon ecoam as palavras da antiga escritura indiana, o Bhagavad-gita. De fato, as doutrinas estão tão intimamente relacionadas que é provável que Platão tivesse conhecimento do texto indiano. Vê-se isso de forma ainda mais clara na mais famosa obra de Platão, A República, quando ele conta a história de Er, que foi morto em combate, mas que “retornou” enquanto seu corpo estava deitado numa pira funerária. Er descreve a permanência da alma com detalhes gráficos, deixando claro que Platão aceitava totalmente a doutrina da reencarnação apresentada antes por seu célebre mestre. Essas idéias têm desenvolvimento mais completo no Fedro e no Timeu, onde Sócrates articula uma forte crença na transmigração.
O principal discípulo de Platão, Aristóteles, porém, não partilhava do entusiasmo de seu mestre pela idéia da reencarnação. Nem as escolas posteriores do estoicismo e do epicurismo, que diminuíram a importância dessa doutrina. A era da ciência e do materialismo trouxe consigo uma sensibilidade distintamente “deste mundo” que quase acabou com a antiga idéia da reencarnação. Embora houvesse uma premissa espiritual subjacente tanto ao estoicismo quanto ao epicurismo, e mesmo a muitas das idéias promulgadas por Aristóteles, (cujas primeiras obras, tais como o Eudemo, aceitavam a idéia de preexistência e reencarnação), essas ideologias prepararam o campo para as filosofias mais empíricas que vieram a seguir. A ciência e a tecnologia, com sua ênfase imediatista no aqui e agora, devem muito ao caminho preparado por Aristóteles.
Seria necessário assinalar que Aristóteles, embora fosse um pensador brilhante, tem sido severamente criticado por filósofos através dos séculos por sua teoria da “separação de idéias”, ou “lógica das categorias”, que propõe que tudo se encaixa em harmonia em seu compartimento: religião é religião, ciência é ciência, história é história, etc. O problema, contudo, é que a realidade não funciona dessa maneira. As categorias se sobrepõem. A religião interage com a história, e a ciência com a religião, e assim por diante. A perspectiva de Aristóteles, a esse respeito, foi a precursora da atual desacreditada visão ocidental do mundo, no qual o funcionamento harmônico de várias categorias de existência simplesmente não acontece. Segundo Aristóteles, por exemplo, a ciência era capaz de se desenvolver sem o contrapeso da religião, e a religião sem a ciência, tornando ambas as categorias de existência menos eficientes e menos representativas da realidade como ela existe de fato no mundo de verdade.
Ainda se deve mencionar que, junto com a introdução da ciência e do pensamento aristotélico, veio uma tendência dos religiosos de comprometer suas convicções mais esotéricas a fim de reter algum grau de poder num mundo que se modificava com rapidez. O cristianismo como é praticado pela maioria dos que vão à igreja hoje, por exemplo, não menciona a reencarnação, embora, a noção de transmigração tenha desempenhado um papel central na primitiva teologia cristã. As formas de cristianismo amplamente aceitas hoje foram moldadas em grande parte por Tomás de Aquino, que baseou toda a sua visão de mundo na lógica aristotélica e rejeitou os aspectos mais místicos de sua própria tradição, inclusive a idéia de reencarnação. Os cristãos que têm predileção por essa forma de sua religião podem ter interesse em saber que a visão aristotélico-tomista é contrabalançada pelas tradições platônico-franciscanas que são igualmente cristãs, as mais simpáticas a uma filosofia que inclua a reencarnação. Ambos os pontos de vista cresceram lado a lado, com defensores e opositores ao longo de todo o caminho.
O Império Romano em seus primórdios, pouco depois da época de Jesus, viu um ressurgimento do pensamento reencarnacionista. Plutarco (46-120 d.C.) escreveu com autoridade sobre o conceito de transmigração, como o fez Porfírio no século III. Porfírio citou muitas vezes os mitraístas como sua fonte de informação a respeito da reencarnação e isso também levou os eruditos a acreditar que a idéia era dominante entre as primitivas seitas cristãs. A reencarnação tem um papel poderoso em cada uma das cinco maiores tradições religiosas do mundo — hinduísmo, budismo, judaísmo, cristianismo e islamismo.
Para finalizar, devemos examinar as evidências científicas e filosóficas apresentadas aqui que indicam a possibilidade da reencarnação e tirar conclusões baseadas nas implicações óbvias dessas evidências.

