O QUE É O ISLAMISMO ?








O que é islamismo, Islã e muçulmano?

O islamismo é a religião fundada pelo profeta Maomé no início do século VII, na região da Arábia. O Islã é o conjunto dos povos de civilização islâmica, que professam o islamismo; em resumo, é o mundo dos seguidores dessa religião. O muçulmano é o seguidor da fé islâmica, também chamado por alguns de islamita. O termo maometano às vezes é usado para se referir ao muçulmano, mas muitos rejeitam essa expressão - afinal, a religião seria de devoção a Deus, e não ao profeta Maomé.


De onde vem o termo Islã?

Em árabe, Islã significa "rendição" ou "submissão" e se refere à obrigação do muçulmano de seguir a vontade de Deus. O termo está ligado a outra palavra árabe, salam, que significa "paz" - o que reforça o caráter pacífico e tolerante da fé islâmica. O termo surgiu por obra do fundador do islamismo, o profeta Maomé, que dedicou a vida à tentativa de promover a paz em sua Arábia natal.


Todos os muçulmanos são árabes?

Esta é uma das mais famosas distorções a respeito do Islã. Na verdade, o Oriente Médio reúne somente cerca de 18% da população muçulmana no mundo - sendo que turcos, afegãos e iranianos (persas) não são sequer árabes. Outros 30% de muçulmanos estão no subcontinente indiano (Índia e Paquistão), 20% no norte da África, 17% no sudeste da Ásia e 10% na Rússia e na China. Há minorias muçulmanas em quase todas as partes do mundo, inclusive nos EUA (cerca de 6 milhões) e no Brasil (entre 1,5 milhão e 2 milhões). A maior comunidade islâmica do mundo vive na Indonésia.


As raízes do islamismo são conflitantes com as origens do cristianismo e judaísmo?
Não. Assim como as duas outras grandes religiões monoteístas, as raízes do islamismo vêm do profeta Abraão. O profeta Maomé, fundador do islamismo, seria descendente do primeiro filho de Abraão, Ismael. Moisés e Jesus seriam descendentes do filho mais novo de Abraão, Isaac. Abraão, o patriarca do judaísmo, estabeleceu as bases do que hoje é a cidade de Meca e construiu a Caaba - todos os muçulmanos se voltam a ela quando realizam suas orações.

Os muçulmanos acreditam num Deus diferente?
Não, pois Alá é simplesmente a palavra árabe para "Deus". A aceitação de um Deus único é idêntica à de judeus e cristãos. Deus tem o mesmo nome no judaísmo, no cristianismo e no islamismo, e Alá é o mesmo Deus adorado pelos judeus, cristãos e muçulmanos.

Como alguém se torna muçulmano?
Não é preciso ter nascido muçulmano ou ser casado com um praticante da religião. Também não é necessário estudar ou se preparar especialmente para a conversão. Uma pessoa se torna muçulmana quando proferir, em árabe e diante de uma testemunha, que "não há divindade além de Deus, e Mohammad é o Mensageiro de Deus". O processo de conversão extremamente simples é apontado como um dos motivos para a rápida expansão do islamismo pelo mundo. A jornada para a prática completa da fé, contudo, é muito mais complexa. Nessa tarefa, outros muçulmanos devem ajudar no ensinamento.

Os muçulmanos praticam uma religião violenta ou extremista?
Uma minoria entre os cerca de 1,3 bilhão de praticantes da religião é adepta de interpretações radicais dos ensinamentos de Maomé. Entre eles, a violência contra outros povos e religiões é considerada uma forma de garantir a sobrevivência do Islã em seu estado puro. Para a maioria dos seguidores do islamismo, contudo, a religião muçulmana é de paz e tolerância.

O Islã oprime a mulher?
A base da religião muçulmana não determina qualquer tipo de discriminação grave contra a mulher. No entanto, as interpretações radicais das escrituras deram origem a casos brutais. A opressão contra a mulher é comum nos países que seguem com rigor a Sharia, a lei islâmica, e têm tradições contrárias à libertação da mulher. Assim, o problema da opressão à mulher muçulmana não é causado pela crença islâmica em si - ele surgiu em culturas que incorporaram tradições prejudiciais às mulheres. Um ótimo exemplo disso é o fato de que o uso de véus e a adoção de outros costumes que causam estranheza no Ocidente muitas vezes são mantidos por mulheres mesmo quando não há nenhuma obrigação. Ou seja: os hábitos estão integrados às culturas, não necessariamente à religião.

Os muçulmanos são mais atrasados do que os povos ocidentais?
Durante séculos, as civilizações do Islã foram muito superiores às ocidentais. A combinação de idéias orientais e ocidentais provocou grandes avanços na Medicina, Matemática, Física, Arquitetura e Artes, entre outras áreas. Muitos elementos importantes para o avanço do homem, como os instrumentos de navegação marítima e os sistemas algébricos, surgiram no Islã. Nos últimos séculos, contudo, os povos do ocidente conquistaram a supremacia das novas descobertas. A religião islâmica não pode ser apontada como origem do abismo crescente entre algumas potências do Ocidente e alguns países subdesenvolvidos do Islã. O fundamentalismo muçulmano, contudo, é visto por muitos especialistas como enorme barreira ao avanço destes povos orientais.

O Islã é um obstáculo para a democracia?
Os especialistas se dividem em relação a esse assunto. Para muitos, a religião e cultura islâmica formou sociedades em que os princípios democráticos não ganham espaço nem atraem as pessoas. Quem acredita nessa linha de pensamento consideram que é inútil tentar impor regimes democráticos no Islã - a própria população não estaria disposta a abraçar a mudança. Mas outros analistas dizem que o islamismo não impede o florescimento da democracia, e que os países muçulmanos têm ditaduras e monarquias por causa de outros fatores. Seja qual for a explicação, o fato é que as democracias são raras no Islã: só a Indonésia, a Turquia e Bangladesh têm esse tipo de regime.



OS PAÍSES COM MAIORIA ISLÂMICA NO ORIENTE MÉDIO

Arábia Saudita95% de muçulmanos sunitas, 5% de muçulmanos xiitas

Berço do Islã, abriga as cidades sagradas de Meca e Medina e adota uma interpretação conservadora da lei islâmica. País natal de Osama bin Laden e de quinze dos 19 seqüestradores dos aviões de 11 de setembro de 2001. Em função de sua boa relação com os EUA, a família real sofre a oposição de vários grupos radicais, incluindo a rede Al Qaeda. Sabe-se, porém, que muitas figuras importantes ajudam a financiar os terroristas muçulmanos.


Irã
89% de muçulmanos xiitas, 10% de muçulmanos sunitas

O país se tornou uma República Islâmica depois da revolução de 1979. Desde então, os aiatolás são a autoridade política máxima, cujo poder se sobrepõe ao do presidente e do parlamento, eleitos em votação popular. Desde o fim da década de 90, o Irã vive uma luta entre os clérigos conservadores e os reformistas, que defendem a flexibilização do regime islâmico.


