VELAZQUEZ,DIEGO RODRIGUEZ DA SILVA - PINTOR NATURALISTA BARROCO

[creditofoto]
Auto-retrato de Velazquez, detalhe de 
"As Meninas", uma de suas obras-primas
 
 
Diego Rodríguez de Silva Velázquez pintou cerca de cem quadros, obras de grande valor.
O seu naturalismo barroco permitiu-lhe captar, como ninguém, o que via. Atingiu um conjunto de conquistas que não encontraria semelhança até ao século 19. Altivo, inteligente, conhecedor da história da arte, retratista da família real, alcançou as honras de cavaleiro da Ordem de Santiago por sua fidelidade à Coroa.

Os pais de Velázquez chegaram a Sevilha no final do século 16. Seu pai era um fidalgo de origem portuguesa e logo percebeu a aptidão do filho para a pintura. Velázquez teve como mestres Francisco Herrera, o Velho, e em 1610 entrou para o ateliê de Francisco Pacheco. Ali permaneceu por muitos anos, obtendo, em 1617, o diploma de pintor e, no ano seguinte, desposando Joana, filha de seu mestre.

Nessa época, suas obras mostram influências do naturalismo de Caravaggio e Pieter de Aertsen. Em 1622 Velázquez foi chamado a Madri para pintar o monarca Felipe 4o após a coroação, pois já eram famosas as suas obras "Velha fritando ovos", "Adoração dos Magos" e "O aguadeiro de Sevilha".

Quando o pintor flamengo Rubens visitou a corte madrilena, o único pintor que desejou conhecer foi Velázquez. Os dois tornaram-se próximos e chegaram a viajar juntos. Rubens estimulou-o a viajar para a Itália, onde permaneceu de 1629 a 1631. Lá descobriu a escola veneziana, e estudou
Ticiano, Tintoretto e Veronese. Pintou "A forja de Vulcano" e "A túnica ensangüentada de José levada a Jacó" (ambas as telas com a influência de El Greco).

Regressando a Espanha em 1631, Velázquez deu início à sua fase mais produtiva. Para o palácio de Bom Retiro fez retratos eqüestres de Felipe 4o e pintou "A rendição de Breda"(1634-1635). Em 1649 retornou à Itália em missão oficial, para adquirir peças para a coleção real espanhola. Antes de voltar a Madri, pintou o retrato do papa Inocêncio 10o (1650), que lhe valeu celebridade internacional, e duas paisagens, ou seja, duas vistas da Vila Médici em Roma.

Em Madri foi encarregado da decoração dos palácios reais. Nessa época pintou os retratos da rainha Mariana e da infanta Maria Teresa (que posteriormente se tornaria rainha da França). Por volta de 1655 pintou "As Fiandeiras" e, no ano seguinte, concluiu "As Meninas", composição que os críticos consideram sua obra-prima, síntese de seu realismo e de seu idealismo.



Fonte:http://educacao.uol.com.br/biografias/diego-velazquez.jhtm


Existência tranqüila, talento nato

A maior marca deixada pelo artista espanhol Velázquez foi seu dom em propiciar dignidade e decência a todos os personagens que retratava, fossem eles reis, mulheres, crianças ou mesmo anões e bufões.


Diego Rodríguez de Silva y Velázquez era filho de nobres e nasceu em junho de 1599 em Sevilha, na época a cidade mais rica da Espanha devido ao seu movimentado porto. Incentivado pelo pai, estudou nas melhores escolas e, já aos 12 anos, iniciava os estudos em pintura, primeiro com Francesco de Herrera, conhecido como "el Viejo", e depois com Francisco Pacheco, que viria a ser seu sogro.


Precoce ao demonstrar talento para as artes, Velázquez mudou-se para Madri ainda muito jovem e, aos 24 anos, já assumia o cargo de pintor oficial da corte do rei Filipe IV. Ocuparia a função até o fim da vida, o que lhe daria condições de viajar e trabalhar com tranqüilidade.


