CRIANÇAS E JOVENS ANORÉTICOS : A INFLUÊNCIA DA MÍDIA



Um novo estudo divulgou dados desanimadores sobre crianças e transtornos alimentares. De acordo com estatísticas de hospitais britânicos, mais de 2,1 mil crianças foram tratadas por transtornos alimentares antes dos 16 anos de idade – o que mostra que problemas como a anorexia não estão vinculadas apenas com adolescentes.
Entre as crianças tratadas, 98 tinham entre 5 e 7 anos de idade e 99 tinham entre 8 ou 9 na época do tratamento. Quase 400 tinham entre 10 e 12 anos, e mais de 1,5 mil delas tinham entre 13 e 15. Os números reais devem ser ainda maiores, visto que alguns hospitais se recusaram a fornecer dados.
O que move tantos meninos e meninas tão jovens ao desenvolvimento da anorexia? Alguns especialistas culpam a cultura da magreza extrema, propagada pelos meios de comunicação.
Um estudo divulgado este ano no Reino Unido mostrou que 82% das crianças entre 5 e 13 anos com transtornos alimentares são meninas. Para a especialista Susan Ringwood, essas novas estatísticas provam que as meninas estão internalizando as imagens dos tamanhos reduzidos dos corpos das modelos e celebridades.
“As crianças estão recebendo mensagens muito nocivas. A figura ideal promovida para as mulheres nos dias atuais é o de uma menina, não a de uma mulher adulta. Meninas vêem fotos de mulheres extremamente magras em revistas e acham que é assim que elas devem ser. Isso pode deixá-las com medo da puberdade, tentando a evitar”, afirma Susan Ringwood.
Mas a repulsa aos meios de comunicação não é generalizada. A opinião dos especialistas sobre isso é bem dividida. Alguns acreditam que definir a mídia como um “monstro” que causa todos os males é um exagero. Para alguns médicos, a influência de modelos e da sociedade raramente é um fator contributivo no desenvolvimento de distúrbios alimentares em crianças pequenas.
Bem, talvez as crianças realmente não desenvolvam seus problemas com comida vendo anúncios de roupas e perfumes com modelos magérrimas, mas é difícil imaginar que não há uma conexão entre o aumento do número de crianças com transtornos alimentares e a exaltação crescente da magreza pela sociedade.
Essas doenças complexas certamente são causadas por uma variedade de fatores biológicos e psicológicos. Mas parece improvável que a cultura estética atual não afete as crianças – desde uma chuva de anúncios ensinando como perder peso rápido até matérias sobre como as celebridades emagreceram depois de ter um bebê. [Jezebel]



Ver pessoas bem sucedidas na mídia pode causar distúrbios alimentares

Um novo estudo sugere que a mídia tem uma influência na vontade das pessoas de ficarem magras – especialmente quando eles vêm uma pessoa bem-sucedida, não importa o quanto ela pese.
Os pesquisadores acreditam que isso tenha uma origem evolutiva. É comum engordar conforme se envelhece, portanto as pessoas passaram a associar a magreza com juventude e atratividade. Além disso, a mídia mostra constantemente pessoas magras e a população capta essas imagens como competitivas.
As imagens da mídia têm uma relação com o desenvolvimento de distúrbios alimentares, como bulimia e anorexia, doenças conhecidas hoje pelo surto das pessoas em quererem perder peso.
Na sociedade moderna, essas pessoas da mídia não são “semelhantes” à população; na verdade, a presença deles faz com que as pessoas se sintam muito abaixo de um padrão desejável, e é aí que mora o perigo.
Tentar competir nessa vida social pode levar as pessoas não só a ter distúrbios alimentares, mas também podem se tornar viciadas em trabalho ou depressivas.
Uma pesquisa com 841 voluntários testou essa influência. Os resultados indicam que as mulheres ficaram menos felizes com seus corpos e comeram menos depois de ver fotos de mulheres “competitivas”, com grandes chances de serem bem sucedidas. E não era para tanto: as voluntárias e as mulheres das imagens tinham cerca do mesmo peso e eram igualmente atraentes.
Com os homens heterossexuais, o efeito não foi percebido. Já no campo da homossexualidade, os homens, e não as mulheres, acabam comendo menos depois de verem outro homem competitivo. [NewScientist]

Fonte:http://hypescience.com/

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