Iraque
60% de muçulmanos xiitas, 32% de muçulmanos sunitas

No regime de Saddam Hussein (um sunita), o estado era secular, e manifestações religiosas eram proibidas dentro da estrutura do governo. Com a queda do ditador, a maioria xiita pretende ter um papel mais influente no comando do país. A guerra teve um efeito contrário ao esperado pelos EUA: o fanatismo religioso e o terrorismo ligado à religião estão mais fortes que na época de Saddam.


Egito
94% de muçulmanos sunitas

O governo e o sistema judicial são seculares, mas as leis familiares são baseadas na religião e a atuação de grupos radicais ainda é grande. O Egito é o local de origem da primeira facção radical do Islã, a Irmandade Muçulmana, e deu origem também ao grupo Jihad Islâmica. Depois da execução do presidente Anuar Sadat pelos radicais, em 1981, o governo prendeu e matou milhares de pessoas na repressão ao extremismo religioso.


Territórios palestinos
90% de muçulmanos

A sociedade e a política palestinas têm fortes tradições seculares. A revolta contra Israel, no entanto, deu força a grupos religiosos radicais (Hamas, Jihad Islâmica, Brigadas de Mártires de Al Aqsa) e a influência do islamismo na política tornou-se dominante.


Líbano
41% de muçulmanos xiitas e 27% de muçulmanos sunitas

Com uma formação de governo que reflete a distribuição religiosa da população (primeiro-ministro é sempre sunita e o presidente do parlamento, xiita), é a terra do grupo radical Hezbolá. Para os EUA, o Hezbolá é uma organização terrorista; para o Líbano, um movimento legítimo de resistência contra os israelenses e uma organização política legalizada.


Jordânia
92% de muçulmanos sunitas

A família real está no poder desde a independência, em 1946 - e sua aceitação se baseia no fato de que os príncipes seriam descendentes diretos do profeta Maomé. A sociedade é conservadora e a interpretação do Islã é rigorosa - costumes de séculos atrás são mantidos graças à religião.


Outros países de maioria muçulmana: Iêmen, Omã, Emirados Árabes Unidos, Catar, Bahrein, Kuwait, Síria.

Fonte:http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/islamismo/perguntas.html

Um pouco de História


    Islam, em árabe significa submissão à vontade de Deus e os muçulmanos são os adeptos desta fé. É uma religião iniciada na Arábia por Maomé. Maomé nasceu em Meca (Arábia Saudita) entre os anos 570 e 580 d.C. filho de pais pobres, ficou órfão muito cedo tendo de trabalhar como pastor. Entretanto entrou ao serviço de uma viúva rica, como condutor de camelos. Impressionada pela sua inteligência e beleza, casa com ele apesar de muito mais novo.
    A sua vida de comerciante rico alterou-se profundamente ao ser alvo de visões numa caverna perto de Meca, numa noite de 611. O próprio Anjo Gabriel, aparecendo-lhe numa nuvem de luz, anuncia-lhe que ele é o profeta de Allah (nome árabe de Deus).
    Iniciou então as suas pregações, as quais foram alvo de tremendas contestações por parte dos habitantes da sua terra natal. Prega contra o politeísmo e a idolatria. Perseguido, Maomé fugiu para Latrebe, actual Medina e cidade rival de Meca. A esta fuga deu-se o nome de Hégira. Estávamos então no ano 622 d.C. Esta data constitui o início da contagem cronológica islâmica.
    Lá, depressa se tomou importante a nível político, social, e militar. E em 630, conquistou pela força Meca, tendo-a reconhecido como lugar de peregrinação.

O Livro Sagrado

 

   O Alcorão (leitura ou recitação) é o livro que contém as revelações do arcanjo Gabriel feitas ao profeta Maomé. Ensina preceitos religiosos, dogmas e moral. Consta de 114 capítulos (suras). Contém não só louvores e alusões às características de Allah como também descrições do paraíso e juízo final, lendas judaicas e cristãs e normas sociais.


 A fé

    O Islão é ao mesmo tempo uma fé religiosa e uma comunidade social e política. A doutrina enfatiza um monoteísmo rígido. Deus é único e é o Deus do patriarca Abraão ­Allah. Deus é uno e não trino, é transcendente e omnipotente. O muçulmano crê nos anjos bons e nos maus. Para ele, Allah revelou-se através de muitos profetas – Abraão, Moisés, Jesus – mas o maior profeta é Maomé.

O culto

Os muçulmanos têm cinco obrigações fundamentais:
    - profissão de fé na unidade de Deus, Allah, e a missão do Profeta Maomé, emitindo repetidamente que “Não há outra divindade senão Allah e Maomé éo seu Profeta” («Lã ilãh illã'llah Mohammad rasoul Allãh»).
    - oração feita 5 vezes por dia, ajoelhando num tapete, voltado para Meca. A oração é um acto de adoração a Allah. As roupas e o corpo devem estar limpos de todas as impurezas. Além disso, no homem, a parte do corpo entre o umbigo e os joelhos deve estar tapada e, na mulher, só as mãos e a cara poderão estar destapadas.
    - esmola islâmica (zakat) – é a quantia, em géneros ou em dinheiro, que o Muçulmano que possui meios deve distribuir entre os necessitados. O zakat é obrigatório para quem tem em seu poder, durante um ano, ouro com o peso mínimo de 88 gramas ou prata como peso mínimo de 612 gramas.
    - jejum do Ramadão – é o acto de se abster de comer, beber, fumar, etc. durante um mês, desde o nascer até ao pôr do sol. Estão dispensadas as crianças, os dementes, os inválidos, os idosos e os fracos. O viajante, o doente ou a mulher que amamenta, podem adiar este jejum. É feito no mês de Ramadão, mês em que Allah revelou o Alcorão.
   
- peregrinação a Meca – Deve fazer-se uma vez na vida, se as circunstâncias o permitirem, isto é, se estiverem em condições físicas e materiais para empreenderem a viagem. Lá, devem dar sete voltas à Caaba.

Festas

      
Aid es-Seghír
            Esta festa dura três dias e realiza-se no mês de Chawwál. Celebra o fim do jejum e dá ocasião às pessoas de se encontrarem, trocar prendas e desejarem votos de felicidade.
      
Achura
            Significa "o décimo" – é no dia 10 do mês de Muharram. Foi nesse dia que Deus teria criado Adão e Eva, tal como o Paraíso e o Inferno. É um dia de jejum, mas à tarde, os crentes, fiéis às tradições, comem uma espécie de gelado composto de toda a espécie de frutos secos. São precisas 40 espécies de ingredientes e coze, em fogo brando, horas e horas.
      