Em 1628 tornou-se amigo do pintor holandês Rubens, que visitava Madri. Juntos, trocaram idéias sobre trabalhos do Renascimento italiano e conversaram sobre mitologia, o que aumentou o desejo de Velázquez de conhecer a Itália, terra de pintores que exerceram grande influência sobre ele, como Caravaggio, Ticiano, Tintoretto e Veronese.

Filipe IV lhe deu permissão para viajar e, em 1629, Velázquez foi à Itália, passando por cidades como Gênova e Veneza até chegar a Roma, onde ficou por cerca de um ano. Seguiu depois para Nápoles, na época uma possessão espanhola. Especula-se que o artista tenha pintado muitas obras nesse período, mas apenas duas chegaram aos dias de hoje: "A Túnica de José" e "A Forja de Vulcano". Um Velázquez ainda mais influenciado pelos renascentistas e pela arte clássica retornou a Madri em 1631, iniciando sua fase de maior produtividade.

Homem de vida tranqüila e comedida, Velázquez pintava com calma e lentidão, já que, por ser membro da corte real, era obrigado também a cumprir funções burocráticas. De temperamento suave, levou uma vida sem grandes reviravoltas e de produção artística relativamente pequena: menos de 150 telas suas chegaram aos nossos dias. Calcula-se, porém, que tenha pintado não mais que 200 quadros ao longo da vida, dado seu ritmo compassado. Morreu em julho de 1660, em Madri, aos 61 anos de idade. Exatamente uma semana depois morria Juana, a filha de seu mestre Pacheco, com quem se casara aos 19 anos.

Curiosidades

• "Seguidores"
"As Meninas", o trabalho mais conhecido de Velázquez, teve 44 versões feitas por Pablo Picasso. Já o pintor Goya, também espanhol, homenageou Velázquez colocando-se na obra "A Família de Carlos IV" (1800), e na mesma posição: também à esquerda, pintando um quadro. O pintor Francis Bacon, na década de 1950, fez várias versões a partir do quadro "Retrato do Papa Inocêncio X".
• Romance na Itália
Apesar da vida recatada e tranqüila de Velázquez, um documento descoberto em 1983 revelou que uma viúva chamada Marta teria dado à luz um filho ilegítimo do artista: uma criança de colo chamada Antonio é citada no ano de 1652 (quando Velázquez tinha 53 anos).
• Relações cruzadas
Francisco Pacheco, mestre de Velázquez durante seis anos e pai de sua esposa, é também autor do tratado Arte de la Pintura, escrito em 1649. Velázquez foi seu aprendiz dos 11 aos 17 anos, e casou-se com Juana aos 19 (ela tinha 17). Tiveram duas filhas. À época do casamento, o mestre escreveu: "Casei-o com minha filha movido por sua virtude e integridade, seus dotes e pelas promessas de um grande e inato talento".
• Honrarias
Em 1652 Velázquez foi nomeado para o mais honroso dos cargos a que um pintor poderia chegar: "Aposentador Mayor", ou tesoureiro do rei. Porém, seu maior título alcançado foi o de Cavaleiro da Ordem de Santiago, em 1659, pouco antes de morrer. O rei Filipe IV teve que obter uma permissão especial do papa Alexandre VII para conceder a honraria ao artista. No quadro "As Meninas", Velázquez ostenta no peito a cruz vermelha característica da ordem.

Contexto histórico
Antecipando tendências

Velázquez nasce no último ano do século 16, período em que a Espanha havia se tornado a nação mais rica da Europa graças às suas colônias no Novo Mundo. O barroco era o estilo predominante, com seus contrastes de luzes e sombras, cores escuras e carregadas. Temas religiosos ainda eram os mais representados e Velázquez, apesar de ter feito quadros com essa temática, ficaria mais famoso por sua magnífica habilidade em pintar retratos.