Notas
1 Edward Sykes, Studies in Biology: Humans and Animals (New York: Edington Press, 1987),págs. 25-30.
2 John Algeo, Reincarnation Explored (Wheaton, Ill.:The Theosophical Publishing House, 1987), págs. 133-4.
3 Ibid.
4 Há um argumento de que, neurologicamente, as células do cérebro de fato não são substituídas, mas apenas sofrem ''mudança radical''. Vemos isso como petição de princípio. Quantas mudanças constituem uma substituição? Se uma célula passa por uma mudança -- mudando de célula x para célula n -- a célula n não substitui realmente a célula x? A questão continua a mesma: algo que ''não varia nem muda no meio de coisas que variam e mudam'', como disse Platão, anima o corpo neurobiológico.
5 Para saber mais sobre este assunto, veja Joe Fisher, The Case for Reincarnation (New York: Bantam Books, 1984), pág. 83.
6 Ver Platão, Crátilo 400c.
7 Ver Diogenes Laertius, Lives of Eminent Philosophers, trad., R.D.Hicks, Loeb Classical Library, dois volumes (London: William Heinemann, 1925). Ver 2:333; 8.14.
8 Diogenes Laertius, 8.36.
9 Ver Iamblichus, Life of Pythagoras, trad.Thomas Taylor (London: John M. Watkins, 1818), págs. 30-1.
10 Gordon Kirkwood, ed., Selections from Pindar, American Philological Association Textbook Series, no.7(Chico, California: Scholars Press, 1982), pág. 71.
11 Empedocles, Purifications, 146-7. É também digno de nota que Empédocles considerava matar animais, mesmo que com a importante finalidade de servir de alimento, como um pecado que causava o renascimento na espécie mais baixa.Esta idéia foi depois atribuída a influências órficas e pitagóricas sobre Empédocles. Veja Purificações, 118-27.
12 Fédon, 69d-72a. Ver também 78b-80c e 105c-106e para argumentos completos sobre a eternidade da alma e o renascimento.
Fonte:http://pt.krishna.com/reencarna%C3%A7%C3%A3o
REENCARNAÇÃO COMPULSÓRIA

