CHAKRAS , NADIS E KUNDALINI




Chakras, Nádís e Kundaliní




O QUE SÃO OS CHAKRAS

Chakra significa roda ou círculo. Chakras são centros de captação, armazenamento e distribuição do prána, a energia vital. Chamam-se de rodas ou círculos por ser vórtices de energia – e, como tal, circulares – localizados nas confluências e bifurcações das nádís. São redemoinhos, como os que se formam nos rios. Talvez, não por coincidência, nádí signifique rio, corrente ou torrente. Os chakras também podem ser chamados poeticamente de padmas, ou lótus. Geralmente esta segunda denominação é utilizada também para evitar a excessiva repetição da palavra chakra.

EXISTEM CHAKRAS PRINCIPAIS E SECUNDÁRIOS

Os chakras principais são representados esquematicamente por desenhos de lótus vistos de cima, com um número variável de pétalas abertas. Essas pétalas são representações simbólicas do número de nádís primárias que partem de cada respectivo chakra para distribuir sua energia por outros chakras e por todo o corpo.
Os chakras básicos dão origem a todos os demais chakras, denominados secundários, através da rede de vascularização pránica, que são as nádís. De cada chakra principal, partem algumas correntes (nádís) para distribuir o prána pelos chakras secundários. Há um número indeterminado de chakras secundários no corpo humano. Só nas palmas das mãos temos cerca de 35 em cada. Assim, quando procedemos aos mantras, marcando o ritmo com palmas, estamos estimulando nada menos que 70 pequenos chakras através do atrito. O atrito gera energia térmica e eletricidade estática, manifestações de prána.




O QUE É A KUNDALINÍ

Kundaliní é uma energia física, de natureza neurológica e manifestação sexual. O termo é feminino, deve ser sempre acentuado e pronunciado com o í final longo. Os leigos aplicam o termo no masculino e pronunciam “o kundalíni”, mas está errado. Repetimos: o termo é feminino, deve ser pronunciado com a tônica na primeira sílaba e a longa na última. Pronuncie em voz alta para fixar a correção: kundaliní.
Significa serpentina, aquela que tem a forma de uma serpente. De fato, sua aparência é a de uma energia ígnea, enroscada três vezes e meia dentro do múládhára chakra, o centro de força situado próximo à base da coluna e aos órgãos genitais. Enquanto está adormecida, é como se fosse uma chama congelada. É tão poderosa que o hinduísmo a considera uma deusa, a Mãe Divina, a Shaktí Universal. Todo o sistema do Yôga, de qualquer ramo, apóia-se no conceito da kundaliní.
De fato tudo depende dela conforme o seu grau de atividade – a tendência do homem à verticalidade, a saúde do corpo, os poderes paranormais, a iluminação interior que o arrebata da sua condição de mamífero humano e o catapulta em uma só vida à meta da evolução sem esperar pelo fatalismo de outras eventuais existências.
Se você já tiver lido explicações místicas ou confusas sobre a kundaliní, vamos simplificar isso. O conceito freudiano de libido e o reichiano de orgônio chegaram bem perto do princípio e anatomia da kundaliní no Yôga Antigo. Se você quiser um termo leigo, mais compreensível, pode traduzir kundaliní simplesmente como sexualidade. Freud e Reich tentaram domá-la para fins terapêuticos. Como nenhum dos dois possuía a Iniciação de um Mestre nesses mistérios, ambos fracassaram e deixaram à posteridade uma herança meramente acadêmica de teorias sobre o assunto, sem grandes resultados práticos.
A energia da kundaliní responde muito facilmente aos estímulos. Despertá-la é fácil. Um exercício respiratório que aumente a taxa de comburente é suficiente para inflamar o seu poder. Um bíja mantra corretamente vocalizado, é capaz de movimentá-la. Um ásana que trabalhe a base da coluna posiciona-a para a subida pela medula. Uma prática de maithuna pode deflagrá-la. Basta combinar os exercícios certos e praticá-los com regularidade.
Já que despertar a kundaliní não é difícil, não mexa com ela enquanto não tiver um Mestre. E quando o encontrar, não a atice sem a autorização dele. Difícil é conduzi-la com disciplina, ética e maturidade.
SwáSthya, o Yôga Antigo, vai fundo nesse trabalho, levantando a kundaliní da base da coluna até o alto da cabeça, através dos chakras, ativando-os poderosamente, despertando os siddhis e eclodindo o samádhi.

Texto do livro Chakras, kundaliní e poderes paranormais - Mestre DeRose - Ed. Nobel

Fonte:http://www.yogakobrasol.org/html/chakras-e-kundalini.php

KUNDALINI E CHAKRAS

Há milênios o conhecimento da Índia vem se referindo as forças e energias que agem no copo humano, e dois nomes sempre surgem quando se fala no assunto. Aqui, os mestres do Vidya Yoga explicam um pouco mais o que são a Kundaliní e os chakras.