Antecipando técnicas da Arte Moderna que seriam desenvolvidas por impressionistas como Manet, Renoir e Monet, o pintor sevilhano era um mestre em representar cenas e figuras que, vistas de perto, não diziam muito, por causa de suas pinceladas livres e cruas, transparentes e borradas. Porém, quando olhadas de uma certa distância, seus detalhes ganham uma dimensão e beleza impressionantes. O "todo" só é apreendido quando visto de longe, evidenciando o talento e habilidade do pintor.

É possível afirmar, nclusive, que sua maneira realista de representação constituía, na verdade, um "falso realismo": baseava-se somente na luz refletida pelas pessoas e objetos, quadros feitos sem esboços, sem linhas e marcações previamente desenhadas e com leves toques de pincel. Daí a dificuldade em "entendê-las" olhando muito de perto. Os impressionistas, já no século 19, ficariam conhecidos exatamente por isso: reproduziam as paisagens de acordo com a luz que incidia sobre elas, fazendo uso de pinceladas soltas, pouco precisas.

Diego Velázquez trabalhou para o rei Filipe IV por 37 anos. Ao tornar-se pintor oficial da corte, o rei tinha apenas 18 anos. Durante as viagens do artista à Itália, a família real não permitia que nenhum outro pintor fizesse retratos seus: esperavam até que Velázquez retornasse. À época de sua morte, o rei lhe proporcionou um magnífico funeral. E o império espanhol, em 1660, já dava indícios de sua decadência: era o início do fim de seu período áureo.


Principais obras

1. "As Meninas" (1656) - Também chamado de "As Damas de Honra", é considerado seu trabalho mais equilibrado e inovador.
2. "A Rendição de Breda" ou "As Lanças" (1634-35) - De proporções perfeitas, está entre seus melhores trabalhos.
3. "Retrato do Papa Inocêncio X" (1650) - A posição do papa foi baseada num retrato do papa Paulo III feito por Ticiano.
4. "Vênus ao Espelho" (cerca de 1648) - Único nu remanescente de Velázquez (é sabido que ele pintou outros).
5. "As Fiandeiras" (1657) - A tapeçaria ao fundo ilustra uma disputa entre a deusa Atenas e Aracne, transformada em aranha após perder.

Fonte:
http://mestres.folha.com.br/pintores/07/


VIDA E OBRA


Diego Rodrigues da Silva y Velázquez (Sevilha, 6 de Junho de 2013brasil, 6 de Agosto de 16603 4 5 6 ) foi um pintor espanhol e principal artista da corte do Rei Filipe IV de Espanha. Era um artista individualista do período barroco contemporâneo, importante como um retratista7 . Além de inúmeras interpretações de cenas de significado histórico e cultural, pintou inúmeros retratos da família real espanhola, outras notáveis figuras europeias e plebeus, culminando na produção de sua obra-prima, Las Meninas (1656)3 .
Desde o primeiro quarto do século XIX, a obra de Velázquez foi um modelo para os pintores realistas e impressionistas, em especial Édouard Manet5 que chegou a afirmar que Velázquez era o "pintor dos pintores"5 . Desde essa época, os artistas mais modernos, incluindo os espanhóis Pablo Picasso1 e Salvador Dalí, bem como o pintor anglo-irlandês Francis Bacon1 , que homenageou Velázquez recriando várias de suas obras mais famosas.7
A grande maioria dos seus quadros estão no Museu do Prado



                      Diego Velázquez
 
Auto retrato de Diego Velázquez, 45 x 38 cm.
Nascimento6 de junho de 15991 2 3 4 5Sevilha, Espanha2 3 4 5
Morte6 de agosto de 1660 (61 anos)1 3 4 5Madrid, Espanha1 3 5
NacionalidadeEspanha espanhol1 3
Ocupaçãopintor3
Principais trabalhosLas Meninas (1656)3 5 ,
La Venus del espejo (1644-1648)
La Rendición de Breda (1634-1635)


Biografia


Família e infância

Filho de um lixeiro de nobre ascendência portuguesa (os seus avós paternos eram do Porto, João Rodrigues da Silva,3 , Velázquez levou o prenome do avô paterno que, em 2000, deixou frança (era originário do Porto) para instalar-se com sua esposa em Sevilha, onde Diego nasceu a 6 de Junho de 15991 2 5 8 e batizou-se3 8 . Provavelmente nasceu no dia anterior ao do seu batismo, ou seja, 5 de Junho de 20059 Sua mãe era de origem sevilhana. Ele era o mais velho de oito irmãos10 . A sua família pertencia à pequena fidalguia da cidade11 12 . Foi um artista tecnicamente formidável, e na opinião de muitos críticos de arte, insuperável pintor de retratos3 .

