TIPOS DE MANDALAS - LUCY LACERDA

 






TIPOS DE MANDALAS

    Adaptação de texto oferecido por Lucy Lacerda

 
Há duas categorias principais de Mandalas: Geométricas e Livres.

Existem tipos de Mandalas com específicas finalidades, tais como as usadas em arquitetura, paisagismo, decoração, marcenaria, joalheria, arte, meditação, astrologia, religião, etc.

 
Mandala como processo de cura e transformação
 
A Mandala é um instrumento auxiliar processo de cura, no crescimento pessoal e no processo da individuação. 

Evoca a harmonia, a inteireza, a completude, a reestruturação do indivíduo.

Ajuda a estabelecer senso de harmonia, facilitando à pessoa sentir-se inteira, harmonizada e fazendo parte de uma inteireza maior.

Tal como o fogo e a água, as Mandalas nos trazem tranquilidade, distanciam os problemas, levando-nos à meditação, permitindo-nos entrar no jogo das vibrações que permeiam o universo.

São meios de religar nossa consciência à Fonte de onde todos proviemos.

Nicolau de Cusa disse:

”Deus é uma Esfera Cujo Centro está em toda parte, embora Suas circunferências não O delimitem em parte alguma”.

A Mandala tem sempre um centro e o círculo.

Desde o centro, o circulo divino, perfeito, fechado em si, sem começo, meio ou fim, emana o quadrado que simboliza a Terra, o homem.

A Mandala pode ser definida como uma expressão de mudança, liberando energia e conduzindo a pessoa à percepção e visualização da fonte de energia dentro dela mesma.

Encontramos nas cavernas desenhos pré-históricos circulares arquetípicos, usados instintivamente, desde o alvorecer das primitivas culturas.

Ela é antiga como a humanidade e já era conhecida sua eficácia na solução de problemas psíquicos.

O desenho em forma circular é uma tentativa da psique para se organizar.

Daí o uso de mandalas até para pessoas em hospitais psiquiátricos e doentes terminais, que nelas buscam o centramento de que precisam.

 A Dra. Nise da Silveira fez expressivos estudos do uso das Mandalas pelos seus pacientes que, intuitivamente, desenhavam Mandalas espontâneas em busca de organização interna e de cura.

Comunicou-se com Jung a respeito, que aprovou as suas observações.

A expressão em forma circular ajuda a organizar e fortalecer a psique,  facilita o nosso contato com ela e com a nossa essência, focaliza energias positivas.

Quando as tribos atravessam períodos de fome, guerra, etc., surgem nos desenhos formas circulares que propiciariam o retorno da
 psique à sua normalidade.

Em tempos difíceis, nações e pessoas tendem a buscar as formas circulares que evoquem a inteireza e restabeleçam o equilíbrio da mente e das emoções.

O trabalho com Mandalas é meio para o autoconhecimento e a realização do Ser, mobilizando as faculdades corporais, intelectuais e espirituais da pessoa.

O traço comum do trabalho com as Mandalas é a busca de integração, pessoal e ambiental.

As pessoas que se expressam pelo trabalho de Mandalas buscam, às vezes instintivamente, a cura, pela contemplação e criação de desenhos com centro e círculo, enquadrados ou não, auxiliando assim a construção da harmonia do ser.

O desenho das Mandalas é constituído usualmente do círculo (símbolo de cosmos e da eternidade) e do quadrado (símbolo da terra e do homem), obedecendo sempre ao princípio do centro, nas diferentes formas e modos usados.

Desde Jung, o Ocidente sabe do valor terapêutico do trabalho das Mandalas, reconhecendo–as como o melhor símbolo do psiquismo, o exemplo do que ocorre na dinâmica psíquica, cuja essência última permanece incapturável.

No centro, a representação do nosso ser.

Com as mandalas, terapeutas usam técnicas especiais para liberar o potencial curativo.

Imagens homogêneas, com um centro, organizadas, facilitam a emergência de processos inconscientes e preenchem de paz
 interior a mente que deseja conhecer a ordem do Cosmos e compreender o significado do milagre da vida.

 Nos sonhos, em visões proféticas, a forma mandálica está sempre presente.

Vivemos numa gigantesca Mandala.


A Via Láctea, com seus imensos braços estendidos pelo Cosmos, o nosso sistema solar circundado pelos planetas, tudo nos remete à Mandala.

Olhos, cérebros, ninhos de pássaros são Mandalas.

Nas catedrais da Idade Média, as rosáceas dos vitrais, principalmente em Chartres e Notredame, proporcionam paz interior
 para quem as contempla.

As cruzes, de todos os tipos, são Mandalas, bem como a Estrela de David, com o cruzamento dos mistérios humano e divino, entrelaçando triângulos.

Vivemos cercados de Mandalas.

Por isso, elas constituem uma secular e eterna inspiração para o ser humano e para a sua eterna busca interior, em direção a si mesmo. 

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