EU TENHO MEDO DE VIDAS PROGRAMADAS



Eu Tenho Medo de Vidas Programadas

Podemos ser qualquer coisa,em qualquer tempo, em qualquer lugar. Entre todas as escolhas, escolhemos ser felizes.
Sabe aquela música do Kid Abelha: A vida que me ensinaram como uma vida normal/Tinha trabalho, dinheiro, família, filhos e tal/Era tudo tão perfeito se tudo fosse só isso/Mas isso é menos do que tudo,/É menos do que eu preciso.
Sempre concordei demais com essa música, como é possível que nossos destinos estejam programados desde sempre? Como que a vida pode ser delimitada por fases pré determinadas?
Tipo, você aproveita a infância mas já se preparando para a faculdade, então você encara quatro ou cinco anos de curso que supõe-se serem os melhores da sua vida. Depois disso, você deve arrumar um bom emprego que faça você atingir seu sucesso profissional até os trinta, porque sabe né, se você não tiver sucesso até os trinta está fadado ao fracasso.
Vem então a vez do casamento. Você casa com seu namorado de anos, pois poxa, não há mais nada que as pessoas possam querer na vida do que depois de passar os melhores anos estudando e arrumar o emprego dos sonhos, o próximo passo da vida é casar com o amor da sua vida.
Depois vem os filhos. Dois pelo menos, um casal de preferência. E vocês viverão com a família feliz que devem ser, na sua casa financiada em 20 anos, com seus carros parcelados em 5 deles e pagando mensalidades absurdas pela educação de qualidade que seus filhos precisam, pois é lógico, eles precisam passar por esse ciclo vicioso.
Mas e se… e se você descobrir a sua verdadeira vocação só aos 35, depois de duas faculdades a alguns empregos de merda? E se o amor da sua vida só aparecer pelos 40? E se você decidir que é ok não ter filhos, porque você quer contribuir de outras formas com o mundo? E se você acha que ter uma casa e um carro não tem muita importância e prefere sem um nômade viajando por aí?
Não me entendam mal, não sou contra a faculdade, nem contra o casamento ou qualquer princípio que a sociedade moderna nos impõe. Eu só acho que temos escolha!
Não precisamos viver conforme os padrões estabelecidos a muito tempo. O ser humano não é padrão, nossas vivências nos fazem diferentes de todos os outros que estão ao nosso redor, não existem duas pessoas totalmente iguais, muito menos uma massa que tenha que seguir um mesmo ciclo.
Nós somos o que desejamos ser, escolhemos o que queremos ser, quando e como. Não baseie suas escolhas pela sociedade, baseie-se por aquilo que te faz feliz, pelo que faz seu coração bater mais forte. Seja casando aos 25 ou aos 90, sendo engenheiro ou contador de histórias, sendo um fracasso com problemas matemáticos mas um sucesso cantando no chuveiro.

 Por Samanta Selzler – Via Obvious

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