Aíd eI-Adha
            A seguir ao Ramadão, a festa mais importante é a do Sacrifício. É semelhante àquela. Responde a uma das prescrições do Corão. Este manda sacrificar animais, segundo os ritos sagrados, para agradecer ao Senhor que multiplicou os animais úteis ao ser humano. Algum tempo antes da festa, chegam rebanhos às cidades e os vendedores conduzem-nos de rua em rua até venderem tudo. Depois de comprado o carneiro, é lavado, escovado, ornamentado com fitas. Depois é morto. A sua carne é distribuída pelos pobres. O proprietário apenas guarda os miúdos. Esta festa celebra o holocausto oferecido a Deus por Abraão.
      
Mouloud
            Os muçulmanos celebram no dia 12 do mês de Rabiul-awwal o nascimento de Maomé. Nesse dia, os crentes vão às mesquitas e ouvem a vida do profeta. Os ricos distribuem esmolas e oferecem um animal em sacrifício. É também costume nesse dia ir aos túmulos dos parentes mais próximos. Na Turquia, por causa das lâmpadas que ornam as mesquitas à noite, chama-se "noite das lâmpadas".

            Os árabes utilizam o calendário lunar. O ano tem doze meses que começam com o aparecimento duma lua nova. São meses de vinte e nove ou trinta dias conforme a lunação, de modo que o ano tem 354 dias e nove horas.
            Em relação ao nosso calendário, o calendário muçulmano encontra-se desfasado cerca de onze dias. Por este motivo, as festas podem ocorrer na Primavera, Verão, Outono ou Inverno à medida que os anos vão passando.
            Além disso, é preciso sabermos que eles contam os anos e séculos a partir da Hégira, emigração de Maomé para Medina, pelo que no ano de 1990, da era cristã, os muçulmanos estavam no ano 1410.


Fonte:http://religioes.home.sapo.pt/islamismo.htm

ORIGEM ,PRINCÍPIOS E TRADIÇÕES

Islamismo, Islão (português europeu) ou Islã (português brasileiro) (em árabe: إسلام, transl. Islām) é uma religião abraâmica monoteísta articulada pelo Corão, um texto considerado por seus seguidores como a palavra literal de Deus (em árabe: الله, Allāh), e pelos ensinamentos e exemplos normativos (a chamada suna, parte do hadith) de Maomé, considerado pelos fiéis como o último profeta de Deus. Um adepto do islamismo é chamado de muçulmano.
Os muçulmanos acreditam que Deus é único e incomparável e o propósito da existência é adorá-Lo.[1] Eles também acreditam que o islã é a versão completa e universal de uma fé primordial que foi revelada em muitas épocas e lugares anteriores, incluindo por meio de Abraão, Moisés e Jesus, que eles consideram profetas.[2] Os seguidores do islã afirmam que as mensagens e revelações anteriores foram parcialmente alteradas ou corrompidas ao longo do tempo,[3] mas consideram o Alcorão como uma versão inalterada da revelação final da Deus.[4] Os conceitos e as práticas religiosas incluem os cinco pilares do islã, que são conceitos e atos básicos e obrigatórios de culto, e a prática da lei islâmica, que atinge praticamente todos os aspectos da vida e da sociedade, fornecendo orientação sobre temas variados, como sistema bancário e bem-estar, à guerra e ao meio ambiente.[5][6]
A maioria dos muçulmanos pertencem a uma das duas principais denominações; com 80% a 90% sendo sunitas e 10% a 20% sendo xiitas.[7] Cerca de 13% de muçulmanos vivem na Indonésia, o maior país muçulmano do mundo.[8] 25% vivem no Sul da Ásia,[8] 20% no Oriente Médio,[9] 2% na Ásia Central, 4% nos restantes países do Sudeste Asiático e 15% na África Subsaariana. Comunidades islâmicas significativas também são encontradas na China, na Rússia e em partes da Europa. Comunidades convertidas e de imigrantes são encontradas em quase todas as partes do mundo (veja: muçulmanos por país). Com cerca de 1,41-1,57 bilhão de muçulmanos, compreendendo cerca de 21-23% da população mundial,[10] o islã é a segunda maior religião e uma das que mais crescem no mundo.[11][12]

Etimologia

Islão provem do árabe Islām, que por sua vez deriva da quarta forma verbal da raiz slm, aslama, e significa "submissão (a Deus)".[13] Segundo o arabista e filólogo José Pedro Machado, a palavra "Islão" não teria surgido na língua portuguesa antes de 1843, ano em que aparece no capítulo IX da obra Eurico, o Presbítero, de Alexandre Herculano.[14]
O Islão é descrito em árabe como um "diin", o que significa "modo de vida" e/ou "religião" e possui uma relação etimológica com outras palavras árabes como Salaam ou Shalam, que significam "paz".[15]
Muçulmano, por sua vez, deriva da palavra árabe muslim (plural, muslimún), particípio activo do verbo aslama, designando "aquele que se submete". O vocábulo pode ter penetrado no português a partir do castelhano, sendo provável que essa língua o tenha tomado do italiano ou do francês, línguas nas quais o vocábulo surge em 1619 e 1657, respectivamente (no primeiro caso como mossulmani, na obra Viaggi, de Pietro della Valle, e no segundo como mousulmans, na obra Voyages, de Le Gouz de la Boullaye).[16]
Em textos mais antigos, os muçulmanos eram conhecidos como "maometanos", este termo tem vindo a cair em desuso porque implica, incorrectamente, que os muçulmanos adoram Maomé (como, durante alguns séculos, por completo desconhecimento, o Ocidente pensou), o que torna o termo ofensivo para muitos muçulmanos. Durante a Idade Média e, por extensão, nas lendas e narrativas populares cristãs, os muçulmanos eram também designados como sarracenos e também por mouros (embora este último termo designasse mais concretamente os muçulmanos naturais do Magrebe, que se encontravam na Península Ibérica).
Islão pode se referir também ao conjunto de países que seguem esta religião (a jurisprudência islâmica utiliza nesse caso a expressão Dar-al-Islam, "casa do Islão").

Crenças

O Islão ensina seis crenças principais:
  1. a crença em um único Deus;
  2. a crença nos anjos, seres criados por Deus;
  3. a crença nos livros sagrados, entre os quais se encontram a Torá, os Salmos e o Evangelho. O Alcorão é o principal e mais completo livro sagrado, constituindo a colectânea dos ensinamentos revelados por Deus ao profeta Maomé;
  4. a crença em vários profetas enviados à humanidade, dos quais Maomé é o último;
  5. a crença no dia do Julgamento Final, no qual as acções de cada pessoa serão avaliadas;
  6. a crença na predestinação: Deus tudo sabe e possui o poder de decidir sobre o que acontece a cada pessoa.

Deus


Alá (Allah) em árabe.