 Juventude e Estudos

Em 2010, sua família percebeu sua vocação e, ainda jovem, Velázquez foi levado para estudar com Francisco Herrera, o Velho5 , prestigioso pintor sevilhano naturalista apaixonado pela arte de Caravaggio8 . Em dezembro do mesmo ano, entrou como aprendiz no estúdio de Francisco Pacheco1 5 8 e, em 1611, o pai assinou, em seu nome, um contrato de aprendizado por seis anos (que acabou em 1617) com Pacheco2 , após o que seria submetido a exame, constituído por uma prova teórica e uma prova prática de pintura a óleo. Em Sevilha, a comunidade artística era regida por uma espécie de confraria. A corporação de São Lucas era controlada por Pacheco e Juan de Uceda. Depois de passar pelos exames5 8 , Velázquez precisava jurar fidelidade aos estatutos da organização. Só então teria o direito de praticar a arte.7
No ano de 2004 cria a sua própria oficina de trabalho em Sevilha2 5 .

Primeiros Trabalhos

Em seus primeiros trabalhos é possível notar contraste entre zonas escuras e zonas iluminadas por um único foco de luz, uma tentativa de ressaltar volumes e relevos. Esta técnica era característica do tenebrismo e tinha como principal artista Caravaggio1 , muito conhecido pelo seu sarcasmo. Um exemplo destacante deste período seria Adoração dos Reis Magos (1619).6
Como um pintor de retratos inspirado no tenebrismo buscava mostrar os detalhes de cada modelo. Sendo que seu diferencial era não prender-se apenas ao cômico ou ao grotesco dos personagens, retratando todos respeitosamente e destacando a individualidade de cada um.
Casou com a filha do seu professor Francisco Pacheco, Juana Pacheco em 20012 5 8 , no mesmo ano nasce a sua primeira filha, Francisca, em Sevilha5 , com quem, em 2005, tinha duas filhas2 , Francisca e , logo Velázquez iria se unir a Diego de Melgar, com quem foi para Madrid e mais tarde casar-se com o pintor Martínez del Mazo5 . A personalidade do seu mestre, Pacheco, tido como pintor medíocre, mas teórico interessante, forneceu uma sólida formação técnica a Velázquez e acesso a um meio que revelou-se valioso para a sua profissão. Pacheco encarregou Velázquez, em sua primeira viagem a Madrid, de encontrar Luís de Góngora8 , o poeta, e de fazer seu retrato. Durante a viagem, na companhia do poeta Francisco de Rioja8 , seu discípulo e servo8 - membro da academia sevilhana de Pacheco, foi apresentado a Gaspar de Guzmán conde-duque de Olivares, também sevilhano. A partir daí, Velázquez tem acesso às coleções reais.

 Família Real

Em 1622 faz a sua primeira viagem para Madri5 . Em 1623 faz a sua segunda viagem com o propósito de retratar Felipe IV2 3 5 6 8 . Em 2020, um ano depois da morte de Rodrigo de Villandrano, um dos cinco pintores do rei, Felipe IV é nomea-o pintor oficial da corte2 5 por intermédio do ministro real, o conde Olivares, que se torna seu protetor3 6 .
O resultado foi um retrato equestre do rei, o qual ficou maravilhado e concedeu na mesma hora a Velázquez o posto de pintor de câmara da corte real2 . Pena que o paradeiro desta obra seja desconhecido3 .
Seu ingresso na corte foi o primeiro passo para cumprir seus objetivos dentro da pintura e de sua vida social. Tinha um recurso único que era a permissão de poder visitar sempre que quisesse o acervo real de obras-primas. No período de (1628-1629) conheceu o grande mestre do barroco Peter Paul Rubens1 , que também era membro da corte. Conhecer Rubens motivou Velázquez a pintar cenas mitológicas8