O assunto, interessante, comporta certo nível de confusão entre os irmãos estudiosos. Por isso, estender-me-ei em alguns detalhes, pelo que peço desculpas pelo preciosismo.
1. Não me sentiria absolutamente confortável se tivesse que aceitar como inquestionável a hipótese da aplicação de encarnação compulsória. Pretendo que o uso dessa palavra por alguns autores, a fim de definir a característica automática da maioria das reencarnações que se processam nas zonas inferiores do Astral (Umbral),  refira-se ao processo natural prevalente entre os Espíritos de baixa evolução que habitam nelas, cujas aptidões e psicologia não os credenciam ao processo mais refinado das reencarnações programadas. Tais entidades reencarnam-se quase instintivamente, muitas vezes sem perceber quando se ligam a um vórtice uterino reencarnatório..
2. Quando um espermatozoide fecunda um óvulo, as energias dos gametas masculino e feminino giram em alta velocidade no sentido binário, determinando a formação de um vórtice aferente, de constituição astro-mental, o qual se projeta no campo magnético astral, podendo ser assenhoreado por alguma entidade que se afinize com os seus elementos geradores. 
3. Seres mais desenvolvidos moral e intelectualmente projetam vórtices de alta frequência, que se estendem até o nível do Astral Superior, enquanto seres de menor potencial anímico projetam vórtices de valores mais baixos, que permanecem ativos nas zonas inferiores e médias do plano Astral.
4. Tais vórtices comportam as informações genéticas do casal gerador e as condições psicogênicas que podem servir aos objetivos do Espírito interessado na reencarnação. Ao se aproximarem desses vórtices, os Espíritos na condição cármica adequada ligam-se automaticamente a eles, em simbiose energética, muitas vezes sem o perceber, e, assim, reencarnam-se sem preparação prévia.
5. Esta é uma condição absolutamente tão normal como a fruta madura que rescende no pé ou um ímã que atrai uma agulha de ferro. É uma lei da Natureza, mas, filosoficamente, não é uma reencarnação compulsória, 
6. No curso da Evolução, a humanidade trabalha no sentido de adquirir a capacidade de programar o processo reencarnatório, mais desejável do que o automatismo acidental que se observa nos planos mais baixos do Astral. Os vórtices mais elevados estão longe do alcance dos Espíritos menos evoluídos, que não conseguem atingir as regiões quânticas superiores. Mesmo se, por um hiato, isto pudesse ocorrer, não haveria sintonia vibratória possível. 
7. A partir da região que chamamos de Astral Superior, encontram-se seres adiantados que, por não terem a consciência perturbada pelo torvelinho de energias mentais inferiores e aspirarem formas de vida mais elevada, gozam de relativo livre-arbítrio, podendo planejar suas encarnações, contando com a assistência de Instrutores. Com esta intenção, dedicam-se a atividades especiais que contribuem para a aquisição de qualidades orientadas para o êxito do programa. Muito desse trabalho preenche quase toda a vida astral das mesmas.
8. No Astral Médio, região onde se encontram a maioria das colônias espirituais descritas nas obras mediúnicas, Espíritos de evolução mediana, que ainda lutam para equilibrar seus carmas, recebem instruções de obreiros experimentados, que os aconselham sobre suas necessidades espirituais mais prementes. Porém, não são forçados a reencarnarem-se.  
Se, todavia, compreendem e aceitam os conselhos são, com a ajuda desses instrutores, ligados a vórtices encarnatórios de energética compatível com o objetivo colimado, levando em conta, principalmente, fatores como o DNA dos pais, o círculo familiar e o local do nascimento.