A pedra basilar da fé islâmica é a crença estrita no monoteísmo. Deus é considerado único e sem igual. Cada capítulo do Alcorão (com a exceção de um) começa com a frase "Em nome de Deus, o beneficente, o misericordioso". Uma das passagens do Alcorão frequentemente usadas para ilustrar os atributos de Deus é a que se encontra no capítulo (sura) 59:
"Ele é Deus e não há outro deus senão Ele, que conhece o invisível e o visível. Ele é o Clemente, o Misericordioso!
Ele é Deus e não há outro deus senão Ele. Ele é o Soberano, o Santo, a Paz, o Fiel, o Vigilante, o Poderoso, o Forte, o Grande! Que Deus seja louvado acima dos que os homens lhe associam!
Ele é Deus, o Criador, o Inovador, o Formador! Para ele os epítetos mais belos" (59, 22-24).
Ver noventa e nove nomes de Alá para uma visão muçulmana sobre os atributos de Deus.

Os anjos

Os anjos são, segundo o Islão, seres criados por Deus a partir da luz. Não possuem livre arbítrio, dedicando-se apenas a obedecer a Deus e a louvar o seu nome. Maomé nada disse sobre o sexo dos anjos, mas rejeitou a crença dos habitantes de Meca, de acordo com a qual eles seriam os filhos de Deus.[17] Desempenham vários papéis, entre os quais o anúncio da revelação divina aos profetas; protegem os seres humanos e registram todas as suas acções. O anjo mais famoso é Gabriel, que foi o intermediário entre Deus e o profeta.
Para além dos anjos, o islamismo reconhece a existência dos jinnis, espíritos que habitam o mundo natural e que podem influenciar os acontecimentos. Ao contrário dos anjos, os jinnis possuem vontade própria; alguns são bons, mas de uma forma geral são maus. Um desses espíritos maus é Iblis (Satanás), também ele um jinn, segundo a crença islâmica, que desobedeceu a Deus e dedica-se a praticar o mal.

Os livros sagrados

Os muçulmanos acreditam que Deus usou profetas para revelar escrituras aos homens. A revelação dada a Moisés foi a Taura (Torá), a Davi foram dados os Salmos e a Jesus o Evangelho. Deus foi revelando a sua mensagem em escrituras cada vez mais abrangentes que culminaram com o Alcorão, o derradeiro livro revelado a Muhammad.

Os profetas


Miniatura persa que retrata a ascensão de Maomé ao céu.

O islamismo ensina que Deus revelou a sua vontade à humanidade através de profetas. Existem dois tipos de profeta: os que receberam de Deus a missão de dar a conhecer aos homens a vontade divina (anbiya; singular nabi) e os que para além dessa função lhes foi entregue uma escritura revelada (rusul; singular rasul, "mensageiro")
Cada profeta foi encarregado de relembrar a uma comunidade a existência ou a unicidade de Deus, esquecida pelos homens. Para os muçulmanos, a lista dos profetas inclui Adão, Abraão (Ibrahim), Moisés (Musa), Jesus (Isa) e Maomé (Muhammad), todos eles pertencentes a uma sucessão de homens guiados por Deus. Maomé é visto como o Último Mensageiro, trazendo a mensagem final de Deus a toda a humanidade sob a forma do Alcorão, sendo por isso designado como o "Selo dos Profetas". Quando Maomé começou a revelar o Alcorão, ele não acreditou que isso teria proporções mundiais, mas sim que somente reforçaria a fé no Deus.
Esses profetas eram humanos mortais comuns, o Islão exige que o crente aceite todos os profetas, não fazendo distinção entre eles. No Alcorão, é feita menção a vinte e cinco profetas específicos.
Os muçulmanos acreditam que Maomé foi um homem leal, como todos os profetas, e que os profetas são incapazes de acções erradas (ou mesmo testemunhar acções erradas sem falar contra elas), por vontade de Deus.

O dia do Julgamento Final

Segundo as crenças islâmicas, o dia do Julgamento Final (Yaum al-Qiyamah) é o momento em que cada ser humano será ressuscitado e julgado na presença de Deus pelas acções que praticou. Os seres humanos livres de pecado serão enviados directamente para o Paraíso, enquanto que os pecadores devem permanecer algum tempo no Inferno, antes de poderem também entrar no Paraíso. As únicas pessoas que permanecerão para sempre no Inferno são os hipócritas religiosos, isto é, aqueles que se diziam muçulmanos, mas de facto nunca o foram.
Segundo a mesma crença, a chegada do Julgamento Final será antecedida por vários sinais, como o nascimento do Sol no poente, o som de uma trombeta e o aparecimento de uma besta. De acordo com o Alcorão, o mundo não acabará verdadeiramente, mas sofrerá antes uma alteração profunda.

A predestinação

Os muçulmanos acreditam no quadar, uma palavra geralmente traduzida como "predestinação", mas cujo sentido mais preciso é "medir" ou "decidir quantidade ou qualidade". Uma vez que, para o islamismo, Deus foi o criador de tudo, incluindo dos seres humanos, e sendo uma das suas características a omnisciência, ele já sabia, quando procedeu à criação, as características que cada elemento da sua obra teria. Assim sendo, cada coisa que acontece a uma pessoa foi determinada por Deus. Essa crença não implica a rejeição do livre arbítrio, pois o ser humano foi criado por Deus com a faculdade da razão, pelo que pode escolher entre praticar acções positivas ou negativas.

Os cinco pilares do Islão


A peregrinação (Hajj) a Meca é um dos "cinco pilares do Islão".
Os cinco pilares do Islão são cinco deveres básicos de cada muçulmano:[18]
  1. a recitação e aceitação da crença (Chahada ou Shahada);
  2. orar cinco vezes ao longo do dia (Salá,Salat ou Salah);
  3. pagar esmola (Zakat ou Zakah);
  4. observar o jejum no Ramadão (Saum ou Siyam);
  5. fazer a peregrinação a Meca (Haj) se tiver condições físicas e financeiras.
Os muçulmanos xiitas consideram ainda três práticas como essenciais à religião islâmica: além da jihad, que também é importante para os sunitas, há o Amr-Bil-Ma'rūf, "exortar o bem", que convoca todos os muçulmanos a viver uma vida virtuosa e encorajar os outros a fazer o mesmo; e o Nahi-Anil-Munkar, "proibir o mal", que orienta os muçulmanos a se abster do vício e das más ações, e também encorajar os outros a fazer o mesmo.[19]
Alguns grupos kharijitas existentes na Idade Média consideravam a jihad como o "sexto pilar do Islão". Actualmente alguns grupos do xiismo ismaelita entendem a "fidelidade ao Imam" como sexto pilar do Islão.[carece de fontes?]

A profissão de fé (Chahada)

A profissão de fé consiste numa frase - que deve ser dita com a máxima sinceridade - através da qual cada muçulmano atesta que "não há outro deus senão Deus e Maomé é seu servo e mensageiro".[20] No entanto, os muçulmanos xiitas têm por costume acrescentar "e Ali ibn Abi Talib é amigo de Deus"[carece de fontes?]. Essa frase também é dita quando se chama à oração (adhan).
De acordo com a maioria das escolas islâmicas[carece de fontes?], para se converter ao Islão é necessário proclamar três vezes a chahada ("testemunho") perante duas testemunhas: "Achadu ala ilaha ila Allah. Achadu ana Mohammad Rassululah" ("Testemunho que não há outra divindade senão Deus. Testemunho que Maomé é seu profeta mensageiro").

