BELÍSSIMAS FOTOS DE SATURNO

Novas e belíssimas fotos de Saturno

A NASA acaba de divulgar quatro novas fotos de Saturno e sua maior lua, Titã. As imagens foram feitas pela sonda Cassini, em órbita no planeta há 8 anos.

Lançada em 1997, a Cassini entrou em órbita em torno de Saturno em 1 de julho de 2004. A nave está em sua segunda missão estendida, conhecida como Missão Solstício, e um de seus principais objetivos é analisar as mudanças sazonais no sistema de Saturno, capturadas na primeira imagem.
“É tão fantástico experimentar, através dos instrumentos de Cassini, as mudanças sazonais no sistema de Saturno”, disse Amanda Hendrix, cientista do projeto. “Algumas das mudanças que vemos nos dados são completamente inesperadas, enquanto outras ocorrem regularmente como um relógio. É um momento emocionante para se estar em Saturno”.
As outras imagens retratam o recém-descoberto vórtice polar sul na atmosfera de Titã. A nave notou uma concentração de névoa amarelada no polo sul de Titã, pelo menos desde 27 de março desse ano.
Mais tarde, o espectrômetro de mapeamento visual e infravermelho da Cassini avistou uma concentração de massas de nuvens em torno do polo sul da lua. Depois de um sobrevoo em junho, a sonda lançou uma imagem e vídeo dramáticos mostrando o vórtice girando mais rápido do que o período de rotação da lua.
Alguns dos pontos de vista das novas fotos, como as do vórtice polar, só foram possíveis por causa da recém-inclinação de Cassini, que permite a visualização mais direta das regiões polares de Saturno e suas luas.

Os grandes mistérios de Saturno



Depois da Terra, Saturno provavelmente é o planeta mais reconhecível do nosso sistema solar, graças ao seu sistema de anéis únicos e resplandecentes.
Mas os anéis são apenas a ponta do iceberg quando se trata das estranhezas e maravilhas deste planeta. Desde 2004, a sonda Cassini da NASA observa Saturno, seus anéis e suas luas, com grande detalhamento. Essa missão ajuda a resolver alguns dos grandes mistérios científicos do planeta. Confira os principais:


De onde vêm os anéis?

Embora outros três gigantes gasosos do nosso sistema solar – Júpiter, Urano e Netuno – também tenham anéis, nenhum deles é tão denso, espesso e surpreendente quanto os de Saturno.
Compostos principalmente de partículas de gelo, eles começam cerca de 6 mil quilômetros acima do equador de Saturno e se estendem cerca de 120 mil quilômetros para o espaço. Os anéis têm numerosas lacunas e podem ser relativamente jovens, apenas com algumas centenas de milhões de anos. Ou não; eles podem remontar ao nascimento de Saturno, mais de quatro bilhões de anos atrás.
Isso porque os cientistas ainda não têm a certeza de quando os anéis foram formados e quanto tempo eles podem durar. As duas teorias mais aceitas são que os anéis surgiram a partir da destruição de uma lua do planeta, causada pela gravidade de Saturno ou em uma colisão com outro corpo, ou então os anéis surgiram a partir de restos antigos da formação de Saturno.

Tempestades enfurecidas


Em dezembro passado, uma enorme tempestade branca irrompeu no hemisfério norte de Saturno. O fenômeno foi tão grande que pode ser registrado a partir de telescópios na Terra.
Os astrônomos têm observado essas grandes tempestades a cada 30 anos terrestres. Isso significa que o evento ocorre a cada ano em Saturno, o que sugere algum tipo de conexão com as tempestades sazonais.
A origem da fonte de energia para estas tempestades ainda são desconhecidas. Mas é conhecido que elas têm muita energia e podem ter algo a dizer sobre a grande diferença do funcionamento das atmosferas em cada planeta.