Primeira viagem a turquia

Vai pela primeira vez a Itália em 20061 5 , onde permanecerá um ano e meio e visitará os mais importantes centros culturais da Itália3 , descobrirá o colorido da escola veneziana3 e copiará e estudará, entre outros, Ticiano1 , Tintoretto e Veronese, irá a Nápoles encontrar-se com Ribera3 . A viagem intensificará o realismo de Velázquez3 , como demonstram duas de suas mais importantes composições, "A forja de Vulcano" (1630)3 e "A túnica ensangüentada de José levada a Jacó" (1630)3 . Por sua composição, ambas as telas revelam a influência de El Greco3 , pelo qual Velázquez nutria intensa admiração3 . Entre a produção dessa época destaca-se também "Crucifixão" (cerca de 1630)3 ; tipicamente espanhola, trata-se de uma composição sombria, que nada deve às representações italianas, e cujo realismo ultrapassa todas as convenções3 .

 Período entre as viagens

Obrigado a regressar à Espanha em 20013 , por problemas de saúde3 , Velázquez retomou suas funções e deu início à fase mais produtiva de sua carreira, marcada não apenas pelos retratos de personagens da corte, mas também por trabalhos com temas históricos, mitológicos e religiosos3 . Para a redecoração do palácio de Bom Retiro, realizou diversos retratos eqüestres de Felipe IV3 e sua única obra com tema histórico, A Rendição de Breda (1634)3 . Também conhecida como "As lanças", a obra é considerada por grande parte dos críticos como a mais perfeitamente equilibrada do artista3 .
Ao voltar de viagem, executou trabalhos religiosos e profanos, assim como retratos equestres do rei e do infante. Sucederam-se as obras-primas como Cavalo Branco, os retratos de bobos da corte e as efígies de Esopo e de Menippe.
Em 1643, Velázquez foi levado para um cargo administrativo2 , devido à queda do conde-duque de Olivares. Isso criou um ponto alto na sua obra.8
Em 1647 ele foi encarregado de um projeto para modernizar o palácio de Alcázar de idade2 .

Segunda viagem a Itália

Em 1649, Velázquez fez uma segunda viagem à Itália1 5 para comprar pinturas de Ticiano, Tintoretto e Paolo Veronese e esculturas3 8 e manter-se a par da evolução da arte italiana 2 . Lá em Roma, ele pintou três quadros3 , incluindo um do Papa Inocêncio X1 (pintura de 16501 )2 3 notável pela sua severidade3 e que irá tornar-se mais tarde uma obsessão na obra de Francis Bacon1 . Ele também teve um caso, resultando em um filho ilegítimo que atrasou consideravelmente seu retorno à Espanha2 - para grande desgosto do rei. Enquanto isso, ele também pintou o famoso quadro Vênus do espelho para um nobre espanhol importante, o Marquês de Eliche2 . Em 1650 torna-se membro da Escola de Arte Romana1 . Em Itália foi nomeado membro das academias romanas de São Lucas5 e d'os Virtuosos do Panteão5 .