- Shri Vyaghra Yogi e Shri Kamaia Devi
Kundalini
Kundaliní é uma força dormente, que é simbolicamente representada por uma serpente (Bhujanga) enrolada na base da coluna vertebral. Essa força está presente em todo o ser humano e representa a força criativa manifestada no Homem. Sua fonte de energia e conhecimento não é um objeto de visualização, mas uma entidade sutil em forma de luz. Por isso, sua manifestação se dá de forma fortemente luminosa.

Nos homens, a kundaliní está localizada no períneo, entre os órgãos urinário e excretório; nas mulheres, encontra-se na base do útero. O ponto onde está situada a energia de kundaliní é chamado kanda (bastão), e a região é do plexo coccigiano, onde está o chakra Muladdhara Padma.

Kundal é o termo sânscrito que significa ´enrolar´. Portanto, kundaliní quer dizer ´aquilo que é enrolado´. A palavra também deriva da raiz kund, do sânscrito, que significa literalmente ´queimar´.

Kundaliní é a personificação de todos os poderes psíquicos e físicos do ser humano. O despertar de kundaliní envolve um rigoroso treinamento em termos de Ásanas (exercícios do yoga), Pránáyámas (exercícios respiratórios), Kriyas (purificações) e Dhyána (meditação). O impulso da força contida na base da coluna vertebral capacita a energia mover-se para cima através de vários centros de força situados ao longo do canal central da coluna vertebral até o cérebro.
Kundaliní, como qualquer outra força, tem seu aspecto positivo e negativo. Além disso, ela pode ser interpretada como masculina ou feminina. O despertar dessa energia desenvolve os níveis físico, emocional, mental e espiritual do ser humano. O despertar e a ascensão de kundaliní leva a um diferente nível de consciência espiritual.

Chakrapadma Nadí significa literalmente ´canais e sistemas energéticos´. São usados pelo Vidya Yoga para determinar o sistema formado pelos centros bioenergéticos no corpo humano. Os chakras (centros) e os nadís (condutos) são descritos nos textos clássicos denominados Upanishades.

Yogashikha Upanishad é um texto clássico que esclarece a existência dos chakras, nadís, kundaliní, etc. Encontramos também outra excelente contribuição dos rishis (antigos sábios) a respeito do assunto: o Satchakra Nirupána. Esse livro foi compilado em 1577 pelo mestre Shri Swami Purananda, de Bengala. No capítulo VI da obra, Shritattwa Chintamini, fala-se mais claramente sobre os condutos da energia vital e dos centros captadores.

Chakras e Nadís

A kundaliní passa através de canais (nadís) e atravessa centros nervosos denominados chakras. Os chakras são definidos como centros captadores, armazenadores e distribuidores de prana (a energia vital) para todo o organismo. Segundo fontes do hinduísmo, do Vidya Yoga e da Antiga Cultura Rishi, o corpo humano possui 49 chakras, os quais se encontram espalhados por todo 0 corpo. Entretanto, a energia vital, ou energia do fogo, é organizada apenas ao redor de alguns centros específicos. Os chakras variam de cor, brilho, diâmetro, aparência, som e vibração - dependendo do indivíduo e do seu grau de consciência.

A palavra "chakra" vem do sânscrito e significa literalmente ´roda´. As pessoas experimentam o movimento circular dos chakras como um "redemoinho". Eles são vórtices de energia psíquica e estão movimentando-se constantemente, desde o nascimento. O estado psíquico inconsciente encontra-se no Muladdhara Chakra. O supremo estado de consciência ou superconsciência encontra-se no Sahasrára Chakra, o qual é simbolizado por uma coroa ou um semicírculo ao redor da cabeça. A energia é distribuída através dos chakras, bem como através de uma intrincada rede do sistema nervoso central.

Essa rede é compreendida de nadís ou canais condutores da energia vital, e que auxiliam no fluir da consciência humana. Acredita-se que existam 72 mil nadís em todo o corpo humano. Dessas, 14 são os mais importantes, pois equilibram os órgãos vitais. Os chakras maiores são sete e denominam-se mahachakras. Suas raízes encontram correspondência na coluna vertebral, no corpo energético ou duplo etérico. Há 42 centros menores denominados upachakras. Estes localizam-se nas articulações de todo o corpo.

Responsabilidade das Nadís e Localização de um Chakra

Cada chakra controla diferentes processos. O canal Ídá é responsável pelos processos mentais; o canal Pfngalá cuida do processo vital; e o canal Sushumná é o responsável pelo despertar da consciência espiritual. Estes principais canais podem ser considerados como canais psíquico, prânico e espiritual, respectivamente.

Todas os três nadís (Ídá, Píngalá e Sushumná) iniciam-se no Muladdhara Chakra e terminam no Sahasrára Chakra, num processo em que cada um desses canais encontra-se com outros. Ídá flui pelo lado esquerdo, Píngalá flui pelo lado direito, e Sushumná flui pelo canal central ou neutro do corpo. Ídá e Píngalá não operam simultaneamente.

