ÍNDIA RICA E LUXUOSA : A VIDA DE MARAJÁ

Leela Palace (Foto: divulgação)

Vida de marajá

A Índia rica e luxuosa que pouca gente conhece


Leela Palace (Foto: divulgação)


Assim como existem muitos Brasis, sempre ouvi falar de três Índias: a paupérrima, a religiosa/espiritual e a dos marajás. A maioria das pessoas que conheço – eu inclusa – sonha conhecer o país pela sua segunda cara. Mas tive a oportunidade (e oportunidades não se negam), a trabalho, de conhecer a terceira. Passei longe do Taj Mahal, não senti o cheiro do rio Ganges e nem me hospedei em um ashram, onde vivem gurus e iogues.
 
Vivi uma Índia que poucos têm a oportunidade de viver e que, confesso, desconhecia completamente. Não acho que seja mais (ou menos) mérito que conhecer a Índia da forma tradicional, só acho diferente. A começar pelo roteiro: Nova Delhi e Udaipur, esta conhecida como a cidade mais rica da Índia. Foi um contraste inexplicável, mesmo para quem gosta de palavras como eu. Quem vai do centro de Delhi – sujo e com trânsito caótico – a Udaipur vive as duas extremidades de uma situação econômica como, acredito, em pouquíssimos outros lugares do planeta. Como Delhi é ponto de chegada de muitos voos internacionais, provavelmente você já foi ou conhece alguém que foi e tem boas dicas de lá, como o delicioso restaurante Veda (aliás, nunca comi tanto pão na minha vida quanto comi o naan de lá).
Leela Palace (Foto: divulgação)

 
A 660 quilômetros dessa realidade – só é possível percorrer uma distância assim de avião – fica a terra dos marajás: Udaipur. Situada no Rajastão, a cidade é feita de lagos e palácios. E foi em um deles que fiquei hospedada. A experiência no hotel Leela Palace começa ainda na água. O transfer que leva do aeroporto ao lago Pichola deixa os hóspedes em um píer de arquitetura típica, em madeira pintada de branco e teto que lembra o do Taj Mahal. Na Veneza do Oriente, quem vem buscar o cliente é uma gôndola, com teto de veludo e detalhes rebuscados em dourado que, por sinal, se repetem no guarda-chuva dos funcionários do hotel, que cuidam da recepção em terra do outro lado do lago e te acompanham até o momento do check-in, para que você não tome sol – medida cabível em um calor de 40 graus em fevereiro, plena temporada fria.
Leela Palace (Foto: divulgação)

 
A primeira visão do hotel é uma cama com dossel, onde dois músicos dão as boas-vindas com canções típicas, que lembram um mantra, e uma chuva de pétalas de rosa (!!!). Mais mil e uma noites, impossível. Pétalas de flores, pratarias e artesanato com espelhos – especialidade local – estão em todos os corredores, quartos e banheiros do hotel. Uma poltrona de prata oferece vista para a fonte de água, elefantes de prata ladeiam o incrível spa e a piscina, ao invés de ombrellones, oferece guarda-sóis no estilo indiano.

Fonte:http://gq.globo.com/Blogs/Priscilla-Portugal/noticia/2013/10/vida-de-maraja.html

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