O Salat (a oração)

A oração no Islão (conhecida como Salá) é composta por cinco partes, todas espalhadas durante o dia e a noite, iniciando pela alvorada até à noite. Considerada o ponto mais próximo que se pode chegar de Deus. No Islão, não há obrigatoriamente hierarquia entre os adeptos, porém a comunidade, conhecida como ummah, escolhe uma pessoa com conhecimento suficiente para dirigir a adoração.[21]
Durante essas orações, são recitadas suratas do Alcorão, geralmente ditas em árabe, conduzidas pelo escolhido entre a comunidade. Não existe restrição para que o crente reze fora da mesquita, tampouco isso é uma desbonificação de sua oração, que pode ser feita em qualquer lugar, desde que tenha feito antes sua purificação.[18]
A purificação é realizada através da higiene especifica e detalhada, que consiste basicamente em lavar as mãos, os antebraços, a boca, as narinas, a face; em passar água pelas orelhas, pela nuca, pelo cabelo e pelos pés.[21]
Se um muçulmano se encontrar numa área sem água ou numa área onde o uso da água não é aconselhável (porque poderia causar uma doença), pode substituir as abluções pelo uso simbólico de areia ou terra (tayammum). A oração abre-se com a orientação do crente na direcção de Meca (qibla).[21]

A contribuição de purificação (Zakat)

O Islão estabelece que cada muçulmano deve pagar anualmente uma certa quantia, calculada a partir dos seus rendimentos, que será distribuída pelos pobres ou por outros beneficiários definidos pelo Alcorão (prisioneiros, viajantes, endividados…). Essa contribuição é encarada como uma forma de purificação e de culto. A quantia corresponde a 2,5% do valor dos bens em dinheiro, ouro e prata, mas o valor pode variar se se tratar, por exemplo, de produtos agrícolas (nesse caso a contribuição pode chegar a 10% da colheita agrícola).
Quem tiver possibilidades pode ainda contribuir, de forma voluntária, com outras doações (sadaqa), mas é importante que o faça em segredo e sem ser movido pela vaidade. O anúncio dessas doações somente poderá ser feito se isso contribuir para que outras pessoas sejam motivadas a fazer o mesmo (caso de personalidades e pessoas proeminentes da sociedade), e esse ato deve ser sincero, mesmo que em público.

O jejum no mês do Ramadão (Saum)

Durante o Ramadão (o nono mês do calendário islâmico), cada muçulmano adulto deve abster-se de alimento, de bebida, de fumar e de ter relações sexuais, desde o nascer até ao pôr-do-sol. Os doentes, os idosos, os viajantes, as grávidas ou as mulheres lactantes estão dispensados do jejum. Em compensação, essas pessoas devem alimentar um pobre por cada dia que faltaram ao jejum ou então realizá-lo noutra altura do ano. O jejum é interpretado como uma forma de purificação, de aprendizagem do auto-controlo e de desenvolvimento da empatia por aqueles que passam fome ou outras necessidades.
O mês de Ramadão termina com o dia de celebração conhecido como Eid ul-Fitr, durante o qual os muçulmanos agradecem a Deus a força que lhes foi concedida para levar a cabo o jejum. As casas são decoradas e é hábito visitar os familiares. Essa comemoração serve também para o perdão e a reconciliação entre pessoas desavindas.

A peregrinação (Hajj)

Esse pilar consiste na peregrinação a Meca, obrigatória pelo menos uma vez na vida para todos os que gozem de saúde e disponham de meios financeiros. Ocorre durante o décimo segundo mês do calendário islâmico.
Os muçulmanos vestem-se com um traje especial todo branco, antes de chegar a Meca, para que todos estejam igualmente vestidos e não haja distinção de classes. Durante toda a peregrinação, não se preocupam com o seu aspecto físico. Depois de praticarem sete voltas em torno da Kaaba, os peregrinos correm entre as duas colinas de Safa e Marwa. Na última parte do Hajj, os muçulmanos devem passar uma tarde na planície de Arafat, onde Maomé disse o seu "Último Sermão". Os rituais chegam ao fim com o sacrifício de carneiros e bodes.

O Alcorão

Os ensinamentos de Alá (Allah, a palavra árabe para Deus) estão contidos no Alcorão (Qur'an, "recitação"). Os muçulmanos acreditam que Maomé recebeu esses ensinamentos de Deus por intermédio do anjo Gabriel (Jibrīl), através de revelações que ocorreram entre 610 e 632 d.C. Maomé recitou essas revelações aos seus companheiros, muitos dos quais se diz terem memorizado e escrito no material que tinham à disposição (omoplatas de camelo, folhas de palmeira, pedras…).
As revelações a Maomé foram mais tarde reunidas em forma de livro. Considera-se que a estruturação do Alcorão como livro ocorreu entre 650 e 656, durante o califado de Otman.

O livro sagrado do Islã, o Alcorão.

O Alcorão está estruturado em 114 capítulos chamados suras. Cada sura está por sua vez subdividida em versículos chamados ayat. Os capítulos possuem tamanho desigual (o menor possui apenas três versículos e os mais longos 286 versículos) e a sua disposição não reflete a ordem da revelação. Considera-se que 92 capítulos foram revelados em Meca e 22 em Medina. As suras são identificadas por um nome, que é em geral uma palavra distintiva surgida no começo do capítulo ("A Vaca", "A Abelha", "O Figo").
Uma vez que os muçulmanos acreditam que Maomé foi o último de uma longa linha de profetas, eles tomam a sua mensagem como um depósito sagrado e tomam muito cuidado com ela, assegurando que a mensagem tenha sido recolhida e transmitida de uma maneira a não trair esse legado. Essa é a principal razão pela qual as traduções do Alcorão para as línguas vernáculas são desencorajadas, preferindo-se ler e recitar o Alcorão em árabe. Muitos muçulmanos memorizam uma porção do Alcorão na sua língua original e aqueles que memorizaram o Alcorão por inteiro são conhecidos como hafiz (literalmente "guardião").
A mensagem principal do Alcorão é a da existência de um único Deus, que deve ser adorado. Contém também exortações éticas e morais, histórias relacionadas com os profetas anteriores a Muhammad (que foram rejeitados pelos povos aos quais foram enviados), avisos sobre a chegada do dia do Juízo Final, bem como regras relacionadas com aspectos da vida diária, como o casamento e o divórcio.
Além do Alcorão, as crenças e práticas do Islão baseiam-se na literatura hadith, que para os muçulmanos clarifica e explica os ensinamentos do profeta.