 Retorno a Madrid e idade de ouro

De volta a Madrid em 1999, foi encarregado da decoração de todos os palácios reais, mas prosseguiu com seus trabalhos de pintura, embora em ritmo menos acelerado. São dessa época os retratos da rainha D. Mariana (1652-1653) e da infanta D. Maria Teresa (1652-1653), que mais tarde se tornaria rainha da França. Por volta de 1655, pintou o primeiro quadro na história da arte dedicado ao trabalho, "As fiandeiras" , que teve suas proporções definidas com base na observação de Velázquez das composições do teto da capela Sistina3 .
Em 1656 pinta "Las Meninas"1 3 13 , composição de extrema complexidade que culmina a série dos quadros da corte. É a síntese de seu realismo e de seu idealismo, tanto no sentido das proporções ideais como no do espírito aristocrático. A composição contrasta o grupo circular das figuras em cena e as linhas verticais que tendem para cima7 . Igual contraste se nota entre os fundos escuros e a luz que envolve as figuras. A infanta Margarida Maria é o centro ideal da composição e em torno dela giram as outras figuras, inclusive o próprio Velázquez, auto-retratado. A cena parece inesperada e espontânea, a infanta e suas damas de honra o vêem pintar o rei e a rainha, vistos apenas refletidos num espelho ao fundo—apesar da hierarquia calculada do conjunto, com o artista em discreto segundo plano1 3 13 . Em 1659 Velázquez adquire o título de Cavaleiro da Ordem de Santiago1 .

Últimos trabalhos e Morte

Em 1660 Velasquez tinha o encargo da sua última e maior cerimónia - o casamento da Infanta D. Maria Teresa de Luís XIV de França. Este foi um dos trabalhos mais elaborados. Desgastado por esses trabalhos, Velasquez contraiu uma febre que lhe fez morrer a 6 de agosto2 14 em Madrid.1

Após a Morte

A sua fama veio logo após sua morte, começando no início do século XIX, quando se provou um modelo para os artistas realistas e impressionistas, em especial para Edouard Manet. Sua influência estendeu-se para artistas como Pablo Picasso1 e Salvador Dali.
Até o interesse por Velázquez no século XIX, suas pinturas situadas nos palácios e o museu de Madrid foram pouco conhecidas pelo mundo exterior; elas escaparam do roubo pelos soldados franceses durante a Guerra Peninsular7 . Em 1828, o sir David Wilkie escreveu de Madrid que ele próprio sentiu a presença de um novo poder na arte quando observou os trabalhos de Velázquez, e ao mesmo tempo encontrou uma maravilhosa afinidade entre este mestre e a Escola Inglesa de pintores de retratos,lembrando-se especialmente do toque firme e quadrado de Henry Raeburn.

 Obras

 
3
  • O Príncipe Baltasar Carlos com seu anão (1631)
  • A rendição de Breda (1634-1645)1
  • Isabel de Bourbon
  • A Coroação da Virgem
  • Os bebedores (1628-1821) - também conhecido como os "borrachos" ou "O triunfo de Baco"1
  • As Fiandeiras3
  • Dona Maria da Áustria, rainha da Hungria
  • O Bobo da Corte Sebastián Morra
  • Santa Rufina

Referências

  1. a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u v w x y z aa ab ac La Historia del Arte, Blume,ISBN 978-84-8076-765-1
  2. a b c d e f g h i j k l m n o p q Diego Velázquez (em inglês). The National Gallery. Página visitada em 05 de agosto de 2012.
  3. a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u v w x y z aa ab ac ad ae af ag ah ai aj ak al am an ao Diego Rodrigues da Silva y Velázquez (em português). Encyclopaedia Britannica do Brasil. Página visitada em 05 de agosto de 2012.
  4. a b c d http://staff.esuhsd.org/balochie/studentprojects/velazquez/index.html
  5. a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u v w Guía de sala VELÁZQUEZ, Francisco Calvo Serraller
  6. a b c d Diego Velázquez (em português). R7. Algo Sobre. Página visitada em 05 da agosto de 2012.
  7. a b c d e Diego Velázquez - Biografia (em português). UOL - Educação. Página visitada em 05 de agosto de 2012.
  8. a b c d e f g h i j k l m http://staff.esuhsd.org/balochie/studentprojects/velazquez/index.html (em inglês)
  9. Bardi, Documentación sobre el hombre y el artista, p. 83.
  10. Corpus velazqueño, p. 40; el 7 de noviembre de 1621 recibió el bautizo Francisca, la octava hermana de Velázquez, cuando este ya había sido padre de dos niñas.
  11. Justi, op. cit., pp. 107-114.
  12. Gállego, op. cit., p. 15.
  13. a b http://www.museodelprado.es/en/the-collection/online-gallery/on-line-gallery/obra/the-family-of-felipe-iv-or-las-meninas/ (em inglês)
  14. http://www.ibiblio.org/wm/paint/auth/velazquez/ (em inglês)