9. Uma regra básica em todo o processo reencarnatório é a busca por uma encarnação em grupos afins, pois, somente por expiação ou na impossibilidade de reunir os elementos necessários num mesmo conjunto, o Espírito é mergulhado num grupo ou ambiente estranho, onde certamente sentir-se-á deslocado e sofrerá psicologicamente.  
10. Uma encarnação pode se firmar logo no início da fecundação ou até o vigésimo nono dia do desenvolvimento do embrião, quando, então, começa a se formar a placenta materna. Se até essa data, seja por qualquer motivo, o vórtice uterino não receber a carga energética de um cúmulo egóico (a seção mais baixa do corpo astral que se liga ao útero para a formação do duplo etérico), a mãe aborta naturalmente, sendo a gravidez interrompida por uma questão de dissonância magnética.  
11. Quanto aos Espíritos fortemente presos às sensações da vida material, que não encontram atração em objetivos mais elevados, permanecendo por esta razão nas zonas inferiores do mundo astral, não estão em condições de arquitetar qualquer programação reencarnatória, ligando-se naturalmente a vórtices de baixo potencial energético. Diz-se daí que progridem pela força das coisas, isto é, sujeitam-se elementarmente às ações da lei de causa e efeito.
12. Por estarem no âmbito do carma planetário, essas encarnações são acompanhadas globalmente pelos Senhores do Carma como um trabalho preliminar de burilamento energético, até que os seres submetidos a elas manifestem um grau de evolução que os tornem capazes de atrair a atenção de Dirigentes das colônias astrais que circundam o planeta ou de seus prepostos.   
13. Quanto aos seres que se encarnam voluntariamente, estão acima do segundo degrau iniciático da escala evolutiva, um plano relativamente alto em relação ao homem comum, o qual permite plena liberdade de escolha para o que planejam fazer. Apesar de adiantados, estes seres ainda não ultrapassaram a escala evolutiva humana, considerando-se eles mesmos discípulos. E mesmo os Mestres, que chegaram ao último degrau na Senda (o quinto) ainda consideram-se discípulos.
14. Palavras são, muitas vezes, símbolos imperfeitos da linguagem humana. Neste sentido, deve-se compreender que pela Lei não há reencarnação obrigatória, não obstante as reencarnações não deixarem de se realizar.  Assim como não é possível evitar que duas nuvens carregadas de eletricidade estática produzam relâmpagos quando se encontram, também não é possível evitar que um Espírito se reencarne ao ser atraído pelo campo magnético de um vórtice uterino ao permanecer em suas proximidades.  Imagine-se, então, a quantidade de vórtices uterinos criados diariamente no mundo e, estatisticamente, compreender-se-á esta verdade. 
15. Mas, se alguém obrigar um Espírito a reencarnar contra a sua vontade, formará com ele um enlace energético que poderá lhe trazer graves consequências espirituais, como, por exemplo, ser arrastado pelo fracasso da entidade reencarnante.
16. Concluindo: a inevitabilidade das reencarnações observadas em níveis inferiores está diretamente relacionada à quantidade profusa de vórtices nessas esferas e não na indução compulsoria por entidades superiores. Nesta condição, os Espíritos reencarnam-se ligando-se aos campos vibratórios dos vórtices de acordo com o plano geral da evolução, segundo as suas aptidões, desejos, caráter e psicologia.
Rio, 27.04.2014   
<nsbarros3@gmail.com