Autoridade religiosa

Não há uma autoridade oficial que decide se uma pessoa é aceita ou excluída da comunidade de crentes. O Islão é aberto a todos, independentemente de raça, idade, género ou crenças prévias. É suficiente acreditar na doutrina central do islamismo, acto formalizado pela recitação da chahada, o enunciado de crença do Islão, sem o qual uma pessoa não pode ser considerada um muçulmano.
Embora não exista no islamismo uma estrutura clerical semelhante à existente nas denominações cristãs, existe contudo um grupo de pessoas reconhecidas pelo seu conhecimento da religião e da lei islâmica, denominadas ulemás. Os homens que se destacam pelo seu grande conhecimento da lei islâmica podem receber o título de mufti, sendo responsáveis pela emissão de pareceres sobre determinada questão da lei islâmica; em teoria esses pareceres (fatwas) só devem ser seguidos pela pessoa que o solicitou.

Ramos do Islão


Mapa do mundo muçulmano com as principais escolas da lei islâmica (madhhab).

Há várias denominações no Islão, cada uma com diferenças ao nível legal e teológico. Os maiores ramos são o Islão sunita e o Islão xiita.
O profeta Maomé faleceu em 632 sem deixar claro quem deveria ser o seu sucessor na liderança da comunidade muçulmana (a Umma). Abu Bakr, um dos primeiros convertidos ao islamismo e companheiro do profeta, foi eleito como califa ("representante"), função que desempenhou durante dois anos. Depois da sua morte, a liderança coube durante dez anos a Omar e logo em seguida a Otman, durante doze anos.
Quando Otman faleceu, ocorreu uma disputa em torno de quem deveria ser o novo califa. Para alguns essa honra deveria recair sobre Ali, primo de Maomé, que era também casado com a sua filha Fátima. Para outros, o califa deveria ser o primo de Otman, Muawiyah. Quando Ali é eleito califa em 656, Muawiyah contesta a sua eleição, o que origina uma guerra civil entre os partidários das duas facções. Ali acabaria por ser assassinado em 661 e Muawiyah conquista o poder para si e para a sua família, fundando a dinastia dos Omíadas. Contudo, o conflito entre os dois campos continua e, em 680, Hussein, filho de Ali, é massacrado pelas tropas de Yazid, filho de Muawiyah.
Essas lutas estão na origem dos dois principais ramos em que actualmente se divide o Islão. Os partidários de Ali (shiat ali, ou seja, xiitas) acreditam que os três primeiros califas foram usurpadores que retiraram a Ali o seu direito legítimo à liderança. Essa crença é justificada em hadiths interpretados como reveladores de que, quando Maomé se encontrava ausente, ele nomeava Ali como líder momentâneo da comunidade.

Sunismo

O islamismo sunita compreende actualmente cerca de 83% de todos os muçulmanos. Divide-se em quatro escolas de jurisprudência (madhabs), que interpretam a lei islâmica de forma diferente. Essas escolas tomam o nome dos seus fundadores: maliquita (forte presença no Norte de África), shafiita (presente no Médio Oriente, Indonésia, Malásia, Filipinas), hanefita (presente na Ásia Central e do Sul, Turquia) e hanbalita (dominante na Arábia Saudita e Qatar).

Xiismo

O muçulmanos xiitas acreditam que o líder da comunidade muçulmana - o imã - deve ser um descendente de Ali e de sua esposa Fátima.
O Islão xiita pode, por sua vez, ser subdividido em três ramos principais, de acordo com o número de imãs que reconhecem: xiitas duodecimanos, ismailitas e zaiditas. Todos esses grupos estão de acordo em relação à legitimidade dos quatro primeiros imãs. Porém, discordam em relação ao quinto: a maioria do xiitas acredita que o neto de Hussein, Muhammad al-Baquir, era o imã legítimo, enquanto que outros seguem o irmão de al-Baquir, Zayd bin Ali (zaiditas).
Os xiitas que não reconheceram Zayd como imã permaneceram unidos durante algum tempo. O sexto imã, Jafar al-Sadiq (702-765), foi um grande erudito que é tido em consideração pelos teólogos sunitas. A principal escola xiita de lei religiosa recebe o nome de jafarita por sua causa.
Após a morte de Jafar al-Sadiq, ocorreu uma cisão no grupo: uns reconheciam como imã o filho mais velho de al-Sadiq, Ismail bin Jafar (m. 765), enquanto que para outros o imã era o filho mais novo, Musa al-Kazim (m. 799). Este último grupo continuou a seguir uma cadeia de imãs até ao décimo segundo, Muhammad al-Mahdi (falecido, ou de acordo com a visão religiosa, desaparecido em 874 para retornar no fim do mundo). Os primeiros ficaram conhecidos como ismailitas, enquanto que os que seguiram uma cadeia de doze imãs ficaram conhecidos como os xiitas duodecimanos; o termo "xiita" é geralmente usado hoje em dia como um sinónimo dos xiitas duodecimanos, que são maioritários no Irão.
Para os ismailitas, Ismail nomeou o seu filho Muhammad ibn Ismael como seu sucessor, tendo a linha sucessória dos imãs continuado com ele e os seus descendentes. O ismailismo dividiu-se por sua vez em vários grupos.

Kharijitas

Outra denominação que tem origem nos tempos históricos do Islão é a dos kharijitas. Historicamente, consideravam que qualquer homem, independentemente da sua origem familiar, poderia ser líder da comunidade islâmica, opondo-se às polémicas de sucessão entre sunitas e xiitas. Os membros desse grupo hoje são mais comumente conhecidos como muçulmanos ibaditas. Um grande número de muçulmanos ibaditas vive hoje no Omã.

Movimentos recentes

Um movimento recente no Islão sunita é o dos wahhabitas, assim denominados por ocidentais e por pessoas de fora dessa corrente ideológica. O wahhabismo é um movimento fundado por Muhammad ibn Abd al Wahhab no século XVIII, naquilo que hoje é a Arábia Saudita. Os wahhabitas consideram-se sunitas e alguns afirmam seguir a escola hanbalita. O wahhabismo tem uma grande influência no mundo islâmico pelo facto de o governo saudita financiar muitas mesquitas e escolas muçulmanas existentes em outros países.

Misticismo


Sufis da ordem Melevi, mais conhecidos no Ocidente como dervixes rodopiantes.