Os chakras distribuem vibrações que se traduzem em impulsos elétricos. Para se localizar um chakra devemos encontrar a reunião e o cruzamento de diversos feixes musculares em determinada parte do corpo físico. Isso produzirá um plexo nervoso e, onde houver um plexo nervoso, aí estará localizado um chakra.

Os chakras também são classificados como "centros nervosos". Na verdade, eles não são uma produção do corpo físico, mas do corpo energético. Sua correspondência se dá no físico através dos plexos nervosos, dos gânglios e das glândulas.

Os sete chakras principais podem ser vistos psiquicamente por aqueles que já tem a capacidade de enxergar a aura humana. Eles podem ser apresentados como rodas coloridas com múltiplas pétalas, ou até mesmo similar a uma flor de lótus

Os sete chakras principais podem ser vistos psiquicamente por aqueles que já tem a capacidade de enxergar a aura humana. Eles podem ser apresentados como rodas coloridas com múltiplas pétalas, ou até mesmo similar a uma flor de lótus. Por isso, os chakras também são denominados padmas, ou flores de lótus, um dos símbolos nacionais da Índia.

Como já dissemos, os sete principais chakras, ou mahachakras, estão situados ao longo. da coluna vertebral, da base do osso occipital até as vértebras coccígeas. Adicionalmente a esses, existem outros sete chakras inferiores (upachakras), que se localizam imediatamente abaixo da última vértebra da coluna. Estes são a base da consciência instintiva do Homem, que produz o ódio, a possessividade, a inveja, a culpa, a aflição, etc.

Os sete principais chakras, ou superiores, são:
1. Muladhára Chakra - Mula significa ´base´ ou ´raiz´. Sua localização é na base da espinha, região do cóccix. Quando o Muladhára é despertado, adquire-se o poder da oratória, e amplia-se a capacidade física, sexual e de aprendizado.

2. Svádhíshthána Chakra - Significa ´sua própria morada´. Desperta o conhecimento intuitivo; libera inimigos internos e desperta entidades astrais.

3. Manipúra Chakra - Significa ´cidade das jóias´ . O Manipúra é responsável pela limpeza de vários sistemas do corpo. Meditando no chakra, ajuda a correta diagnose de doenças.

4. Anáhata Chakra - Significa ´invicto´. O despertar deste chakra traz sentimento de otimismo e desapego, além de desenvolver o talento artístico e equih´brio emocional.

5. Vishúddha Chakra - Significa ´purificação´. Desenvolve a percepção de "sentir os outros". É um centro de rejuvenescimento.

6. Ájna Chakra - Significa ´comando´. É a ponte entre o guri e o discípulo (sishya).

7. Sahasrára Chakra - Significa ´mil´. Sede da suprema consciência.

Autodisciplina

Quando nascemos, todos os nossos chakras estão abertos e girando com uma força atômica impressionante. Com o passar do tempo, sua energia vai diminuindo, até que o corpo físico atinja a idade adulta. Daí em diante, os chakras se mantém numa velocidade uniforme e com um diâmetro do tamanho de um punho fechado, aproximadamente.

Nossa constituição física é orientada pelas forcas Há e Tha, exìsfenfes na dimensão em que nos encontramos.

Nossa constituição física é orientada pelas forças Há e Tha, existentes na dimensão em que nos encontramos. A força Há é de natureza positiva e vem do espaço cósmico, dirigindo-se à Terra (Bhuva), em movimento descendente espiralado no sentido horário. Sua origem vem de Surya (o Sol). À medida que a força Há se aproxima da Terra, ocorre a densificação ou materialização da cosmoenergia. E o contrário é verdadeiro: à medida que a força Tha afasta-se da Terra, ocorre a sutilização ou espiritualização da bioenergia. Esse é um processo natural e permanente no universo, onde há movimentação dinâmica de expansão e contração diariamente.

Se verificarmos, nesse momento, a nossa respiração, poderemos perceber que somente uma de nossas narinas está mais ativa que a outra, porque o nosso sist. nervoso central controla o tempo equilibrado de oxigenação do cérebro, banhando-o mais de um lado e posteriormente do outro, a cada duas horas.

Conforme os rishis, o movimento dos chakras é influenciado diretamente pelo controle respiratório natural, através do fenômeno de expansão e contração. A cada duas horas, precisamente, os chakras mudam o seu movimento, funcionando ora no sentido horário, ora no anti-horário.

O despertar da kundaliní e o desenvolvimento dos chakras requer autodisciplina, dieta vegetariana, abstinência de qualquer tipo de drogas, e principalmente Yama e Niyama, que são as normas éticas pertinentes a qualquer tipo de yoga.


Fonte:Revista Sexto Sentido
Número 29
Páginas 16-19

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