Fonte:http://www.espiritbook.com.br/profiles/blogs/reencarna-o-compuls-ria-1

FLASHES DE VIDAS PASSADAS, COMO PARTE DO APRENDIZADO CÁRMICO…

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Ressonância vibratória com outras realidades

Lembranças sugestivas de outras encarnações, seguramente, fluem de um arquivo de memória que não o existente no cérebro material, sugerindo a evidência de arquivos perenes situados em campos multidimensionais da complexidade humana, portanto, estruturas que preexistem ao berço e sobrevivem ao túmulo.
O espírito eterno que nos habita, guarda todas as cenas vividas em todas as realidades vivenciadas pelos níveis fragmentados da respectiva essência monádica.  Esses arquivos contêm a vibração de cada chispa de vida que se desprende do Incriado. Quando a chispa de vida se desprende da essência monádica, nela se imprime a síntese de toda a sua trajetória no universo. Para o homem estes registros contêm a sua trajetória nas esferas espirituais do cosmos, e o aprofundamento do contato com elas dá-se quando sua consciência é absorvida na mônada após o seu percurso.
Ressonância vibratória com outras realidades passadas e paralelas, são vislumbres fugazes de fatos vivenciados em outra equação de tempo e que, em certas circunstâncias, na encarnação atual, emergem do psiquismo através de flashes ideoplásticos de situações vividas em outras realidades. Isso ocorre em especial com existências correlacionadas á vida atual. A pessoa encarnada não se recorda de suas vidas passadas e/ou paralelas porque o cérebro físico não viveu aquelas situações e, logicamente, delas não tem registro. Nosso cérebro está apto a tratar de fenômenos que fazem parte da existência atual, e não de outras. Se a ressonância é de caráter positivo, expressando a recordação de um evento agradável, não desperta maiores atenções, confundindo-se com experiências felizes do cotidiano. Porém, no caso de uma ressonância negativa, ocorrem lembranças de certas atitudes infelizes, a exemplo, de suicídios, crimes, desilusões amorosas e prejuízos infligidos aos outros, podem gerar conflitos espirituais duradouros, enfermidades e possível incidência nos mesmos conflitos. São contingências marcantes, responsáveis por profundas cicatrizes psicológicas que permanecem indelevelmente gravadas na memória espiritual.
Uma determinada situação da vida presente, uma pessoa, um olhar, um contato mais aprofundado, uma paisagem, uma casa, um móvel, um detalhe, o nascimento de um filho, pode ser o detonador que traz a sintonia vibratória de outra realidade tendo em vista o propósito do aprendizado carmico em questão. E quando isso ocorre se faz necessário que se trabalhe o padrão kármico envolvido obtendo o aprendizado necessário à questão e trabalhando a cura e resgate destes níveis que ainda se encontram em situações desarmonizadoras o que pode levar algum tempo dependendo do número de vidas relacionadas na questão. Entretanto, você deve estar muito aterrado no mundo 3-D para integrar e compreender a miríade de sinais, símbolos e significados de outras realidades. Primeiro de tudo você deve amar a si mesmo pelo que você é, e isso não é tarefa fácil. Quando a sua consciência se abrir para as qualidades multidimensionais, você vai aprender a reunir o conhecimento de outras realidades e então trazer para a sua realidade tridimensional para melhorar e curar a sua vida.  Quando a situação de outra realidade foi angustiante, a vida passada e/ou paralela sobrepõe-se ao presente. Estados vibracionais como estes podem atrair parasitas espirituais e toda ordem de problemas que estão sendo experienciados pelos nossos “eus” em outras realidades, agravando o quadro no aqui/agora, onde terapias de cura se faz necessário para o reequilíbrio físico, mental, emocional e espiritual sejam alcançados.
Atualmente a Terra está passando por uma transformação tumultuada da consciência da qual não temos nenhuma evidência anterior. No entanto cada um de nós sabe o que estamos prestes a vivenciar. A humanidade está perto de uma compreensão do poder cósmico e querendo saber o que vai fazer com este conhecimento.  Para estarmos preparados para entrar nesta nova frequência é necessário estarmos até certo grau em harmonia com todas as nossas parcelas de almas agregadas a nossa consciência. Por isso estamos trazendo a consciência tudo o que estamos vivendo em nível paralelo. Para entramos na frequência da nova vibração que estará atuando sobre o planeta se faz necessário que estejamos até certo grau leves das cargas acumuladas em nossa consciência tendo em vista que estaremos fluindo com o nosso corpo de luz em uma realidade física tridimensional.
Em outro momento, em especial o que foi evidenciado na Atlântida, a natureza desse poder não foi devidamente compreendido e, consequentemente, foi usado de forma inadequada, o que inevitavelmente levou a autodestruição. Muitos dos que viveram esta experiência estão revivendo aqui novamente agora. Entretanto, os imensos ciclos de vida e estágios de aprendizagem pacientemente continuam a oferecer as mesmas lições. Embora possa parecer que a vida foi destruída, a consciência dura para sempre e só muda de forma.
A humanidade está se aproximando rapidamente de um abismo de consciência. Todos os habitantes da Terra estão em crise e esta crise está enraizada em um medo profundamente enraizado de conhecer a verdade. Para liberar estes laços de medo a que todos estão envolvidos é necessário que cada um esteja disposto a olhar mais profundamente para dentro de si mesmo. O momento agora é de integrar a nossa essência espiritual e passar pela iniciação que vai atuar através da transformação que cada um deverá realizar através da passagem da noite escura da alma encontrando os problemas agregados a sua consciência o que envolve abrir suas conexões com todos os seus níveis consciências a que estão interligados.  O que cada um fizer agora e as suas escolhas irão determinar o curso das suas experiências dentro deste novo contexto. Estamos vivendo em um momento em que o poder pessoal, a amplitude de conhecimento e crescimento pessoal parecem ilimitados.
Compreender o poder da crença enraizada em nível mental tanto pessoal quanto coletiva é crucial neste momento. O conhecimento é a chave para fornecer a humanidade uma nova visão do mundo que está por vir. Tentem abraçar o verdadeiro conhecimento e recuperem o seu poder.
Toda existência é projetada com um grande propósito e você deve primeiro conhecer a verdade sobre si mesmo antes das respostas começarem a fazer sentido.
Maiana Lena, consciência unificada na missão de servir a luz!
Fonte:https://cidapereira01.wordpress.com/tag/reencarnacao/