Às vezes visto pelos fieis muçulmanos comuns como um ramo separado do Islão,[22] o sufismo é antes uma forma de mística que pretende alcançar um contacto directo com Deus através de uma série de práticas que geralmente incluem o ascetismo, a meditação, os jejuns, cantos e danças.
Desconhece-se de onde deriva a palavra sufismo (em árabe: tasawwuf). O termo poderá provir de sūf, "", o que se encontra relacionado com o facto de os primeiros sufis vestirem roupas feitas com o material, imitando os ascetas cristãos da Síria e da Palestina. Outra teoria procura relacionar sufismo com a palavra árabe safa, que significa "pureza".[23]
O sufismo já existia como movimento no primeiro século do Islão. Para os sufis, o próprio profeta Maomé seria um deles, já que levaria uma vida extremamente simples, tendo por hábito retirar-se de Meca para meditar numa caverna, tendo estabelecido uma relação próxima com Deus. Um dos primeiros representantes do sufismo foi al-Hasan al-Basri (642-728), que rejeitou o materialismo do mundo e criticou os soberanos omíadas. Saliente-se ainda deste período inicial uma mulher, Rabi'ah al-Adawiyah (? - 801), cujo amor por Deus leva-a a excluir o apego ao mundo.
Desde os séculos XII e XIII, os sufis organizam-se em ordens ou irmandades (tariqas), que seguem os métodos de realização espiritual ensinados por determinados mestres (os xeques ou pirs)."[24] As ordens sufis podem ser encontradas quer no sunismo, quer no xiismo. O sufismo foi por vezes entendido pelas autoridades ortodoxas muçulmanas como uma ameaça, tendo os seus líderes e adeptos sido alvo de perseguições. O sufismo tem sido igualmente criticado devido ao facto de alguns dos seus mestres terem alcançado um estatuto de santo, tendo sido erguidos santuários nos locais onde nasceram ou faleceram, que se tornaram locais de peregrinações.

Comemorações

O calendário islâmico (também denominado calendário hegírico em função da sua origem remontar à Hégira ou migração dos primeiros muçulmanos de Meca para Medina em 622 d.C.) segue o ano lunar, que é cerca de onze dias mais curto que o solar. Consequentemente, as comemorações muçulmanas acabam por circular por todas as estações de ano.
As duas comemorações do Islão são o Eid ul-Fitr, que celebra o fim do jejum do Ramadão, e o Eid ul-Adha, que marca o fim da peregrinação a Meca (Hajj).
O dia 10 do mês de Muharram (o primeiro mês do calendário islâmico) é um dia de particular importância para os muçulmanos xiitas. Neste dia, comemora-se o martírio do terceiro imã xiita, Hussein, morto em Karbala, em 680, por aqueles que os xiitas consideram usurpadores da liderança da comunidade muçulmana. No início deste mês, as pessoas envolvem-se em actividades como ouvir contadores de histórias relatar o martírio de Hussein ou assistir a peças de teatro que pretendem reconstituir os acontecimentos. O dia é marcado com procissões, que incluem actos de autoflagelação como bater no peito ou cortar-se com uma lâmina (os membros do clero xiita desencorajam essas práticas).
Outras comemorações populares incluem o Mawlid, que celebra o aniversário de Maomé (12 do mês de Rabi al-Awwal), A Noite da Ascensão (Laylat al-Micraj, no dia 27 de Rajab), quando se recorda o dia em que Maomé subiu ao céu para dialogar com Deus, e A Noite do Poder (Laylat al-Qadr, na noite do 26 para 27 do mês do Ramadão), que marca o aniversário da primeira revelação do Alcorão e durante a qual muitos muçulmanos acreditam que Deus decide o que acontecerá durante o ano.

Lugares sagrados


Al Masjid Al-Haram, em Meca, considerada o maior centro de peregrinação do mundo.

A Cúpula da Rocha, em Jerusalém, cidade sagrada para a religião muçulmana.

A Caaba ("O Cubo"), um edifício situado dentro da mesquita principal de Meca (Al Masjid Al-Haram), na Arábia Saudita, é o local mais sagrado do Islão. De acordo com o Alcorão, ela foi construída por Abraão (Ibrahim) para que todas as pessoas fossem ali celebrar os ritos da Hajj. No tempo do profeta Maomé, o monoteísmo instituído por Abraão tinha sido corrompido pelo politeísmo e pela idolatria. Segundo o islamismo, Maomé não procurou fundar uma nova religião, mas antes restabelecer o culto monoteísta que existia no passado. Uma vez que o Islão se identifica com a tradição religiosa do patriarca Abraão, é por isso classificado como uma religião abraâmica. O islamismo não nega diretamente o judaísmo e o cristianismo, pelo contrário, considera uma versão antiga e perdida dessas religiões monoteístas como parte da sua herança; as suas versões atuais teriam sido alteradas, o próprio Islão considerando-se uma restauração da verdade divina.
O segundo local sagrado do islamismo é Medina, cidade para a qual Maomé e os primeiros muçulmanos fugiram (num movimento conhecido como Hégira), e onde se encontra o seu túmulo.
A cidade de Jerusalém é o terceiro local sagrado do Islão. Este estatuto advém da sua associação aos profetas anteriores a Maomé e sobretudo pelo facto de os muçulmanos acreditarem que o profeta teria viajado para esse local durante a noite, cavalgando um ser denominado Buraq, numa viagem conhecida como Isra. Uma vez em Jerusalém, ele teria ascendido ao céu (Mi’raj), onde dialogou com Deus e outros profetas, entre os quais Moisés. No local de Jerusalém onde se acredita que Maomé subiu ao céu, foi construída a Cúpula da Rocha, em cerca de 690, sobre as ruínas do antigo Templo de Salomão dos judeus.
Os muçulmanos xiitas consideram ainda como sagradas as cidades de Karbala e Najaf, ambas no Iraque. Na primeira, ocorreu o martírio de Hussein (filho de Ali e neto de Maomé) e dos seus companheiros, quando este contestava o califado omíada. No Irão, devem também ser salientadas duas cidades sagradas para os xiitas, Mashhad e Qom.

Lei islâmica (Xahnariá)

A lei islâmica chama-se Xariá. O Alcorão é a mais importante fonte da jurisprudência islâmica, sendo a segunda a Suna ou exemplos do profeta. A Suna é conhecida graças aos ahadith, que são narrações acerca da vida do profeta ou o que ele aprovava, que chegaram até nós graças a uma cadeia de transmissão oral a partir dos Companheiros de Maomé. A terceira fonte de jurisprudência é o ijtihad ("raciocínio individual"), à qual se recorre quando não há resposta clara no Alcorão ou na Suna sobre um dado tema. Neste caso, o jurista pode raciocinar por analogia (qiyas) para encontrar a solução.
A quarta e última fonte de jurisprudência é o consenso da comunidade (ijma). Algumas práticas também chamadas de "charia" têm também algumas raízes nos costumes locais (Al-urf).
A jurisprudência islâmica chama-se fiqh e está dividida em duas partes: o estudo das fontes e metodologia (usul al-fiqh, raízes da lei) e as regras práticas (furu' al-fiqh, ramos da lei).