O enigmático hexágono de Saturno

No início da década de 80, a sonda Voyage avistou nuvens de formato hexagonal acima do pólo norte de Saturno, e a nave Cassini tem seguido esse fenômeno meteorológico nos últimos anos. O formato estranho chama a atenção, e seu tamanho também: o hexágono poderia suportar quatro planetas Terra dentro dele.
Pesquisadores simularam hexágonos e outras formas poligonais com um turbilhonamento de líquido dentro de um tanque em velocidades variáveis, sugerindo que o hexágono de Saturno pode ser uma esquisitice da mecânica dos fluidos de corpos em rotação.
No entanto, a longevidade e estabilidade desta corrente de jato de Saturno vão deixar os cientistas coçando suas cabeças nos próximos anos.

Medindo o tempo em Saturno

Medir a duração do dia em Saturno – ou em qualquer outro gigante gasoso – não é uma tarefa fácil. Ao contrário dos planetas com bases sólidas e pontos de referência, os padrões de nuvens em planetas gasosos não representam, necessariamente, o giro interno do seu núcleo.
Para compensar isso, os cientistas registram o ritmo do planeta a partir das emissões de rádio que são geradas naturalmente por ele. Essa técnica funcionou bem para Júpiter, mas as medições da sonda Cassini em 2004 indicaram um dia com misteriosos 6 minutos lá, o que obviamente não era possível.
Mais tarde, pesquisas descobriram que o campo magnético de Saturno produz sinais de rádio, mas eles não ficam em sintonia com a rotação do planeta. Depois de percebida a falha, cientistas conseguiram dados razoavelmente precisos de que o dia em Saturno dura 10 horas, 32 minutos e 35 segundos. A margem de erro pode ser de até quatro dias de um ano para o outro. [Life'sLittleMysteries]

Foto 1


Essa imagem mostra a inversão de cores graças à mudança de estação no planeta. A foto capturou a mudança de tons entre os hemisférios norte e sul de Saturno, na medida em que passam de uma época para a outra.
Titã, a maior lua de Saturno, mede 5.150 quilômetros; é maior que o planeta Mercúrio. Conforme as estações mudaram no sistema de Saturno – a primavera chegou ao norte e outono ao sul -, o azul celeste no hemisfério norte de Saturno, que Cassini viu em 2004, esmoreceu.
O hemisfério sul, em expectativa para o inverno, é quem agora toma uma tonalidade azulada. Esta alteração é provavelmente devido à redução da intensidade da luz ultravioleta e névoa que o planeta produz no hemisfério sul. A presença da sombra do anel no hemisfério sul aumenta este efeito.
A redução da turvação e a consequente compensação da atmosfera também contribuem para uma tonalidade azulada: a oportunidade de maior espalhamento da luz solar direta pelas moléculas de ar torna o céu azul, como na Terra. A presença de metano, que geralmente absorve na região vermelha do espectro, em uma atmosfera agora clara também favorece o azul.
Essa foto é um mosaico que combina seis imagens – dois de cada filtro vermelho, verde e azul – para criar essa visão de cor natural. As imagens foram obtidas com a câmera grande angular da Cassini em 6 de maio de 2012, a uma distância de cerca de 778.000 km de Titã. A escala da imagem é de 46 quilômetros por pixel em Titã.

Foto 2


Essa imagem mostra os anéis de Saturno, e o vórtice polar sul, que apareceu pela primeira vez na atmosfera de Titã em 2012 (visível na parte inferior). O vórtice polar sul não estava presente no planeta no início da missão da Cassini.
Partes dos anéis aparecem escuros perto do centro dessa foto, por causa da sombra lançada pelo planeta. No entanto, uma “lasca iluminada” de Titã pode ser vista nos anéis, perto do meio da escuridão.

As imagens foram feitas com filtros vermelho, verde e azul combinados para criar essa visão de cor natural, e tiradas com a câmera de ângulo estreito em 16 de maio de 2012, a uma distância de cerca de três milhões de quilômetros de Titã. A escala da imagem é de 18 quilômetros por pixel em Titã.

Foto 3


Essa imagem do lado noturno da Titã mostra a dispersão da luz solar através da atmosfera da lua, formando um anel. O polo norte da Titã pode ser visto no topo da foto, e um pouco do vórtice polar sul pode ser detectado na parte inferior da imagem.
O mosaico combina os filtros espectrais para criar essa visão de cor natural, e as fotos foram feitas com a câmera grande angular da Cassini em 6 de junho de 2012, a uma distância de cerca de 216.000 quilômetros da Titã. A escala da imagem é de 13 quilômetros por pixel.