NADA ACONTECE POR ACASO…

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DESTINO, SORTE E CONTRATOS DE ALMA

Por: Tanaaz
Antes de você estar incorporado neste espaço a sua alma fez um Acordo. Antes de vir para a forma humana, sua alma teve um Propósito ou o Destino que concordou em cumprir. Este destino foi escrito e é o seu Contrato de Alma.
Todos nós temos Contratos de Alma e, essencialmente, é a lista de lições que são destinadas a aprendermos neste tempo de vida, a fim de avançar a nossa alma a um nível superior de consciência.
Eu já visualizei Contratos de Alma muitas vezes através da meditação e ao fazer leituras intuitivas, e aqui está o que eu sei:
• Sua hora, data e local de nascimento não acontecem ao acaso
• A família que você nasceu foi escolhida especificamente para você
• Algumas pessoas estão destinadas a entrar em sua vida para ajudar a curar algo, quer de uma vida passada ou desta
• Os acontecimentos em sua vida acontecem para ajudar a evoluir para um estado superior de consciência
• A morte também está incluída em seu contrato de alma, mas não como uma data, é um Momento em sua vida – momento em que você percebe que realizou tudo o que precisa para retornar à forma espiritual
Você foi enviado para essa dimensão da Terra em um momento específico, para um lugar específico e com um propósito específico.
A vida é cheia de escolhas. Todos nós temos o livre arbítrio, somos todos responsáveis (até certo ponto) pela forma como queremos que a nossa vida se desenvolva aqui.
Estas escolhas são vistas como nossa sorte/sina – podemos escolher qual o caminho da queda, podemos escolher qual o caminho a evitar e que caminho seguir, mas uma coisa que não podemos mudar é o nosso Destino.
Nosso Destino é essencialmente experimentar o Amor Incondicional do Universo e, muitas vezes, isso leva muitas jornadas, através de muitas vidas e dimensões, a fim de retornar finalmente à esta Energia.
Todas as almas na Terra estão aqui em diferentes fases da sua evolução consciente, algumas estão concluindo e algumas estão apenas começando, mas de qualquer forma estamos todos ‘de acordo’ para estar aqui.
Essencialmente, o seu Contrato de Alma é o acordo (Pacto/Aliança) que você fez com você mesmo, a fim de ajudá-lo a crescer e evoluir para um estado superior de consciência, mas, não está sozinho. A você também é dada ajuda ao longo do caminho por seus Guias/Instrutores e Anjos.
A fim de cumprir o seu Contrato de Alma você também recebe um conjunto de Guias espirituais, Anjos e pessoas para ajudá-lo. Se você está aberto o suficiente, você sempre receberá Sinais, mensagens e pistas sobre se você está seguindo o Caminho superior ou o Destinado.
Uma das melhores pistas físicas de que você está seguindo o seu Contrato de Alma ou Caminho superior é quando ocorre a Sincronicidade ou coincidências estranhas para levá-lo de um lado para o outro.
Outro bom sinal de que você está seguindo o Caminho elevado é quando você parece conhecer as pessoas certas no momento certo, que podem oferecer-lhe informação, orientação e assistência, quando você estiver em dúvida ou quer aprender.
Há algum debate sobre se você pode, ou não, quebrar o seu Contrato de Alma. Alguns argumentam que tudo que você faz é parte do seu Contrato, e outros acreditam que você pode passear fora de seu caminho escolhido. Mas quebra sua parte no Acordo?
Eu não acho que seja possível nunca realmente quebrar seu Contrato, mas pode haver momentos em que suas escolhas nem sempre fluem com o seu Destino. Quando isso ocorre você pode experimentar confusão, negatividade ou doenças, mas lembre-se que tudo isso às vezes é necessário para ajudá-lo naturalmente a alinhar-se e retornar ao Fluxo.
Pense no seu Contrato de Alma como a montanha que você estava destinado a subir. Você pode escolher a forma de chegar ao topo, você pode escolher o caminho que você quiser subir; cada uma destas escolhas resulta numa experiência completamente diferente, mas o Destino será sempre o mesmo.
Sua montanha vai continuar a crescer, mudar e evoluir à medida que você caminha, mas seu Propósito aqui na forma humana sempre permanecerá.
Não é uma corrida para ver quão rápido você pode chegar ao topo, não é um desafio necessário tentar escalar a montanha de outra pessoa, o desafio está em ser fiel a si mesmo e escalar a sua montanha com facilidade e graça; entusiasmado por onde a viagem vai levá-lo.