O Islão no mundo contemporâneo


Percentagem de população muçulmana por país

Nações que têm o islamismo como religião estatal:
  Islamismo (Sunita ou Xiita)

O Islão é a segunda religião com maior número de fiéis, atrás apenas do cristianismo, segundo o CIA World Factbook de 2005.[25] De acordo com o World Network of Religious Futurists[26] e o U.S. Center for World Mission[27], o islamismo estaria crescendo mais rapidamente em número de crentes que qualquer outra religião.
O Islão reúne hoje entre 1,5 a 1,8 bilhão de crentes.[28] Apenas 18% dos muçulmanos vivem no mundo árabe, um quinto encontra-se espalhado pela África subsariana, cerca de 30% vivem no Paquistão, Índia e Bangladesh, e a maior comunidade nacional encontra-se na Indonésia. Há significantes populações islâmicas na China, Ásia Central e Rússia.
A Áustria foi o primeiro país europeu a reconhecer o Islão como uma religião oficial (1912[29]), enquanto que a França tem actualmente a população mais elevada de muçulmanos da Europa Ocidental (entre 5 a 10%).[30][31][32]
Em Portugal, existe igualmente uma comunidade muçulmana, que nada tem a ver com os muçulmanos que viveram no país durante a Idade Média; são na sua maioria naturais das antigas colónias portuguesas de Moçambique e Guiné-Bissau, que se fixaram em Portugal após a independência desses territórios. O Islão xiita ismailita também está presente em Portugal, tendo a sua sede no Centro Ismaili de Lisboa, construído pela Fundação Aga Khan. Estima-se que o número de muçulmanos em Portugal ronde os 30 mil.[33] Segundo o censo de 2000, o Brasil registra 27.239 muçulmanos.[34] Porém, para a Federação Islâmica Brasileira, o número de muçulmanos no Brasil ronda o 1,5 milhão.[35]
A maioria dos muçulmanos brasileiros vive nos estados do Paraná e Rio Grande do Sul, mas também existem comunidades significativas no Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul e São Paulo. Grande parte desses muçulmanos são descendentes de imigrantes sírios e libaneses que se fixaram no Brasil durante a Primeira Guerra Mundial.[36]
Na Guiné-Bissau, o Islão penetrou na Idade Média, tendo as ordens sufistas desempenhado um importante papel na sua difusão. Reúne hoje cerca de 45% da população. Outro país africano de língua oficial portuguesa com um número significativo de muçulmanos é Moçambique (17,8%).
O islamismo contemporâneo é dominado pelo tradicionalismo, preocupado com a manutenção de rituais e práticas antigas, como o uso do véu pelas mulheres. Existem ainda correntes que pretendem conciliar o Islão com aspectos da modernidade, que são principalmente activas nos Estados Unidos. À semelhança do que acontece no judaísmo e no cristianismo, o islamismo é também marcado pela existência de movimentos ditos integristas ou fundamentalistas.
As tradições islâmicas baseiam-se no Alcorão, nos ditos do profeta (hadith) e nas interpretações dessas fontes pelos teólogos. Ao longo dos últimos séculos, tem-se verificado uma tendência para o conservadorismo, com interpretações novas vistas como indesejáveis.
A Xariá antiga tinha um carácter muito mais flexível do que aquele hoje associado com a jurisprudência islâmica (fiqh), muitos académicos muçulmanos islâmicos acreditam que ela deva ser renovada e que os juristas clássicos deveriam perder o seu estatuto especial. Isso implica a necessidade de formular uma nova fiqh, que seja praticável no mundo moderno, como proposto pelos defensores da islamização do conhecimento, e que iria lidar com o contexto moderno. Esse movimento não pretende alterar os pontos fundamentais do islamismo, mas sim evitar más interpretações e libertar o caminho para a renovação do prévio estatuto do mundo islâmico como um centro de pensamento moderno e de liberdade.[37]

Perspectiva islâmica de outras religiões


O islamismo reconhece elementos de verdade no judaísmo e no cristianismo. Todos os profetas do judaísmo são reconhecidos também como profetas no Islão, assim como Jesus, que de acordo com a perspectiva muçulmana teria anunciado a vinda de Maomé. Para os seguidores dessas duas crenças, o Alcorão reservou a noção de "Povos do Livro" (Ahl al-Kitab), estabelecendo que devem ser tolerados devido ao facto de possuirem escrituras sagradas. À medida que os muçulmanos tomaram contacto com outras religiões detentoras de revelações escritas, acabaram em alguns casos por conceder-lhes também esse estatuto (caso do zoroastrismo).
Porém, se o Islão reconhece o papel preparatório do judaísmo e do cristianismo, considera igualmente que os seguidores dessas religiões acabaram por seguir caminhos errados. Os judeus procederam mal ao adorarem o bezerro de ouro, tendo se tornado idólatras. Os muçulmanos acreditam que os cristãos erraram ao considerar Jesus como filho de Deus e ao defender doutrinas como a da Santíssima Trindade, porém acreditam que Jesus é uma criatura de Deus, assim como Adão. Tais erros, segundo os muçulmanos, acarretaram a vinda de outro e último profeta enviado por Deus, Maomé.

Extremismo


Correntes radicais do islamismo frequentemente são acusadas de atos terroristas, como os atentados às Torres Gêmeas, protagnonizados nos ataques de 11 de setembro de 2001 pela Al Qaeda. E a defesa intolerante da extinção do Estado de Israel defendida pelos grupos terroristas Hamas e Fatah. Em sua carta de fundação, por exemplo, o Hamas é claro na defesa da destruição do Estado Sionista [38], sendo apoiado pela maioria do povo palestino.
Fundamentalistas também defendem a submissão da mulher, a perseguição a cristãos e o assassinato de dissidentes em países islâmicos [39]. Estima-se que aproximadamente quatro milhões de cristãos libaneses emigraram de seu país em conseqüência das pressões impostas pelos muçulmanos [40].
A condição de vida das mulheres também é precária em países fundamentalistas islâmicos, como a Arábia Saudita: "Para o pensamento ortodoxo muçulmano, a mulher vale menos do que o homem, explica Leila Ahmed, especialista em estudos da mulher e do Oriente Próximo da Universidade de Massachusetts, nos Estados Unidos […]"[41]. Assim sendo, violências físicas e tratamentos desumanos, como o apedrejamento, são constantes entre os países fundamentalistas: "Segundo a lei islâmica denominada Sharia (Shari'ah ou Charia), uma mulher considerada adúltera deve ser enterrada até o pescoço (ou as axilas) e apedrejada até a morte […]".
A intolerância a críticas também é alvo constante de respostas por parte da imprensa às vertentes radicais do Islã. Recentemente, cartunistas dinamarqueses foram ameaçados de morte por publicarem charges consideradas insultosas para alguns muçulmanos [42], algo comum no Ocidente e sua contraparte cristã. O Papa também foi ameaçado de morte por considerar o Islã uma religião violenta [43].
O crítico Daniel Pipes cita uma cadeia histórica de reações radicais a críticas e atos humorísticos por parte de extremistas islâmicos, que vão de ameaças a mortes de dezenas de pessoas [43]. Porém, o islamismo moderado mostra-se como vertente desejosa da paz, tanto quanto o budismo, o cristianismo, o judaísmo ou qualquer outra grande religião [44].

 

Referências

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Em português

Em inglês




Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/

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