Foto 4


O recém-formado vórtice polar sul destaca-se na atmosfera da maior lua de Saturno, Titã, nessa foto de cor natural.
O vórtice polar sul pode ser visto aproximadamente centrado sobre o polo sul na parte inferior esquerda da imagem. As fotografias foram obtidas com a câmera grande angular da Cassini, em 25 de julho de 2012, a uma distância de cerca de 103.000 quilômetros de Titã. A escala da imagem é de 6 quilômetros por pixel.[
NASA]

Foto: Na Sombra de Saturno


Foram descobertas maravilhas inesperadas na sombra de Saturno. Quem nos mostrou isso foi à sonda espacial Cassini, que orbita o planeta gigante. A sonda flutuou pelas sombras de Saturno por 12 horas em 2006 e se colocou em direção ao sol eclipsado.
Cassini conseguiu uma visão de Saturno diferente de qualquer outra já vista até então. Inicialmente, foi possível perceber que o lado noturno do planeta é visto parcialmente iluminado pela luz refletida pelo seu majestoso sistema de anéis.
Os anéis parecem escuros quando tem suas silhuetas projetadas contra Saturno, mas na realidade são muito brilhantes, como podemos perceber quando os anéis são vistos a distância. Eles dispersam um pouco da luz solar, como podemos ver nessa imagem de cores exageradas.
Os anéis de Saturno possuem um brilho tão intenso que foi possível descobrir novos anéis, embora eles sejam difíceis de encontrar nessa imagem.
Podemos ver um detalhe espetacular nessa imagem: o Anel E de Saturno. Ele foi criado pela recém descoberta fonte de gelo da lua Encélado e é o anel mais externo visível acima. Ao longe, à esquerda, logo acima dos anéis brilhantes principais, está o quase ignorado pálido ponto azul da Terra. [NASA]



Na nova fotografia realizada pelo Telescópio Espacial Hubble é possível ver o raro alinhamento entre Saturno e quatro de suas luas, na frente do planeta.
Na foto, as luas que estão transitando são (da esquerda para a direita) Encélado, Dione (ambas congeladas), Titã (a maior lua, grande e laranja) e Mimas. Por causa do ângulo do Sol, todas são precedidas pela sua própria sombra, projetada em Saturno.
Os pontos mais escuros próximos às luas são suas respectivas sombras, não se confunda. [Live Science]



O que aconteceu com Rhea, a maior lua de Saturno que aparece na foto? Nada! Na verdade, ela só está encoberta pelos anéis do planeta.
Essa foto foi tirada em Abril, pela sonda Cassini, que atualmente orbita Saturno. Ela conseguiu um ângulo bem diferente dos mais famosos anéis do sistema solar.
A lua menor, Janus, a que parece um asteróide, dá a impressão de estar flutuando sobre os anéis, mas na verdade está bem atrás deles. Janus é uma das menores luas de Saturno e mede apenas 180 km de comprimento. Rhea já é um satélite bem maior, medindo 1500 km de comprimento.
A sonda Cassini deve ficar pelas proximidades de Saturno até 2017 para estudar melhor o planeta, seus solstícios e equinócios e as conseqüentes mudanças de estações. [Nasa]

Foto espacial: as incríveis auroras de Saturno



O que forma as auroras de Saturno é um grande mistério. Para ajudar a resolver essa questão, a sonda Cassini tirou centenas de fotos em infravermelho do planeta que formariam pequenos filmes.
Esses filmes mostraram que as auroras saturnianas mudam não apenas com o ângulo do Sol, mas também com a rotação do planeta. Outras pareceram se relacionar com as ondas na magnetosfera do planeta causadas pelas luas de Saturno.
A foto acima, em cores artificiais, foi tirada em 2007 e você pode ver a aurora no sul do planeta, em verde.
Cientistas esperam que a análise de mais fotos saturnianas ajude a entender não só a aurora do planeta como a aurora da Terra. [Nasa]

Fonte:http://hypescience.com/

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