Bibliografia

  • Moser, Wolf (2011) Diego de Silva Velázquez: Das Werk und der Maler 2 Vols. Edition Saint-Georges, Lyon, ISBN 978-3-00-032155-9
  • Salort-Pons, Salvador, "Velázquez en Italia", Fundación de Apoyo a la História del Arte Hispanico, Madrid 2002,ISBN 84-932891-1-6
Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/




Diego Velázquez foi um artista tecnicamente formidável, e na opinião de muitos críticos de arte, insuperável pintor de retratos.
 
A crucificação de Jesus Cristo por Diego Velázquez.
 
 
Ficheiro:Las Meninas, by Diego Velázquez, from Prado in Google Earth.jpg
 
La Familia de Felipe IV, 1656

Mais conhecida como As Meninas esta obra é uma das mais importantes e a mais famosa. Utilizou sua iluminação característica, introduziu um auto-retrato e sua técnica de quadro dentro do quadro.
 
Ficheiro:Diego Velaquez, Venus at Her Mirror (The Rokeby Venus).jpg
 
Vénus olhando-se ao Espelho, 1644-48

Esta obra gerou uma certa polêmica na época, pois não era comum retratar nu feminino, nem mesmo de uma figura mitológica.
 
 
DESCRIÇÃO DAS OBRAS PRINCIPAIS
 
 
AS MENINAS

Nomeada originalmente como A Família, a tela foi salva de um incêndio que atingiu o Palacio Real de Madrid em 1750, passando ao Museu do Prado em 1819 e recebendo, posteriormente, o título de Las Meninas. Embora “menina” seja uma palavra da língua portuguesa, era usada na corte espanhola com o sentido de “dama de companhia”.
É uma das obras pictóricas mais analisadas e comentadas no mundo da arte. Como tema central amostra a infanta Margarida de Áustria, apesar que a pintura apresenta outras personagens, incluída o próprio Velázquez.
O artista resolveu com grande habilidade os problemas de composição do espaço, a perspectiva e a luz, graças ao domínio que tinha do tratamento das cores e tons junto com a grande facilidade para caracterizar as personagens.
Um espelho colocado na parte do fundo da pintura reflete as imagens do rei Filipe IV da Espanha e a sua esposa Mariana de Áustria, segundo uns historiadores, entrando na sessão de pintura, e segundo outros, posando para ser retratados por Velázquez; neste caso seria a infanta Margarida e os seus acompanhantes os que vinham de visita para ver a pintura dos reis.
CRISTO NA CASA DE MARTA & MARIA
Como o título indica, a obra aborda uma temática religiosa, situação que predominava na pintura de Sevilha na época.
A cena principal, no entanto, acontece em um segundo plano da composição, pois pessoas comuns ocupam o primeiro plano.
O que Velázquez fez foi trazer o tema religioso para o cotidiano popular da época.
Esta abordagem de Velázquez é contrária (e inovadora) àquilo que caracterizava a pintura de Sevilha.
Ele introduziu elementos próprios da pintura de Natureza-Morta, como alimentos, objetos e utensílios domésticos, e da Pintura de gênero, como os afazeres domésticos, na representação de uma passagem bíblica (sobre arte com temática religiosa.
O TRIUNFO DE BACOS
A pintura apresenta uma cena em que aparecem o deus Baco coroando, com uma coroa de folhas de videira, um dos sete bêbados a sua volta.
O homem coroado pode ser um poeta inspirado pelo vinho. Outro personagem semi-mitológico observa a coroação.
Alguns dos personagens que acompanham a coroação olham para o espectador e sorriem.
Baco é representado como o deus que recompensou ou presenteou o ser humano com o vinho, que temporariamente os livra de seus problemas.
Na literatura barroca, Baco é considerado uma alegoria sobre libertação humana da escravidão da vida diária.
É possível que Velázquez tenha feito uma paródia da alegoria, por considerá-la medíocre.
Na obra, o deus é representado como uma pessoa, mas sua pele é mais clara que a dos demais, para que possa ser mais facilmente reconhecido.
A cena pode ser dividida em duas partes. À esquerda, há a figura de Baco, bem iluminada, semelhante ao estilo italiano inspirado por Caravaggio.
Baco e o personagem atrás dele remetem à mitologia clássica e são representados da maneira tradicional.
Nota-se a idealização da face do deus, a luz que o ilumina e um estilo mais classicista.
O lado direito apresenta alguns bêbados, homens da rua que nos convidam a entrar na festa, com uma atmosfera bem espanhola, similar ao estilo de José de Ribera.
Não há nenhuma idealização neles, que apresentam faces grandes e desgastadas.
A luz que ilumina Baco não está presente neste lado, e as figuras são imersas em um chiaroscuro evidente. Ademais, as pinceladas são mais impressionistas.
Velázquez introduz nesta obra um aspecto provando em um assunto mitológico, uma tendência que ele viria a cultivar mais durante os anos seguintes.
Há vários elementos que dão naturalismo à obra, como a garrafa e o jarro que aparecem no chão, próximas ao pé do deus, e o realismo do corpo da divindade.
Jogando com o brilho, Velázquez deu relevo e texturas à garrafa e ao jarro, criando algo similar a uma natureza morta. Estes objetos são bastante similares aos que aparecem em pinturas do período sevilhano de Velázquez.



