ALEXANDRE RATO PINTOR REGISTRA O COTIDIANO

 
 

Quadros de Alexandre Rato registram o cotidiano (Alexandre Rato/divulgação)
Quadros de Alexandre Rato
registram o cotidiano
 o olhar pode ter mais espessura que uma pintura

"O olhar pode ter uma camada mais espessa que uma pintura"

Encontro no seu retrato, talvez mais que quando olho diretamente para você, um lugar para reflexão acerca de quem tu és!No retrato encontro morte, passado, ausência. Mas ao mesmo tempo, ao contemplá-lo, fomento uma quase certeza da eternidade.É sobretudo em relação a ausência que me atento e ressalto a importância dos retratos. Pois é na ausência que busco a transcendência. Na falta que busco a completude, no outro.Na compreensão da minha pobreza que me lanço à beira do precipício e assim entendo, na prática, que a vida só pode ser plena quando caminha rumo à nobreza.Neste momento, abranjo significados possíveis, complexos, que há na única palavra essencial: Amor.
 
 

Alexandre Rato abre exposição na galeria da Biblioteca Pública Estadual de Belo Horizonte
 
Mostra, que aberta nesta quarta-feira reúne 20 quadros pintados desde o ano passado
 
“A foto de uma pessoa é imagem muito reduzida dela. Na pintura, com o modelo posando para você, vê-se muito mais. A pintura é mais intensa, expressiva e viva. Traz com precisão o momento psicológico da pessoa, não só os traços dela”. Essa observação vem de Alexandre Rato, que abre exposição hoje à noite, na galeria da Biblioteca Pública Estadual, em Belo Horizonte.

O artista mostrará 20 quadros pintados desde o ano passado. Apenas dois partiram de fotografias. O título da exposição, que traz também duas esculturas, oferece outra informação sobre a proposta de Alexandre: O olhar pode ter uma camada mais espessa que uma pintura.

Retratos de amigos, da mulher, do sogro e da mãe do pintor expressam o que ele chama de poética do cotidiano. “Minha pintura é mais solta, mais subjetiva e até certo ponto realista. Traz a relação com algo maior: a vida e o que estou experimentando no momento”, explica. Esses trabalhos mesclam real e imaginário. “As duas coisas estão misturadas. Nunca sabemos exatamente o que é uma e a outra”, observa.

A linguagem visual de Alexandre se inspira em três estéticas marcantes na história da arte: naturalismo, expressionismo (“que mostra como sentimos as coisas”, ressalta ele) e a abstração. O pintor escreveu belo texto para a nova exposição. Diz encontrar nos retratos morte, passado e ausência. “Ao mesmo tempo, ao contemplá-los fomento uma quase certeza de eternidade”, observa.

Formado pela Escola Guignard da Universidade do Estado de Minas Gerais e pós-graduando em artes plásticas e contemporaneidade, Alexandre participou de várias coletivas. Em 2008, fez mostras individuais na Biblioteca Pública e na galeria do Sesiminas, em Belo Horizonte.
ALEXANDRE RATO
Exposição O olhar pode ter uma camada mais espessa que uma pintura. Abertura hoje, às 19h. Galeria de Arte Paulo Campos Guimarães. Biblioteca Pública Estadual, Praça da Liberdade, 21, Lourdes.Belo Horizonte  De segunda a sexta-feira, das 8h às 20h; sábado, das 8h às 12h. Até dia 31.
 
Fontehttp://divirta-se.uai.com.br/app/noticia/arte-e-livros/2013/01/09/noticia_arte_e_livros,139487/

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