Fonte: DE CORAÇÃO A CORAÇÃO – http://www.decoracaoacoracao.blog.br / DE CORAÇÃO A CORAÇÃO – https://lecocq.wordpress.com

Renascimento (budismo)

Segundo o ensinamento budista, há um ciclo de mortes e renascimentos para os seres vivos chamado Samsara. Esse ciclo pode e deve ser transcendido por meio da prática do Nobre Caminho Óctuplo.
Algumas fontes, principalmente advindas da Teosofia, atribuem a esses renascimentos características similares às da reencarnação e a palavra reencarnação é inclusive usada com frequência para se referir aos renascimentos. No entanto, é geralmente aceito pelos instrutores budistas atuais que, em vista das doutrinas budistas de anatta (não-eu) e anicca (impermanência), reencarnação é um conceito considerado por muitos como incompatível com o ensinamento budista.
O renascimento (ou emanação) descrito pelo Budismo é em vez disso uma herança de agregados impermanentes, não de uma verdadeira identidade permanente.
Note-se que o conceito do não-eu (anatta) não significa que o indivíduo seja inexistente e sim que se deve renunciar ao apego, àquilo que psicologicamente se considera como "eu" e "meu". Segundo o texto Anatta-lakkhana Sutta (SN 44.10), devemos nos desapegar dos agregados com os quais nos identificamos porque, sendo esses impermanentes, o apego nos leva à insatisfação (Dukkha).

Renascimento entendido como ciclos de consciência

À parte da cosmologia e mitologia tradicional de renascimento do corpo físico também pode-se compreender este ensinamento como o ciclo de morte e renascimento da consciência de uma mesma pessoa. Momentos de distração, anseios e emoções destrutivas são momentos em que a consciência morre para despertar em seguida em momentos de atenção, compreensão e lucidez. Nesta visão os agregados impuros, skandhas, são levados a diante para o momento seguinte em que a consciência toma uma nova forma.
A meditação budista ensina que por meio de cuidadosa observação da mente é possivel ver a consciência como sendo uma sequência de momentos conscientes em vez de um contínuo de auto-consciência. Cada momento é a experiência de um estado mental específico: um pensamento, uma memória, uma sensação, uma percepção. Um estado mental nasce, existe e, sendo impermanente, cessa dando lugar ao próximo estado mental que surgir. Assim a consciência de um ser sentiente pode ser entendida como uma série contínua de nascimentos e mortes destes estados mentais. Neste contexto o renascimento é simplesmente a persistência deste processo.
Esta explicação do renascimento como um ciclo de consciência é consistente com os demais conceitos budistas, como anicca (impermanência), dukkha (insafistatoriedade), anatta (ausência de identidade) e é possivel entender o conceito de karma como um elo de causa e consquências destes estados mentais.