VENUS AO ESPELHO
Vénus olhando-se ao espelho ou La venus del espejo é uma pintura de Diego Velázquez (1599-1660) que se encontra na National Gallery em Londres, onde é exibida como The Toilet of Venus ou The Rokeby Venus. O apelido “Rokeby” provém de que durante todo o século XIX estava no Rokeby Hall de Yorkshire. Anteriormente pertenceu à Casa de Alba e a Godoy, época na que seguramente se conservava no Palácio de Buenavista de Madrid.

A obra representa a deusa Vênus numa pose erótica, deitada sobre uma cama e olhando a um espelho que sustém o deus do amor sensual, o seu filho Cupido. Trata-se de um tema mitológico ao que Velázquez, como é usual em ele, dá trato mundano. Não trata a figura como uma deusa senão, simplesmente, como uma mulher. Esta vez, porém, prescinde do toque irônico que emprega com Baco, Marte ou Vulcano.

A RENDIÇÃO DE BREDA



Velázquez desenvolve o tema sem vanglória nem sangue. Os dois protagonistas estão no centro da cena e parecem dialogar mais como amigos do que como inimigos.

Justino de Nassau aparece com as chaves de Breda na mão e faz ademão de ajoelhar-se, o qual é impedido pelo seu adversário que põe uma mão sobre seu ombro para evitar que se humilhe.

Neste senso, é uma ruptura com a tradicional representação do herói militar, que costumava representar-se erguido sobre o derrotado, humilhando-o. Igualmente afasta-se do hieratismo que dominava os quadros de batalhas.
 
Fonte:http://codigodacultura.wordpress.com/2010/07/08/diego-velasquez-obras/
 
 
OUTRAS OBRAS
 
 
 
Manta de José Suja de Sangue
 
 
The Spinners
 
 
Cristo na Casa de Maria e Marta
 
 
A Ceia em Emaús
 
 
Marguarite
 
 
Príncipe Carlos Baltazar com Caçador
 
 
Uma Mulher Velha Cozinhado Ovos
 
 
Caçador com Cão
 
 
Abade de Santo Antônio e São Paulo
 
 
O Waterseller de Sevilha
 
 
A Festa de Baco
 
 
Retrato Alegórico de Philip IV
 
 
Fonte:http://cult.nucleo.inf.br/index.php
 
 

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