AMO-TE - SALVADOR TELLES DE MENEZES

Como é meu hábito
(ou tacitamente determinamos)
despedi-me de ti
com dois castos beijos:
doeram
como feridas nos pulsos.

Queria apertar-te
com furor juvenil
e não venci o medo.


Digo-te
agora
colorido
ser alado
aqui
nesta página
onde
por fim
metaforicamente
matei a covardia:
amo-te

- Salvato Telles de Menezes, em 54 Poemas de Amor e de Maledicência -

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