TAOISMO : O TAO (CAMINHO) DO AMOR



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Apesar do modernismo deste século, há poucos estudiosos ocidentais da sexologia taoísta chinesa. No taoísmo encontramos as mais belas passagens de romantismo, poesia e erotismo sagrado. Pelo contrário, os chineses sempre foram devotados à longevidade e, através das práticas e técnicas taoístas, se dedicavam a essa tarefa de forma entusiástica.
O taoísmo vem a ser uma ciência completa de regeneração da saúde, da potência sexual e da força física, sendo ainda, ao mesmo tempo, uma arte de fazer amor. O sexo, para os taoístas, sempre foi algo indispensável à saúde física e mental, algo que faz parte da ordem natural das coisas. Nessa concepção, o sexo existe para ser utilizado como o alimento, pois, como este, é um protetor de vida e saúde.
As pinturas e figuras eróticas chinesas, que os ocidentais qualificam de pornográficas, fruto da nossa mentalidade, não passavam de instruções para a arte do amor que para eles era (é) sagrada.
O Tao do Amor é uma arte (ou seria uma ciência?) totalmente diferente do que nós ocidentais entendemos e sabemos sobre sexo. Mesmo nos dias atuais o Tao do Amor parece algo revolucionário, e nós podemos asseverar que as práticas taoístas e tântricas do amor são a última saída para a recuperação da saúde e da potência sexual.

As práticas sexuais tântricas, levadas seriamente e ao longo do tempo, transmutam totalmente nosso sangue e nossas células. É assim que o homem comum pode se transformar num Cristo.

Os princípios básicos do Tao são o controle da ejaculação e do orgasmo, o respeito à mulher e a mística sexual. O fato de os textos chineses estarem escritos numa linguagem floreada e poética, não significa que eles não tratavam o sexo de forma séria e honesta. O maior problema que os ocidentais de modo geral enfrentam na prática do Tao do Amor é a idéia de que todo o ato sexual deve terminar em ejaculação e orgasmo. E que se um indivíduo, homem ou mulher, não lograr esse clímax, é impotente, doente ou frio. E, com essa falsa idéia de masculinidade ou feminilidade na cabeça, saem por aí em busca de parceiros ou parceiras que não sofram desse mal.
Caro amigo estudante: se você nasceu em corpo masculino saiba que no taoísmo a ejaculação ou o orgasmo é a crise do amor; deve-se praticar sexo sem emitir a energia, mas sim, preservá-la como a dádiva mais preciosa que a natureza presenteou. Com ela você logrará fabricar a longevidade do seu corpo, o brilho da sua inteligência e a lucidez de suas idéias.
Se você nasceu em corpo feminino, saiba que você está em igualdade com o homem, e como ele, tem o direito de levar uma vida sexual plena e feliz, espiritualmente falando. Porém, é necessário libertar-se de todas as idéias erradas que você leu nos livros e manuais “científicos” ou nas revistas da “mulher moderna”. Você, mulher que estuda esta ciência secreta e antiga, poderá gozar de saúde ginecológica, ter uma vida sexual ativa. Porém, compreenda que o orgasmo encurta a sua vida, acelera seu processo de morte e desgasta seu sistema nervoso.
As práticas do Tao do Amor servem para os dois sexos. E tanto a frigidez quanto a impotência poderão ser curadas, sob a promessa de uma conduta e de uma forma de vida honesta e saudável, física e psicologicamente falando.


Falismo

Lamentável que a História só registre os aspectos degenerados do falismo e dos cultos sexuais da Antigüidade. Tudo que aprendemos nas escolas sobre as procissões fálicas, sobre os bailes de Elêusis, sobre as sacerdotisas que serviam nos templos, é falso e mentiroso. Isso corresponde apenas à fase decadente dos sagrados mistérios praticados em segredo em todos os templos antigos. Entretanto, isso jamais será compreendido pela mentalidade do homem atual. Nós não temos a capacidade de compreender que quando a mente é pura, tudo pode ser feito sem que se caia no crime da fornicação, do adultério e da concupiscência.
As cerimônias Isíacas do antigo Egito eram tão só a parte profana e vulgar de um mistério bem mais profundo que aos não iniciados não era dado a compreender. Dessa antiga tradição vieram as procissões que a Igreja de Roma faz nalgumas festas ainda nos dias atuais. Aliás não há uma só cerimônia, um só rito, uma só tradição na Igreja de Roma que não tenha sido apropriado ou roubado dos “pagãos”.

Por que sexo e religião estão intimamente ligados? Por que especialmente sexo e ocultismo estão tão próximos um do outro?

As respostas para estas e outras questões estão em nossos estudos. E nisso não há nada de pecaminoso, hediondo, hedonista ou degenerado. Agora, que não confunda o estudante este ensinamento com “práticas de magia negra”.

Sem dúvida existe o ritual negro, como existem as práticas negras de sexo, onde se misturam drogas, ritos espúrios e sexo. Não é disso que estamos falando, embora seja isso o que o vulgo procura em nossos ensinamentos. A esses temos que dizer, mais uma vez, que erraram de porta, que é melhor não prosseguirem nesse tipo de estudo porque se darão mal.

Nós estudamos a ciência secreta do Cristo, dos sacerdotes egípcios e gregos.
(...)

As práticas sexuais tântricas, levadas seriamente e ao longo do tempo, transmutam totalmente nosso sangue e nossas células. É assim que o homem comum pode se transformar num Cristo. A cristificação é a mais extraordinária possibilidade destinada aos seres humanos. Entretanto, estreito é o caminho e apertada é a porta de entrada. Afinal “de mil que me buscam um me encontra; de mil que me encontram um me segue; de mil que me seguem, um é meu”. Os ritos das igrejas não deixam de ser fálicos ou sexuais. Quando Jesus começou sua vida pública, seu primeiro milagre foi ter convertido água em vinho. Esse é o trabalho do iniciado gnóstico: converter suas águas seminais em vinho (ou energia). O mistério da transubstanciação é um milagre da conversão de vinho em sangue: isso é, transmutação. Nós, que nos propomos trilhar a senda secreta do Cristo, transmutamos nossas energia interiores no seu próprio sangue.

FONTE: http://www.pistissophiah.org/