Ligações externas

Fonte:https://pt.wikipedia.org/wiki/Renascimento_(budismo

A idéia da reencarnação e a doutrina budista

Existe popularmente uma concepção equivocada de que a doutrina budista defende a existência da reencarnação. A história da origem desse equívoco é complexa, interessante e insuficientemente documentada, mas antes de tentar reconstituí-la, pretendo demonstrar que o que se costuma chamar de reencarnação é de fato impossível de acontecer segundo o ensinamento budista.
Entre os ensinamentos mais básicos do budismo, estão os da IMPERMANÊNCIA, o da INTERDEPENDÊNCIA (ligada à origem condicionada dos fenômenos), e o do "Não-Eu" (Anatta em Pali, Anatman em Sânscrito ). Ou seja, segundo o budismo a existência de indivíduos independentes é uma ilusão temporária. Por vias diferentes, tanto o ensinamento Theravada quanto o Mahayana afirmam claramente que é um equívoco pensar em termos de alcançar "nossa própria" iluminação. Para o Mahayana, porque isso é moralmente inaceitável, e para o Theravada, porque não faz sentido. Não há conflito entre as duas opiniões - estão ambas corretas e se complementam.
Existe no budismo a importante idéia de RENASCIMENTO ou EMANAÇÃO, que infelizmente tem sido vista com excessiva frequência como sendo equivalente à de reencarnação. No entanto, a reencarnação ocorre sempre com a rigorosa transferência de méritos de um indivíduo específico para outro único indivíduo exclusivamente. Esses dois indivíduos vivem em épocas diferentes e podem de fato estar muito separados tanto pelo tempo quanto pelo espaço. No entanto, supõe-se que de alguma maneira ambos sejam a mesma pessoa, e tenham muito mais afinidades um com o outro do que qualquer um dos dois com os conhecidos, amigos e familiares com que convivem em suas respectivas culturas. Pode haver diferenças de língua, nível de instrução, metas de vida e experiências de vida, mas ainda assim em algum sentido são "a mesma" pessoa. Partilham dramas, esperanças e eventos cotidianos e extraordinários com seus conterrâneos e contemporâneos, mas ainda assim entende-se que cada um tem "seu próprio" conjunto de méritos. As culturas de duas supostas vidas de um indivíduo reencarnado podem ser completamente alienígenas uma em relação à outra, mas ainda assim é "o mesmo" espírito. Essa crença não pode ser considerada budista.
Pois esses reencarnados teriam forçosamente uma essência pessoal permanente, um ATMAN (conceito hinduísta especificamente refutado pelo Buda) capaz de transcender tanto a INTERDEPENDÊNCIA quanto a IMPERMANÊNCIA que moldam sempre nossas vidas e nossas personalidades. Não creio que esse fenômeno possa ocorrer exceto em fantasia. Acho evidente que não é um acontecimento muito frequente em nossos ciclos de mortes e nascimentos. E penso ter demonstrado claramente que, certa ou errada, a idéia de reencarnação contradiz triplamente o ensinamento budista.

© 2003 por Luís Dantas.
Ainda sobre este assunto, há excelentes colocações do Koji Petrúcio (na seção de perguntas) e de Ricardo Sasaki (veja o FAQ, ou clique aquiaqui e aqui). Também de interesse é o texto sobre Karma e Renascimento de Nyanatiloka Mahathera, generosamente traduzido por Carlos Lessa e disponibilizado pelo Centro de Estudos do Budismo.
Sobre Anatta/Anatman/Não-Eu, a melhor fonte talvez seja Samyutta Nikaya XXII.59 - Anatta-lakkhana Sutta - O Discurso acerca das Características do não eu. Aliás, recomendo enfaticamente a página sobre leitura dos Suttas (Sutras) nesse site, o Acesso Ao Insight.

Endereço desta página: http://www.dantas.com/budismo/reencarnacao.htm

Fonte:http://www.dantas.com/budismo/reencarnacao.htm


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